Compreenda-se como reação não só de um governante, cheio de responsabilidades, como também se um ser humano sensível às tragédias da vida, a reação de Confúcio Moura, em abordar mais uma vez, em seu Blog, o complexo e triste tema da miséria. Ele voltou ao tema também porque, após muito tempo do censo do IBGE que informou que mais de 300 mil rondonienses vivem como miseráveis, ou seja, mais de 18 por cento de uma população, hoje estimada em 1 milhão e 700 mil almas, quase nada foi feito para mudar o quadro. Certamente o fez também para movimentar não só áreas do seu governo que não estão conseguindo sequer amenizar o problema, como, ao mesmo tempo, para sensibilizar a sociedade, no sentido de que ajude a criar mecanismos que combate essa trágica chaga social que nos assola. “Há necessidade de... uma operação de guerra junto com os municípios e parceiros... para uma reação produtiva, mesmo que sob treinamento remunerado por meses ou anos”, escreveu Confúcio, tentando achar um caminho para o combate a essa desgraça. Mas seu principal comentário foi de reflexão e lamento: “Não posso considerar Rondônia, um espetáculo de crescimento, quando significativo contingente populacional se encontra na faixa da pobreza extrema”! Essa é a realidade. Vivemos mesmo num Estado diferenciado, com índices de crescimento quase quatro vezes em relação ao restante do país. Nosso agronegócio explode; novos mercados surgem todos os dias; nossa carne chega a mais de 40 países; nossa produção, no geral e proporcionalmente, nos coloca quase como um país de Primeiro Mundo. Mas, então, como permitimos que essa desigualdade chegue a patamares tão absurdos, que colocam velhos, homens, mulheres e crianças no submundo da miséria?
Embora no final do seu lamento Confúcio coloque em dúvida os números do IBGE, ele mesmo diz que o Estado precisa de uma liderança forte, para lutar contra esse absurdo e trazer essa multidão, tirando essa gente toda da terrível vida que leva, para ao menos amenizar a miséria. Mesmo que os dados possam ser exagerados, ainda assim a situação deve preocupar ao Governo e a todos. Segundo o IBGE, miserável é quem sobrevive com menos de 1 dólar por dia (algo em torno de 3 reais e 30 centavos) e que, nesse contexto, são sim 300 mil pessoas em Rondônia. Não há como ignorá-las, não há como fazer de conta que elas não existem. Por isso, além de escrever, é fundamental que o próprio Confúcio comece, já, a liderar um movimento de combate total à miséria. Somos um Estado rico, cheia de potencialidades e avanços. Não podemos continuar sem fazer nada por tanta gente abaixo da linha da pobreza. Escrever é ótimo, abre caminhos e cabeças. Mas fazer é muito melhor. Confúcio já escreveu. E bem. Agora, é hora de fazer...
AS DÚVIDAS DO PMDB
O PMDB tem pouca coisa realmente decidida, em relação a 2018. A única certeza, ao que parece, ao menos até agora, é que o nome do partido ao Governo será Maurão de Carvalho, que tem aparecido com cada vez melhores percentuais nas pesquisas e está crescendo, enquanto alguns dos outros pré candidatos ou estagnaram ou estão decrescendo, segundo uma importante fonte peemedebista. Os próximos passos do partido ainda estão indefinidos, principalmente por causa da questão da disputa ao Senado. Confúcio Moura continua dizendo que não será candidato em 18, mas nem a moça que faz a limpeza do prédio do diretório do PMDB acredita nisso. Caso se confirme a candidatura de Confúcio, que tem aprovação de mais de 75 por cento no Estado, quem correria algum risco é Valdir Raupp, que sempre foi bem nas pesquisas, mas que agora teria que disputar duas vagas não só com Confúcio, mas também com Expedito Júnior, que lidera a corrida ao Senado em todos os cenários. A verdade é que o partido está ainda esperando que o Governador se decida, antes de tomar seus caminhos definitivos para o ano que vem.
ELUCUBRAÇÕES PALACIANAS
Há outro componente neste contexto complexo, nesse labirinto em que o partido está metido. Confúcio anda “namorando”, cada vez com maior intensidade, a possibilidade de lançar um nome palaciano para a sucessão estadual. Alguém muito próximo a ele, como Wagner Garcia de Freitas, seu secretário das Finanças; George Braga, seu secretário de Planejamento ou Emerson Castro, o Chefe da Casa Civil, são nomes citados constantemente dentro das conversas intrapalacianas. Wagner sempre com maior intensidade. Obviamente que essa alternativa não tem abrigo, ao menos até agora, dentro do diretório do partido, mas Confúcio, do alto do seu poder e da aprovação cada fez mais em alta, pode, lá na frente, impor algumas vontades. A verdade é que o maior partido do Estado (e do Brasil), está envolto em muito mais dúvidas do que planos concretos para a disputa do ano que vem. Até março, tudo deve ser definido. Maurão, inclusive, pode optar por outra sigla, caso sentir qualquer dificuldade para oficializar seu nome pelo PMDB. Hoje, ele tem cacife político para optar por qualquer um dos vários partidos que o tem convidado. Maurão tem escolhas. O PMDB, ao menos por enquanto, está ainda enredado em muitas dúvidas...
O PDT NÃO TEM ADVERSÁRIO INTERNO
Já o PDT está com tudo decidido, até porque seu principal – no Estado, é o único – líder, Acir Gurgacz, está com sua pré candidatura ao Governo consolidada. No encontro estadual de novembro, o nome de Gurgacz será definitivamente anunciado como “o” cara, para a corrida sucessória. Uma das atrações do encontro será Ciro Gomes, virtual candidato à Presidência. Gurgacz comanda tranquilamente todo o diretório e não tem qualquer oposição. O PDT há anos, em Rondônia, está em suas mãos. Ele terá, certamente, muitos desafios, mas apenas fora do partido. Nas pesquisas realizadas em várias regiões do Estado, Gurgacz não consolidou ainda uma liderança concreta, embora sempre tenha um percentual de seguidores fiéis. Terá que conquistar outras áreas e outros setores do eleitorado, que ainda estão indecisos, para conseguir chegar à sua meta. Se a eleição fosse hoje e ele tivesse que disputar com os vários candidatos que estão sendo apontados como prováveis, em 2018, o senador de Ji-Paraná teria dificuldades sérias. Mas, como há ainda longo tempo para a campanha, as chances podem crescer bastante.
MADURO E RENAN CALHEIROS
Suspeita de mais um golpe em eleições fajutas e fraudadas na Venezuela, deram ampla vitória ao presidente Nicolás Maduro, que elegeu a grande maioria dos governadores, contra todas as pesquisas anteriores ao pleito, que apontavam ampla vitória da oposição. Ou seja, rolo dos grandes, mais um, imposto pela ditadura, que quer se fantasiar de democrata, mas, claro, só engana incautos e fervorosos seguidores do comunismo, que tentam voltar com tudo na América Latina. Lá, o povo pode ser perdoado por causa da malandragem ditatorial. Já no Brasil, onde vai esconder-se o eleitor que continua apontando, nas pesquisas, que quer votar em ladrões contumazes? Por exemplo: Lula continua liderando as pesquisas para a Presidência. E em quase todas as regiões do país. Nas Alagoas, o principal nome ao Senado quem é? Isso mesmo, o multidenunciado Renan Calheiros, uma das mais terríveis lideranças políticas que esse Brasil já criou. Os venezuelanos podem ser desculpados, pelo medo e pela imposição da força. Atrás de que desculpa esfarrapada se esconderão os que ainda acham que Lula é o melhor para o Brasil e Renan, o melhor para Alagoas?
CONIVENTES COM O CRIME
Foi uma ação rápida e eficiente. Policiais de Rondônia e Acre, com total apoio da de membros da polícia boliviana, prenderam, numa só tacada, quatro perigosos assaltantes que agiam na região, roubando camionetas de luxo e as levando para a Bolívia, onde trocavam por drogas e armas. Um dos membros da quadrilha era uma mulher, sempre violenta nos ataques, ameaçando matar as vítimas a qualquer sinal de reação. Foi um avanço no combate aos crimes deste tipo na região de fronteira, já que o normal é que os veículos jamais sejam recuperados e os bandidos raramente presos. O que falta agora é um grande acordo internacional entre os governos do Brasil e Bolívia para que os veículos roubados no nosso lado e levados para lá, sejam imediatamente apreendidos e devolvidos. Isso acabaria com o comércio ilegal, afetando diretamente o tráfico de drogas e a troca de carros e motos também por armas. O problema é que muitos dos veículos roubados no Brasil estão em mãos de autoridades políticas e policiais bolivianas. Andam sem placas, circulando pelo país vizinho sem qualquer problema. Enquanto as próprias autoridades da Bolívia continuarem compactuando com o crime, essa situação não terá qualquer solução objetiva.
ONDE ESTÁ A SINALIZAÇÃO?
As tentativas da Prefeitura da Capital para melhorar o trânsito; de criar alternativas viáveis que contribuam para uma estrutura de tráfego que facilite a vida dos motoristas, passageiros de coletivos e dos pedestres, merecem sim elogios. Algumas medidas já foram tomadas e estão começando a dar resultados positivos. Só que há outras que, mesmo eivadas das melhores das intenções, acabam é trazendo mais danos do que soluções. E o caso da rua Duque de Caxias, que está sendo preparada para se transformar no primeiro corredor exclusivo de ônibus da cidade. Ali, a Prefeitura realizou vários serviços, incluindo o asfaltamento de longo trecho, obra que, aliás, está praticamente concluída. Qual o problema então? Simples. Por falta de planejamento, já que não há outra explicação, a obra está sendo concluída sem qualquer sinalização. Condutores que usam a Duque de Caxias já a imaginam preferencial, em relação a várias transversais. Quem vem nas transversais, que sempre foram preferenciais, claro que não param na confluência dela com outras ruas. O resultado: acidentes e inúmeros quase acidentes. A Duque, além do asfalto e obras de canalização, precisa, já, se sinalização adequada. Antes que alguém morra...
PERGUNTINHA
No novo julgamento do Presidente Temer que começa nessa terça, no Congresso, seja qual for o resultado, você acha que o Brasil sairá ganhando ou perdendo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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