A Honda Motor-Co Ltda. anunciou hoje o marco de 100 milhões de Super Cubs produzidas globalmente pela marca, com evento comemorativo na fábrica de Kumamoto, onde são produzidas as motocicletas deste segmento no Japão. A cerimônia contou com a presença de representantes dos municípios locais, fornecedores, assim como colaboradores e executivos da empresa, entre eles o presidente e executivo-chefe Takahiro Hachigo.
A produção em massa da primeira geração de Super Cub, a C100, teve início em Agosto de 1958, na fábrica de Yamato. Hoje, a Honda produz motocicletas Super Cubs em 16 unidades fabris, em 15 países ao redor do mundo.
Quando a primeira geração da Super Cub C100 foi lançada, o motor de 2 tempos era o principal motor para as motocicletas da época. Contudo, a Super Cub C100 foi equipada com o inovador e potente motor a 4 tempos de 50 cm³, o que trouxe mais economia e durabilidade. A Super Cub C100 também conquistou desenho único, com quadro de estrutura diferenciado, que agregou mais conforto e facilidade ao subir e descer da motocicleta, além de sistema de embreagem automática centrífuga que tornou as trocas de marchas mais simples. Além disso, em 2007, a Honda deu início à instalação de seu programa de injeção eletrônica na Super Cub C100, o que melhorou ainda mais o desempenho ambiental do modelo. Mesmo passando por diversos avanços tecnológicos, o conceito básico se manteve inalterado desde a introdução da primeira geração, além de seu estilo original que foi mantido até os modelos atuais.
A Honda Super Cub mantém sua abrangência global e adapta-se a culturas únicas a fim de atender cada vez mais as necessidades dos clientes em cada país, se tornando uma série duradoura, que é agora vendida e apreciada por consumidores de mais de 160 países ao redor do mundo.
Marcos importantes da Honda Super Cub Series
Agosto de 1958
Início das vendas do Super Cub C100 com motor 4-tempos, monocilindro de válvulas no cabeçote (OHV) arrefecido a ar, 49 cm³, potência de 4,5 cv.
Local de produção: fábrica de Yamato (mais tarde tornou-se a fábrica de Wako, de Saitama).
1959
Início das exportações para os EUA.
1960
Início da produção na fábrica de Suzuka.
1961
A produção global cumulativa da série Super Cub alcançou o marco de 1 milhão de unidades. Além disso, a produção baseada em conjuntos de componentes começou em Taiwan, sendo a primeira produção fora do Japão.
1964
As vendas do Super Cub C65 (o primeiro motor de comando da válvulas no cabeçote, OHC) começaram.
1966
Início das vendas do Super Cub C50 (motor OHC).
1974
A produção global cumulativa da série Super Cub atingiu o marco de 10 milhões de unidades.
1983
Início das vendas de Super Cub 50 Super Custom.
Alcançado o consumo de combustível de 180 km/l (teste em velocidade constante de 30 km/h).
1988
Vendas de Press Cub começaram.
1991
Produção transferida para a fábrica de Kumamoto.
1992
A produção global cumulativa da série Super Cub atingiu o marco de 20 milhões de unidades.
1997
As vendas de Little Cub começaram.
2005
A produção global cumulativa da série Super Cub atingiu um marco de 50 milhões de unidades.
2007
O sistema de injeção de combustível controlado eletronicamente, o PGM-FI da Honda, foi adotado no Super Cub 50, Press Cub 50 e Little Cub.
2008
A produção global cumulativa da série Super Cub atingiu o marco de 60 milhões de unidades.
50º aniversário das vendas da Super Cub.
2009
Início das vendas do Super Cub 110 e Super Cub 110 Pro.
2012
Super Cub 110 e Super Cub 50 sofreram uma mudança de modelo completa.
2013
As vendas de Cross Cub começaram.
2014
O Super Cub tornou-se o primeiro veículo tridimensional a obter um registro de marca no Japão. A produção global cumulativa de motocicletas da Honda atingiu o marco de 300 milhões de unidades.
2017
Mudança de modelo do Super Cub 50, Super Cub 110, Super Cub 50 Pro, Super Cub 110 Pro.
Casos de roubos e furtos de veículos estão em alta no Brasil, que teve em média um roubo ou furto de veículo por minuto em 2016. Foram 557 mil no ano passado, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O estado de Rondônia está na 9º posição com 603 casos. A cidade de Porto Velho está em 2º lugar com 1.280 casos de furtos e roubos.
Brasil
Significa um crescimento de 8% em relação ao ano anterior, de acordo com informações de 25 Estados e do DF (o levantamento exclui apenas o Acre, que não enviou dados). E 41% dos crimes estão concentrados nas capitais.
Considerando a soma de furtos e roubos de veículos proporcionalmente à frota de cada Estado, o Rio é campeão, com taxa de 916,7 crimes do tipo por 100 mil carros –em números absolutos, 58,5 mil casos. Goiás é o segundo. Já entre as capitais, ganha Porto Alegre, com 1.446 furtos e roubos por 100 mil.
A cidade de São Paulo ocupa o terceiro lugar nesse tipo de crime proporcionalmente ao tamanho da frota.
Em números absolutos, no entanto, só a capital paulista concentrou 15% das ocorrências no país, com 226 roubos ou furtos por dia. O Estado de São Paulo, que ocupa a sexta posição na lista proporcional, tem 34% dos crimes.
A Diretoria do Sinsepol e Comissão de acompanhamento do Processo de Precatório, INFORMA a seus filiados que está de posse do relatório de cálculos atualizados pela contadoria do Tribunal de Justiça de Rondônia e chancelado pela Procuradoria Geral do Estado/PGE. Os referidos valores encontram-se a disposição dos filiados na Sede Administrativa do sindicato no horário das 8h as 12h e das 14h as 18h.
Quanto ao Inteior, estamos aguardando relação nominal via representante das delegacias de polícia, a ser encaminhada para o e mail: vicepresidente@sinsepol.com.br, que será devidamente respondido com os respectivos valores.
Informamos ainda, que providencias estão sendo adotadas no sentido de buscar um entendimento com o governo do Estado e Tribunal de Justiça para o pagamento dos créditos e qualquer proposta apresentada ao sindicato, visando a liquidação do processo, será in contineti apresentada e deliberada em Assembleia Geral da Categoria.
Passamos para uma das conversões das mais raras hoje em dia, trata-se da Kombi Caracol montada pela empresa Minimax a partir dos anos 70, usando quaisquer Kombi Cliper, tanto novas como usadas.
As Kombi Caracol não são muito conhecidas, e até revistas especializadas se confundiram ao escreverem sobre o assunto (talvez por não terem ido a fundo a respeito), e sites especializados em campismo também acabaram por se confundir, como veremos adiante.
O XI Salão do Automóvel, realizado em 1978, foi pródigo em lançamentos. Dentre eles a Minimax lançou uma motocasa com base na Kombi com o teto alto chamada de Kombi Caracol. Na matéria sobre este salão do automóvel, publicada em 16/11/1978, o Jornal do Brasil falou o seguinte sobre este lançamento:
“Um motorhome, a Kombi Caracol, será apresentado pela Minimax. O modelo standard já vem equipado com beliche, cama de casal, conservadora de gelo, fogão de uma boca e banheiro com sanitário químico. O luxo dispõe de bancos anatômicos, janelas maiores e armários com portas”.
O jornal O Globo de 17/11/1978, no fim da matéria “Geisel abre amanhã o Salão do Automóvel”, que descreve inúmeros lançamentos deste salão, publicou fotos de alguns destes lançamentos, dentre eles a Kombi Caracol, como reproduzimos abaixo:
Na extrema direita a foto de lançamento da Kombi Caracol, dentre outros lançamentos do Salão de 1978 (Fonte: pesquisa Hugo Bueno)
A Minimax – Indústria e Comércio de Carrocerias e Trailers, com fábrica em Itaquaquecetuba, na área metropolitana de São Paulo, emitiu vários folhetos deste produto, um deles trazia o chamamento: “A Caracol é a mais bonita mini motor home do Brasil; montada numa Kombi Volkswagen respeitando a beleza e a aerodinâmica da unidade original. Traga-nos sua Kombi Clipper e leve-a transformada numa Kombi Caracol” e o folheto correspondente é o seguinte:
(Fonte: acervo Dario Faria)
Em outra parte eram descritas as características, alternativas e opções que eram oferecidas pela Minimax (redação original):
Equipamentos:
1-Teto e contra teto construído em fiberglass reforçado, parafusado na carroceria, completamente vedado e dotado de propriedades termo acústicas. Luzes externas regulamentares;
2-Reservatório de água de 85 litros de capacidade, com quebra-ondas interior, com sua correspondente bomba de água (elétrica e automática) 12 volts;
3-Duas camas individuais, cambiáveis em ampla cama de casal (1,55m x 1,80m) possibilitando acomodação para 3 pessoas e cama beliche suspensa para uma quarta pessoa;
4-Passagem entre cabine e área habitável;
5-Banheiro com W.C. químico (Opcional), pia, luz interior, chuveiro, tomada para 12 volts, com entrada de ar independente no teto e acessórios;
6-Clarabóias reguláveis para arejar a área habitável;
7-Tanque de esgoto com capacidade de 35 litros para recepção de águas usadas com torneira de saída;
8-As portas de entrada do veículo e os dois bancos da frente são revestidos e decorados, fazendo jogo com a área habitável (colchões e cortinas);
9-Rodas de tala 8×14 com pneus radiais, com adaptação de para-lamas em fiberglass. Roda sobressalente na frente do veículo, oferecendo maior segurança para motorista e acompanhantes;
10-Área de bagagem: amplo bagageiro acima da cabine do condutor, de 0,98 m x 1,25 m x 0,37 m aproximadamente, e mais dois bagageiros pequenos;
11-A continuação das linhas aerodinâmicas da Kombi faz com que a adaptação da nova carroceria não apresente maior superfície de choque ao vento, fazendo com que o consumo de gasolina não seja maior que na Kombi comum;
12-Grandes espelhos laterais especiais;
13-Compartimento para garrafas térmicas e fogão a gás, com seu respectivo botijão;
14-A instalação elétrica oferece autonomia na área habitável. Provida de duas baterias de 12 volts com carregador acoplado;
15-O isolamento da área habitável (de construção sanduíche) proporciona uma temperatura interna agradável, fazendo com que o barulho do motor não seja ouvido.
Equipamentos opcionais:
1-Conservadora de gelo – 35 litros;
2-Bancos especiais;
3-Fogão de duas bocas;
4-Caracol Modelo Especial: sem banheiro.
Segue o folheto que apresentou estas características, e além de fotos um desenho em planta da Kombi Caracol:
(Fonte: acervo Dario Faria)
Algumas fotos de divulgação emitidas pela Minimax na época:
Certamente saíram muitas versões especiais da Kombi Caracol que atendiam a solicitações de clientes.
Motivo do nome?
O caracol é um molusco que leva sua casa nas costas e sobre ele surgiu uma marchinha para o carnaval de 1951, a “Marcha do Caracol”, de Peter Pan e Afonso Teixeira, e gravada pelo conjunto Quatro Ases e Um Coringa. Teria a Kombi Caracol sido assim nomeada inspirando-se na marchinha carnavalesca? A letra é divertida e tem na Kombi Caracol sua equivalência: Há quanto tempo eu não tenho onde morar/Se é chuva apanho chuva/Se é sol apanho sol/Francamente, pra viver nessa agonia/Eu preferia ter nascido caracol.Levava minha casa/Nas costas muito bem/Não pagava aluguel, nem luvas a ninguém/Passa um dia aqui, outro dia acolá/Leblon, Copacabana, Madureira ou Irajá.
Kombi Caracol “Açai”
Agora vamos falar da Kombi Caracol “Açai”, um belo exemplar de veículo originalmente convertido pela Minimax e que aparece na foto de abertura quando estava atravessando o Parque Eduardo Avaroa, na Bolívia. Este parque nacional é uma reserva de fauna andina e fica localizado numa altitude entre 4.200 m e 5.400 m na província de Potosí. Suas maiores atrações, além da fauna, onde os flamingos se destacam, são vulcões em erupção, gêisers, lagos e as montanhas.
Encontrar um exemplar de Kombi Caracol original, para colher de seu proprietário as respostas a nosso questionário, não foi uma tarefa fácil, pois eu já tinha encontrado uma camper que parecia ser uma Minimax, e até é considerada como tal por muita gente, mas é uma construção caseira nos moldes da Minimax, não passando de uma réplica bem feita, como veremos adiante.
A primeira vez que eu vi a Açai foi num vídeo do YouTube de onde comecei a busca de contato, que acabou ocorrendo pelo Facebook – “Santas mídias eletrônicas” como diria o Robin. Depois de algumas tentativas recebi a gentil resposta do Gustavo Leite, que junto com a sua esposa Ruth Werblowsky fizeram uma incrível volta pela América do Sul no sentido anti-horário, partindo de São Paulo e voltando.
O Gustavo resumiu a viagem desta maneira: “Tiramos um ano sabático, foi nossa lua de mel. Saímos em março de 2015 e voltamos em maio de 2016. Deixamos nossos empregos e saímos para viajar. Eu sou geógrafo, trabalho como professor e a Ruth é hoteleira, trabalha com turismo. Alguns meses depois que chegamos decidimos vender a Kombi, não tínhamos espaço para guardá-la. Infelizmente!!! Na Bolívia, no Lago Titicaca, adotamos uma cadela (Quechua) que continuou o restante da viagem conosco e agora mora aqui em casa. Foi uma aventura inesquecível!!!”
Apresento a família inteira, junto com a cadelinha ainda pequena, numa foto tirada no Salar de Uyuni:
A família completa, da esquerda para a direita a Ruth, a Açai, a pequena Quechua – hoje pesa mais do que 45 kg, encarapitada sobre o estepe e o Gustavo (Foto: Gustavo Leite)
O Salar de Uyuni (ou Salar de Tunupa) é a maior planície de sal do mundo, com 10.582 quilômetros quadrados. Ele está localizado nos departamentos de Potosí e Oruro, no sudoeste da Bolívia, perto da borda da Cordilheira dos Andes e está a uma altitude de 3.656 metros acima do nível médio do mar. O Salar foi formado como resultado de transformações entre diversos lagos pré-históricos. Ele é coberto por alguns metros de uma crosta de sal, que tem um nivelamento extraordinário com as variações de altitude média de menos de um metro ao longo de toda a área do Salar. A crosta serve como uma fonte de sal de cobre e de uma piscina de salmoura, que é extremamente rica em lítio. Ele contém de 50 a 70% das reservas mundiais de lítio, recurso que está no processo de ser extraído. A área grande, o céu claro e o nivelamento excepcional da superfície fazem do Salar um lugar ideal para calibrar os altímetros de satélites de observação da Terra.
Aqui vai a rota que os intrépidos Gustavo e Ruth percorreram com a Açai:
Mapa da rota do Açai levando o Gustavo e a Ruth pela América do Sul (Fonte: Gustavo Leite)
Acho que neste momento muitos de vocês têm a mesma dúvida que eu tive, como eles foram de Belém a Manaus? E a resposta do Gustavo foi a seguinte: “De Belém a Manaus subimos o rio em uma balsa de carga, junto com a Kombi. Foram nove dias subindo rio Amazonas.” E para ilustrar este percurso feito de balsa aí vai a foto deles “acampando” no deck de carga:
Aproveitando o conforto da Açai navegando pelo Rio Amazonas. Na porta da Açai a sigla GuRu Expedição [Gu de Gustavo e Ru de Ruth] (Foto: Gustavo Leite)
Para matar a curiosidade de como é o interior de uma Kombi Caracol original ai vai o breve vídeo de apresentação feito pelo Gustavo. Naquela oportunidade ele achava que esta conversão havia sido feita pela Karmann-Ghia do Brasil – como se pode ver no título que ele deu ao vídeo, o que, na verdade. é um elogio para o acabamento da Minimax – sua real construtora.
Agora vamos às respostas que o Gustavo deu a nosso conhecido questionário:
1) Qual é o comportamento dinâmico de sua Kombi adaptada para acampamento?
Gustavo & Ruth: Excelente. A Kombi ocupa o espaço de um carro comum andando em qualquer via e é fácil de estacionar. Como dormíamos muitas vezes em espaços públicos – ruas, estacionamentos, parques, hospitais, igrejas – ficava fácil encontrar alguma vaga.
2) Qual a influência do peso adicional, e, dependendo do caso, da altura adicional?
Gustavo & Ruth: A influência do peso e da altura (~2,40 m) acaba afetando a velocidade e aerodinâmica do veículo. Como iríamos percorrer um longo caminho nossa velocidade máxima era de 80/90 km/h.
3) É necessário algum cuidado adicional ao dirigir?
Gustavo & Ruth: Não ter pressa. Aproveitar o caminho, pois ele faz parte da viagem.
4) O motor recebeu algum tipo de preparo para aumentar sua performance?
Gustavo & Ruth: Quando compramos a Kombi o motor estava com uma quilometragem original de 46 mil quilômetros, porém ele tinha estado parado durante 5 anos. Levamos o carro a um mecânico de confiança que limpou os carburadores, trocou o óleo — realizou aquela manutenção básica — e o carro funcionou perfeitamente. Durante o tempo que ficamos com a Açai, antes da viagem, fizemos alguns pequenos ajustes, mas nada que alterasse sua originalidade. Depois de 10 mil quilômetros rodados, em Boa Vista,RR, acabamos substituindo os dois carburadores por apenas um.
5) A suspensão recebeu algum tipo de reforço e/ou retrabalho?
Gustavo & Ruth: Não, ela possuía um reforço de molas original da conversão.
6) Um carro transformado exige algum cuidado a mais em termos de segurança, já que ele pode chamar atenção de assaltantes? Os passageiros passam a correr algum risco adicional?
Gustavo & Ruth: Percorremos 9 países e não fomos assaltados, mas esse tipo de veículo chama atenção por onde passa, por isso é sempre bom ter cuidados redobrados. Dormíamos e estacionávamos sempre com segurança, em lugares visíveis e quando não sentíamos essa segurança procurávamos algum outro estacionamento ou camping.
7) Existe algum cuidado adicional nas manutenções, como, por exemplo alguma revisão estrutural especial?
Gustavo & Ruth: Não.
8) Existe algum aumento de custos por ser um carro transformado, tipo IPVA, seguro, quando comparado com um carro normal?
Gustavo & Ruth: Não fizemos nenhum seguro. Pelo ano não paga IPVA.
9) Seu carro já foi usado em alguma aventura maior, digamos uma viagem até a Patagônia, ou outro percurso distante? Caso afirmativo, como foi o suporte encontrado no caminho? Havia quem se dispusesse a ajudar? Você já foi um viajante aventureiro?
Gustavo & Ruth: Percorremos mais de 40 mil km entre Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Uruguai. Cada país tem suas peculiaridades, então para uma viagem dessas se deve estar preparado para qualquer tipo de imprevisto.
O veículo se comportou muito bem do Brasil até Quito (Equador), depois de 20 mil km rodados. Paramos apenas duas vezes em mecânicos (Belém e Boa Vista) para resolver pequenos problemas. Na Venezuela e Colômbia não tivemos nenhum imprevisto.
Em Quito, no Equador, conhecemos um mecânico, o Patrício, que nos ajudou a arrumar o motor e caixa de câmbio que estavam com grandes vazamentos, e neste entretanto, ele acabou fazendo uma revisão total do veículo, ensinou mecânica para o Gustavo e nos deu abrigo durante o tempo que passamos na capital, um total de 30 dias. Detalhe, não cobrou nenhum dinheiro por isso, apenas amizade.
Depois disso rodamos mais 20 mil quilômetros e paramos o veículo apenas no Brasil, em Itajaí, SC. Durante o caminho percorremos longos trechos pela cordilheira dos Andes e variadas altitudes. Passamos pelo Salar do Uyuni, Deserto do Atacama, Chapada dos Veadeiros e Diamantina, Litoral do Nordeste, diversos vulcões (Equador) chegando em altitudes de 5 mil metros, Vale Sagrado – Macchu Picchu (Peru)…
10) Você tem algum comentário a mais que pudesse nos dar para a elaboração de uma matéria sobre Kombis transformadas para uso em acampamento e como Motohomes?
Gustavo & Ruth: Não
Com esta primeira parte acabei matando dois coelhos com uma cajadada só, pois além de apresentar as respostas do questionário nós tivemos a oportunidade de dar uma olhada nesta incrível aventura deles pela América do Sul.
A Kombi Camper
Agora vamos conhecer a Kombi Camper ano 1979, como o seu proprietário há 39 anos, o industrial Roberto Braga, a chama. Abaixo uma foto dele e sua Kombi:
O Roberto e sua Kombi Camper (Foto: Roberto Braga)
Perguntei ao Roberto sobre a origem deste veículo e ele me respondeu: “Está Kombi de ano 1979 com 58.000 km era uma lanchonete, e eu a comprei em 1983. Eu e meu pai, Carmino Braga, a montamos como camper. Há sete anos, com o falecimento de meu pai, peguei a Kombi novamente aí dei umas modernizadas nela, coloquei uma TV digital de 14″, DVD, rádio com entrada USB, fogão de duas bocas com forno marca Sender SL, micro-ondas, troquei o frigobar por um com 60 litros Consul, luz interna em LED, duas baterias, um inversor de energia senoidal de 12 V para 110/220 V com 1.500 watts, pneus Pirelli 8 lonas novos. Na documentação este veículo está como Kombi furgão e não como Camper.”
A aparência externa desta Kombi com o teto alto típico da Minimax faz com que se tenha a impressão que seja uma Kombi Caracol levando muita gente a engano, mas na verdade este veículo não foi transformado em motocasa por esta empresa. Algumas fotos desta Kombi Camper (Fotos: Roberto Braga):
A transformação que o Roberto e seu pai fizeram seguiu, dentro do que lhes era possível, o padrão que a Minimax usava em seus produtos, eles se guiaram em catálogos e fotos que foram encontrando. O resultado obtido também traz confusão para quem faz uma análise superficial deste carro, mas no detalhe é possível observar a diferença tanto de layout como de acabamento. Seguem algumas fotos de como está atualmente a parte interna desta Kombi Camper (Fotos: Roberto Braga):
Analisando estas fotos da Kombi Camper do Roberto, tanto externas, como internas, as diferenças ficam mais visíveis, e o que é importante é levar em consideração o claro e honesto depoimento do proprietário deste veículo. Talvez se possa falar de uma réplica, mas não de uma Kombi Caracol original.
Seguindo o esquema desta matéria eu também solicitei ao Roberto preencher o questionário, cujas respostas veremos em seguida:
1) Qual é o comportamento dinâmico de sua Kombi adaptada para acampamento?
Roberto: Excelente.
2) Qual a influência do peso adicional, e, dependendo do caso, da altura adicional?
Roberto: A altura de 2,45 m e o peso a deixam um pouco lenta.
3) É necessário algum cuidado adicional ao dirigir?
Roberto: Sim, pois é um carro mais alto.
4) O motor recebeu algum tipo de preparo para aumentar sua performance?
Roberto: Não, só foram colocados dois carburadores, originalmente ela tinha somente um.
5) A suspensão recebeu algum tipo de reforço e/ou retrabalho?
Roberto: Não.
6) Um carro transformado exige algum cuidado a mais em termos de segurança, já que ele pode chamar atenção de assaltantes? Os passageiros passam a correr algum risco adicional?
Roberto: Acho que não, ela é vista como um carro diferente e desperta curiosidade,
7) Existe algum cuidado adicional nas manutenções, como, por exemplo alguma revisão estrutural especial?
Roberto: Nunca, desde sua montagem como camper.
8) Existe algum aumento de custos por ser um carro transformado, tipo IPVA, seguro, quando comparado com um carro normal?
Roberto: Ela é isenta de IPVA e a documentação está como Kombi furgão.
9) Seu carro já foi usado em alguma aventura maior, digamos uma viagem até a Patagônia, ou outro percurso distante? Caso afirmativo, como foi o suporte encontrado no caminho? Havia quem se dispusesse a ajudar? Você já foi um viajante aventureiro?
Roberto: Não, a usei muito pouco, o mais longe que fui foi até Florianópolis, SC.
10) Você tem algum comentário a mais que pudesse nos dar para a elaboração de uma matéria sobre Kombis transformadas para uso em acampamento e como Motorhomes?
Roberto: Nada além do que já foi registrado nesta matéria.
Agora vamos para a Parte 5, na qual vamos ver as conversões para camper das Marcopolo Invel, aliás um dos veículos muito difíceis de se conseguir dados e entrevista com proprietários, mas estou trabalhando nisto.
Navegador das partes desta matéria: Parte 1 – Kombi Turismo da Carbruno Parte 2 – Karmann Mobile Touring Parte 3 – Karmann Mobile Safari
AG
Nesta Parte 4 contamos com a participação do Gustavo Leite, proprietário da Kombi Caracol Açai a que agradeço e parabenizo pela linda e bem-sucedida viagem. Contamos também com a participação do Roberto Braga, proprietário de uma conversão caseira para Kombi Camper muito parecida com uma Kombi Caracol. Também contamos com a sábia ajuda do pesquisador Hugo Bueno que enviou dados da imprensa da época do lançamento da Kombi Caracol pela Minimax. Novamente fica aqui registrado o agradecimento ao Eduardo Gedrait Pires que, neste caso, fez a ponte com o Roberto Braga.
NOTA: Nossos leitores são convidados a dar o seu parecer, fazer suas perguntas, sugerir material e, eventualmente, correções, etc. que poderão ser incluídos em eventual revisão deste trabalho. Em alguns casos material pesquisado na internet, portanto via de regra de domínio público, é utilizado neste trabalho com fins históricos/didáticos em conformidade com o espírito de preservação histórica que norteia este trabalho. No entanto, caso alguém se apresente como proprietário do material, independentemente de ter sido citado nos créditos ou não, e, mesmo tendo colocado à disposição num meio público, queira que créditos específicos sejam dados ou até mesmo que tal material seja retirado, solicitamos entrar em contato pelo e-mail alexander.gromow@autoentusiastas.com.br para que sejam tomadas as providências cabíveis. Não há nenhum intuito de infringir direitos ou auferir quaisquer lucros com este trabalho que não seja a função de registro histórico e sua divulgação aos interessados.
A coluna “Falando de Fusca & Afins” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
Fonte: Autoentusiastas
Postagem sugerida pelo Amigo e colaborador do Blog, Mário Márcio Beraldo