segunda-feira, 3 de julho de 2017

As merecidas férias do prefeito

Aquele episódio do vice, delatado por um executivo da JBS, já esfriou, caiu na vala comum do esquecimento, ninguém se lembra de mais nada, como sempre acontece por essas bandas.

As merecidas férias do prefeito
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), pediu licença à Câmara de Vereadores para viajar aos Estados Unidos (Disney) e Europa (Paris e Praga, República Checa) com a família
Mal esquentou a cadeira e o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, do PSDB, vai tirar férias, a partir do próximo dia 10, não sem antes deixar assinado o decreto que reajustou em quase 30% a tarifa de ônibus para 3,80.
Se seis meses no cargo foram suficientes para deixar o prefeito exausto, o que dizer dos três anos e meio que ainda lhe sobram de mandato.  Os simples mortais precisam ralar doze meses para ter direito a férias. Isso, evidentemente, se o patrão não precisar de seus préstimos. Caso contrário, o jeito é deixar o descanso para depois, regra essa, aliás, que se não aplica aos chamados “cidadãos de primeira classe”.
De acordo com a Lei Orgânica do Município, para se ausentar da cidade por mais de 15 dias, o prefeito precisa pedir autorização da Câmara. É claro que a Câmara vai autorizar. Não há nenhum registro recente em sua história negando essa prerrogativa ao chefe do executivo. E não poderia ser diferente, agora. Por quê?
Se o prefeito está cansado e quer curtir alguns dias de lazer é um direito dele, ninguém tem nada que ver com isso, não há nenhum problema. Afinal, não deve ser tarefa fácil administrar uma cidade com tantos problemas como é Porto Velho. 
Além disso, a nau do município vai singrando em águas calmas, as coisas vão caminhando as mil maravilhas, não havendo, portanto, com que se preocupar. Aquele episódio do vice, delatado por um executivo da JBS, já esfriou, caiu na vala comum do esquecimento, ninguém se lembra de mais nada, como sempre acontece por essas bandas.
Aproveita, prefeito! Deixa tudo isso e vai curtir belas praias, bons restaurantes, hotéis de luxo, tomar uísque e vinhos importados, dentre outras delícias, que o dinheiro pode proporcionar a uns poucos.
Deixa que a gente vai-se virando por aqui, enfrentando as filas intermináveis nas upas da vida, em sua maioria, sem medicamentos, andando em ruas esburacadas, e sendo obrigados a esperar um ônibus quase duas horas numa parada. Aproveite seu merecido ócio.
Fonte: Valdemir Caldas  - Tudo Rondônia.com

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