segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Custo Brasil: como crescer?

 O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1.9% neste primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, isto é muito bom. A estimativa de que iríamos crescdr menos de 1% neste ano passou para um crescimento próximo de 2%. O problema é que a economia não vem crescendo de forma linear.

O agornegócio mais uma vez vem sendo o motor da economia, houve um dessacelaração no setor de serviços, a indústria continua estagnada.

O que está ajudando a economia crescer um pouco são as mudanças microeconômicas que vem ocorrendo nos últimos anos. Neste governo ainda não foi divulgada uma única medida que pudesse criar expectativa positiva que estimulasse o País a voltar a crescer. 

A economia está estagnada desde a década de 1980 e, sem as reformas estruturais, tais como a reforma tributária de verdade, abertura comercial, reforma administrativa, gestão pública, não cresceremos o suficiente, ficaremos no voo de galinha.

Temos a galinha de ovos de ouro em nossas mãos, ou seja, a energia limpa, meio ambiente, enfim a economia verde. Se o governo tiver a percepção que as transformações do mundo passarão por aí, daremos um salto enorme no desenvolvimento, gerando não só empregos, mas uma relativa independênciam, poderemos ser um líder importante no mundo.

Os investimentos públicos e privados precisam voltar, estamos investindo menos de 18% no Produto Interno Bruto e isso é pouco. Os países desenvolvidos investem em média 25%. O custo para se produzir no Brasil é muito alto, o gasto adicional para se produzir no país chega a R$ 1.7 trilhão por ano, valor que representa 19.5% do PIB, em média.

Enquanto o setor produtivo do brasileiro gasta 62 dias ao ano para a preparação de impostos, a média nos países da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 6 dias. Como ser competitivo com tamanha aberração? É o chamado "Custo Brasil".

Estes dados são de uma parceria entre o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Também é importante dizer que a inflação contribuiu para este alto valor, mas o problema é estrutural e falta de planejamento.

Sendo assim sempre será uma aventura, um desafio concorrer com outras empresas fora do país. Precisamos produzir mais internamente, investir em setores estratégicos, só assim as empresas se sentirão mais seguras e a sociedade terá mais acesso e opções a produtos feitos aqui, gerando emprego e renda.

As importações são importantes, fazem parte do jogo. O comércio internarcional é uma via de mão, mas não podemos ficar dependentes de quase tusdo no que diz respeito a tecnologia e unsumos. O MDIC sugere três alternativas para amenizar mais este custo: diálogo e debate entre as partes (governo, iniciativa privada e sociedade), elimianção de regulamentações que geram aumento de custos estabelecimento de regras para racionalizar o custo regulat´roio de R$ 1.l7 trilhão considerando todo o ciclo da vida de uma empresa, em 12 áreas vitais das empresas brasileiras.

Segundo o estudo, destes seis representam mais de 80% dos custos, são eles: financiar um negócio, empregar capital humano, dispor de infraestrutura, ambiente jurídico regulatório, integração de cadeias produtivas globais e honrar tributos. Os dois setores mais críticos são o emprego e a tributação. A nossa mão de obra é de baixa qualificação e isto representa 8% do custo total anual. No caso dos tributos, a complexidade do nosso sistema atrapalha bastante, o governo deve divulgar em breve uma reforma tributária.

A solução destes problemas a médio prazo requer empenho de todos. Ou se reduz o Custo Brasil, ou seremos sempre um país emergente. A notícia boa é que podemos, pocuos países podem.


Fonte: Hipólito Martins Filho / Jornal Diário da Região.





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