A saúde pública pré-SUS

 O crescimento dependia de uma população saudável e com capaciedade produtiva

A história da saúde pública no Brasil começa com os colonizadores, quando os problemas sanitários ficaram mais graves. Durante o Brasil Colônia e Império, pouco se fez pela saúde pública.

A República trouxe esperanmça. Com o fim da escravidão, o país precisava de imigrantes. O crescimento dependia de uma população saudável e com capacidade produtiva, momento em que as campanhas sanitárias se destacaram.

Nos anos 20 suirgiram as CAPs (Caixas de Aposentadoria e Pensões), criadas pelos trabalhadores para garantir proteção na velhice e na doença. A Lei Eloy Chaves, de 1923, garantiu essa modalidade de seguro a todas as empresas com mais de 50 empregados. Na década de 30, o presidente Getúlio Vargas expandiu o atendimento para outras categorias profissionais.

A Constituição de 1934 trouxe aos trabalhadores novos direitos. Em 1943, a CLT ampliou os benefícios a saúde. Em 1943, a CLT ampliou os benefícios a saúde. Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde que se ocupava, principalmente, das políticas de saúde de atendimento nas zonas rurais.

Em 1966, nasceu o INPS, com a missão de unificar os órgãos previdenciários e melhorar o atendimento médico. Nos anos 70, o FAS, fundo composto por recursos da loteria esportiva que destinava parte do dinheiro a saúde. No auge do "milagre econômico" do Brasil, as verbas para a saúde representavam 1% do orçamento geral da União. A piora dos serviços públicos deu força ao crescimento dos grupos privados. O"start" no processo de precarização do trabalho médico foi dado. A curto prazo, os médicos e a população sofreriam perdas irrecuperáveis.

A 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, ampliou os conceitos de saúde pública no Brasil. A sociedade abriu os olhos para ações em saneamento, medicina preventiva, descentralização dos serviços e participação nas decisões. Importância tamanha que serviu de base para elaborar o capítulo de saúde na Constituição de 1988 e para criar o SUS,

"Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra!", setenciou o presidente da Assembléia Nacional Constituiente, Ulisses Guimarães. Apesar de muitos avanços e conquistas, a busca de soluções não cessou. Uma nova era da saúde do Brasil se iniciou. Viva o SUS!

Fonte: Dr. Leandro Freitas Colturado / Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM) - Regional de São José do Rio Preto.    Jornal Diário da Região.