Bombardeios russos destroem cidades, matam pessoas enquanto governo Putin faz parecer que tudo está bem no país vizinho
As estradas estão cheias de cadáveres. Os soldados russos invadem as casas no campo, sem nenhuma defesa, e pilham o que podem. Levam os estoques de grãos, os alimentos já preparados, roupas, enfim tudo o que podem carregar. Os animais no pasto ou são abatidos ou levados em grandes rebanhos não se sabe para onde. Mulheres são estupradas. Qualquer reação dos homens é seguida de fuzilamento sumário. Tudo isto é necessário para manter a Mãe Rússia, ainda herdeira dos tempos do czar, quando Pedro, o Grande derrotou a Suécia, e tomou a região norte onde construiu a capital do império, São Petersburgo, em homenagem a si mesmo. É a Veneza do Norte.
Anda está na memória da população as barbaridades perpetradas pelos nazistas durante a segunda guerra mundial quando promoveram o assassinato em massa de milhões de judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais e outras minorias. Um dos campos de extermínio é Babi Yar. Josef Stalin, ditador da União Soviética, quer submeter o campesinato ucraniano que rejeita perder as suas propriedades e torná-las parte de uma exploração coletiva, como manda o modelo comunista soviético. Coletivização quer dizer domínio do Estado sobre os ricos recursos agrícolas da Ucrânia para a exportação. A URSS precisa de uma moeda forte para financiar o processo de industrialização e a indústria bélica. Sem esta não é possível manter unida uma grande quantidade de regiões. É preciso força, violência e determinação de construir a pátria do comunismo. Nem que isso custe morte, destruição e toda sorte de terror.
Fonte: Heródoto Barbeiro é jornalista do R7, comentarista da Record News e Nova Brasil FM.
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