Muitos fluidos e lubrificantes ajudam a moto a funcionar e precisam ser trocados periodicamente. Mas não é só de óleo de motor que é feita a manutenção: nessa agenda de manutenção não podemos nos esquecer de fluido de freio, fluido do garfo de suspensão, óleo de transmissão e graxa. Assista e descubra por que cada um é importante e quando deve ser trocado.
Começando pelo fluido do freio a disco, por que sem ele a moto não para! O fluido de freio transfere a pressão feita na alavanca ou no pedal por uma mangueira até a pastilha, que é empurrada contra o disco.
O atrito da pastilha com o disco que fica preso à roda é o que faz a moto parar. Então o fluido de freio precisa estar no nível correto dentro do reservatório, que pode ser transparente ou ter um visor com a marca de nível mínimo.
É normal que o nível baixe conforme a pastilha vai se desgastando, mas nunca pode ficar abaixo do mínimo. Nesse caso pode entrar ar pela mangueira e prejudicar a transferência de pressão para a pastilha, atrapalhando a frenagem.
O fluido abaixo do mínimo precisa ser completado se ainda não passaram dois anos da última troca. Depois de dois anos, no máximo, o fluido de freio precisa ser completamente trocado porque absorve umidade do ar e vai perdendo eficiência. A maioria das motos usa a especificação DOT 4, e é importante seguir o que o manual do proprietário recomenda.
Ainda na parte da frente da moto tem outro fluido, o da suspensão. O movimento progressivo do garfo sendo comprimido e estendido para amortecer as variações do piso é feito pela passagem desse fluido por orifícios e câmaras.
Qualquer variação na quantidade, por causa de vazamento pelos retentores, ou variação de eficiência por causa de fluido envelhecido muda completamente a capacidade de absorção do garfo e a estabilidade da moto. O fluido do garfo também tem uma viscosidade correta para cada modelo de moto, e se for trocado por outro de viscosidade maior ou menor vai mudar as reações da suspensão.
O anel retentor serve para limitar o contato do que está fora com a parte interna da suspensão. Mas por ele acaba passando um pouco de fluido para fora e de sujeira ou água para dentro. Por isso o fluido precisa ser trocado periodicamente, seguindo os intervalos indicados no manual de manutenção da moto.
E para terminar a lista dos fluidos e lubrificantes que precisam de manutenção na moto faltam o óleo SAE 90 da transmissão e a graxa. Os dois servem para lubrificar peças móveis e assim reduzir o desgaste, além de criarem uma camada protetora contra oxidação.
Na corrente de transmissão é usado óleo 90 para que ela fique sempre levemente úmida. Pode ser a cada duas semanas, 500 km ou depois de ser molhada por chuva ou na lavagem da moto.
E a graxa lubrifica peças que recebem mais carga e por isso precisam de um lubrificante mais viscoso. Ou para manter peças que são menos acessíveis sempre lubrificadas e isoladas de oxidação por mais tempo.
Alguns exemplos de peças que recebem graxa são os eixos das rodas, articulações da suspensão traseira, rolamentos da caixa de direção, alavancas, pedais, cavalete e descanso lateral. Essa lubrificação mais pesada com graxa acontece em intervalos maiores, como a cada 10.000 km ou 20.000 km, conforme indica o manual da moto.
Quem tem moto da Honda pode contar com esses fluidos e lubrificantes da linha de fábrica Pro Honda, que já vêm com especificações corretas para os modelos da marca: o fluido para suspensão SAE 10W, o fluido para freios DOT 4, o óleo para corrente de transmissão SAE 90 e a graxa de lítio para motos.
Fonte: Revista Duas Rodas.
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