A Honda CG é o modelo mais longevo dentre todas as motos no Brasil. E o produto da fabricante japonesa é também um exemplo de evolução. Desenvolvida para o Brasil, está há mais de 40 anos entre nós, passou de 125 a 160 cilindradas, teve várias gerações, recebeu novas tecnologias. Hoje vamos apresentar a precursora, a Honda CG 125 1976, a CG da primeira geração.
Para Pelé, primeiro garoto propaganda da então recém-lançada CG, ‘nenhuma moto é boa como essa CG 125 1976, entende?!’
Honda CG 125 1976 a 1983
A CG 125 1976 inaugurou a linha de produção da fábrica da Honda em Manaus (AM). De quebra, foi a primeira moto produzida em solo nacional com motor 4Tempos – a precursora em linhas gerais foi a Yamaha RD 50, dois anos antes, com motor 2Tempos.
Primeira geração da CG 125 adotava a identidade visual da Honda na época e logo receberia o apelido de ‘Bolinha’
Era movida por um motor de 124 cm³ que oferecia 11 cv a 9.000 rpm e 0.94 kgf.m a 7.500 rpm. O sistema elétrico era de 6 Volts e o câmbio, de 4 marchas. A velocidade final atingia pouco mais de 100 km/h.
O design seguia o padrão da Honda na metade dos anos 1970, com linhas suaves e arredondadas – que lhe renderiam o apelido de ‘CG Bolinha’ anos mais tarde. Na lista, muito cromado, círculos (farol redondo, painel com mostradores analógicos redondos, piscas…) e alguns acessórios, como bagageiro e mata-cachorro.
Versão Ecco chegou em 1978, dando ênfase ao motor de 4 tempos, menos poluente frente aos dois tempos
Dois anos depois, em 1978, a CG ganhou a versão Ecco. Com tampa do cabeçote na cor preta, tinha essa como única diferença do modelo tradicional. A Honda queria destacar o fato de sua street ter motor a quatro tempos, menos poluente que os motores de dois tempos da concorrência.
CG 1981, primeira moto a álcool do mundo
Poucos anos depois e mais uma mudança. Em 1981 a CG foi a primeira no mundo a receber um motor movido a álcool, um reflexo da crise do petróleo do final da década de 1970. O propulsor era o mesmo da CG ‘tradicional’, mas convertido para a nova alimentação. Seu consumo era cerca de 18% maior, o que era compensado pelo preço mais baixo do combustível.
A primeira no mundo a rodar com etanol foi a CG 125
E ela tinha mais um avanço importante, o aguardado câmbio de cinco marchas. O item chegaria à versão a gasolina apenas dois anos depois, junto da segunda geração da CG 125. Aliás, foi a nova repaginada na CG 125, em 1983, que pôs fim à primeira geração da clássica CG 125 1976.
Pontos positivos
O sucesso da CG 125 está beseado nos pilares fácil manutenção, preço acessível e economia. Junto a isso, o motor monocilíndrico de quatro tempos era mais silencioso e limpo do que as principais concorrentes, em uma época em o fechamento das importações restringia o mercado nacional às poucas opções locais. Por fim, seu design moderno para a época agradava os motociclistas.
Design da CG 125 seguia o padrão da marca na época, eternizado em ícones como a CB 750 Four (foto)
Pontos negativos
Priorizando a economia, ela acabava prejudicando potência, especialmente se comparado o seu desempenho com os motores 2T com mesmo tamanho cúbico. O câmbio de apenas quatro marchas também prejudicava o uso em rodovias e longos percursos.
Honda CG 125 1976 vale a pena?
Com o passar dos anos (ou das décadas, se preferir) as primeiras Honda CG 125 ganharam o status de clássicas nacionais. Como consequência, a procura por apaixonados por motos antigas também cresceu, elevando consigo os preços das unidades restauradas.
Hoje a pioneira Honda CG 125 é quase um moto de coleção, figurando no imaginário de motociclistas
Hoje uma CG 125 1976 – 1982 chama a atenção nas ruas, atraindo olhares e infinitas perguntas sobre uma eventual possibilidade de venda. Além de rodar com estilo, seus proprietários rodam por aí com economia e tranquilidade, dada a robustez do conjunto.
Ficha técnica Honda CG 125 1976 |
Motor |
Tipo | 4 tempos, 1 cilindro |
Cilindrada | 124 cc |
Arrefecimento | Ar |
Combustível | Gasolina |
Potência Máxima: | 11 cv a 9.000 rpm |
Torque Máximo: | 0.94 kgf.m a 7.500 rpm
|
Alimentação: | Carburador |
Partida: | Pedal |
Transmissão: | 4 velocidades |
Suspensão e rodas |
Suspensão dianteira: | Garfo telescópico / Curso 115 mm |
Suspensão traseira: | Duplo amortecedor / Curso 64 mm |
Chassi: | Aço |
Pneu Dianteiro: | 2.75-18 |
Pneu Traseiro: | 2.75-18 |
Dimensões e capacidades |
Peso a seco: | 95 kg |
Comprimento: | 1935 mm |
Largura: | 745 mm |
Distância entre Eixos: | 1270 mm |
Capacidade do tanque: | 12 litros
Fonte: Motonline.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário