A terça-feira foi uma mistura de expectativas, esperanças, temores, preocupações. Tudo ao mesmo tempo. A reabertura do comércio em Porto Velho, incluindo o Porto Velho Shopping (apenas nesta quinta-feira) é um passo vital para que comecemos, enfim, a retomar, mesmo que lentamente, nossa vida em direção à normalidade. Mas, é, no outro lado da moeda, um risco muito sério que enfrentaremos, caso não haja conscientização coletiva, cuidados, distanciamento social, uso de máscaras, de álcool gel e, mais que tudo, da roupagem que sintetiza o respeito que devemos ter uns pelos outros. Nossos hospitais ainda estão lotados; temos poucos leitos de UTI ainda disponíveis e, ao menos por mais alguns dias, até que o Regina Pacis comece a receber pacientes (o que já pode ocorrer nesta quarta) teremos que triplicar nossos cuidados. Nas empresas, nas ruas, nas nossas casas, no relacionamento com nossos amigos, vizinhos, companheiros de trabalho. A nova etapa que avançamos, nessa complexa batalha contra o vírus destruidor, que já levou embora mais de 330 rondonienses, quase 73 por cento de porto velhenses, pode ser o recomeço da nossa economia; da recuperação de muitas empresas e, mais que tudo, dos empregos que corremos o risco de perder.
Precisamos urgentemente de mais leitos hospitalares e de UTIs. No Cemetron, por exemplo, quase 90 por cento deles estão ocupados. Os números são semelhantes nos demais hospitais públicos e privados da Capital. Mesmo com a entrega dos primeiros 60 leitos do Regina Pacis e mais 10 UTIs, caso haja um aumento significativo dos números da doença, poderemos não conseguirmos manter as portas abertas, voltando a um estágio do combate à Covid 19 novamente negativo e, ainda pior, correremos o risco de voltar à pandemia do risco da quebradeira, das portas fechadas, do desemprego galopante, do risco da falta de tudo em nossas casas. Há que se separar as coisas: a maioria da população que está tendo cuidados, não pode ser punida por causa de uma minoria de irresponsáveis, que continua fazendo festas, indo para banhos, andando pelas ruas sem proteção. As autoridades precisam punir com severidade quem está se lixando para a vida de todos. E salvaguardar tanto as empresas quanto aqueles que, sim, estão levando a sério a guerra ao corona. Comecemos, pois, uma nova etapa, recheados de esperanças e torcendo para que as coisas possam, enfim, melhorar. Porque estamos com o saco cheio de más notícias e precisamos acreditar que o pior já passou. Em caso contrário, ficaremos à mercê desse terror, durante longos e pesados dias; longos e terríveis meses. Ou comecemos uma vida nova, respeitando a lei e mantendo sob controle doença ou vamos todos nos trancar em casa, com todas as empresas fechando as portas, até que não tenhamos sequer o que comer. A hora é de mudar. E mudar para melhor...
UM NOVO HOSPITAL
Não se pode impedir críticas e opiniões contrárias, porque democráticas. Mas também seria injusto não destacar o enorme efeito positivo que terá o novo hospital Regina Pacis, de propriedade agora do governo do Estado, no contexto da batalha contra o corona vírus e, depois, quando a pandemia passar. Tirando-se as paixões, as opiniões dos que sempre são contra, não importa se é bom ou ruim; dos que usam as Fale News como ferramenta para demonstrar seu caráter, pode-se dizer que qualquer raciocínio lógico aponta para que a Secretaria de Saúde tenha feito um grande negócio, ao adquirir o hospital, que está novo em folha. Se necessário, a partir desta quarta já poderá receber pacientes em seus primeiros 60 leitos. Tudo cheirando a novo. As 10 UTIs do térreo estão prontas e podem ser usadas numa emergência, mas ainda faltam alguns detalhes nos corredores. Provavelmente só começarão a receber doentes a partir da segunda-feira. A partir daí, começará a ampliação para pelo menos o dobro de UTIs e o dobro de leitos. Em breve, quando toda a crise passar, o Estado terá um hospital novíssimo, na região central, com uma área de estacionamento de mil metros quadrados e com uma usina de oxigênio (o que vai gerar uma economia mensal de quase 2 milhões de reais), tendo pago por ele somente 12 milhões de reais. Será que ainda dá para dizer que não foi um grande o negócio?
UM KIT QUE PODE SALVAR MUITAS VIDAS
O empresário César Cassol está numa cruzada em defesa dos medicamentos que, segundo ele, estão tendo resultados muito positivos no combate à Covid 19, desde que utilizados na fase inicial da doença. Um dos documentos que ele tem utilizado pra defender o uso do kit anticorona (Ivermectina, Hidroxicloroquina, Anticoagulante e Antibiótico), é uma série de depoimentos de médicos que têm utilizado o pacote de remédios com alto índice de recuperação de quem é afetado, principalmente na fase inicial dos sintomas do ataque do vírus. Um desses médicos é o dr. Belarmino D´Árce, um especialista com longa experiência. Num vídeo muito esclarecedor, o profissional, entre os maiores especialistas do país, defende com toda a convicção o uso dos remédios e explica dos motivos pelos quais ele faz um efeito realmente positivo no combate à doença. O leitor pode acompanhar todo o vídeo, que tem duração de cerca de seis minutos, pelo link https://www.facebook.com/181072352018367/posts/2911439632314945/?sfnsn=wiwspwa&extid=l02klFfOuyUs8MyL&d=w&vh=e
"Coronavírus: Em 6 minutos aprenda a tratar se adoecer"
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. César Cassol também pediu que as autoridades – tanto estaduais como municipais - em todo o Estado, providenciem com urgência os kits para distribuição às pessoas, logo que elas tenham os primeiros sintomas. E defende que caso não consigam receber o kit, que não custa mais que 100 reais, que denunciem ao Ministério Público e aos órgãos de defesa do consumidor. Para ele, em tempos de pandemia e de calamidade pública, tem que se usar todas as armas, na guerra contra o vírus.
EM RONDÔNIA, 2,7 POR CENTO DE ÓBITOS
Os números do corona vírus continuam aumentando em Rondônia, mas, principalmente, em Porto Velho. Na noite dessa terça, chegamos a 13.010 casos, 346 mortes, cada vez mais internados. Há boas notícias, contudo: nada menos do que 4.649 rondonienses já se recuperaram da doença. Em relação às mortes, cada uma delas é um punhal cravado no peito dos rondonienses, mas principalmente dos seus familiares e amigos. Contudo, há que se registrar que o percentual de óbitos em Rondônia é um dos menores do país, em relação ao total de número de contaminados. São 2,7 por cento. Índice igual, aliás, ao Acre. Mas menos da metade, por exemplo, de São Paulo, cujo índice de 6 por cento em São Paulo e no Pará; 4 por cento no Amazonas. Além disso, o número de contaminados/dia, caiu de algo em torno de 700 para perto de 500, até terça, quando voltou a subir para 830. É muito ainda, mas aparentemente, as coisas melhoraram.
DEZ MILHÕES PARA DUPLICAÇÃO DA PONTE
Não se pode negar que os problemas da BR 364 são imensos. Enquanto ela não for totalmente duplicada, continuará sendo a rodovia da morte. A 364, que atravessa Rondônia, está, contudo, recebendo algumas melhorias que não se pode deixar de registrar, ao menos em alguns trechos e algumas regiões que atravessa. Uma das grandes obras previstas para começar em 2021 e terminar um ano depois, será a duplicação da ponte do rio Jaru, um dos locais de grande perigo, pelo intenso trânsito, que ali se afunila. Antigo sonho da cidade e dos motoristas que a utilizam, a duplicação da ponte começa a se tornar realidade, já que os primeiros estudos de análise do solo já foram iniciados. E há, já reservados, através de emenda do deputado Lúcio Mosquini, líder da bancada federal no Congresso e principal representante político da cidade, pelo menos 10 milhões de reais. Cerca da metade do custo total da obra. O contexto da duplicação terá também a construção de uma passarela de pedestre e uma ciclovia. A elaboração do projeto está prevista para o final do ano de 2020, e o início da execução da obra para o ano de 2021 com término em 2022.
LAERTE PEDE APOIO CONTRA PERFIL FALSO
Todos os dias, alguma autoridade é vítima das Fake News ou de alguma forma de ataque ou crime cibernético. Cada vez mais. Em todo o Brasil e em Rondônia, os casos são inúmeros. Até há pouco tempo, não havia uma punição para esses crimes, mas agora quem os comete pode ser condenado a vários tipos de pena, dependendo do delito cometido. Uma das vítimas foi o presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes. Ele foi vítima de criminosos que criaram uma página falsa no Facebook, com foto de Laerte e com o nome dele. A página, com o título de “Laerte Jipa”, está sob investigação policial, a pedido do próprio presidente da ALE. O caso é investigado pela Delegacia contra Crimes Cibernéticos, que, aliás, tem detectado inúmeros casos semelhantes e denunciado muitos envolvidos. . O parlamentar pediu aos internautas que não aceitem os convites. Os indícios apontam que o perfil falso teria sido criado em Ji-Paraná.
MINHA CASA, MINHA TRISTEZA!
Os pobres só se ferram mesmo! No final das contas, são muito bem tratados em época de eleição, nos discursos de palanques e na hora de votar. Mas, quando os benefícios são para eles, quanta diferença! O atraso nas obras de casas populares é um exemplo clássico disso. E isso se repete em qualquer recanto do país. Da pedra fundamental ao primeiro tijolo; da primeira construção ao meio da obra, tudo é motivo de festa, promessas, comemorações. O problema que quando o término é anunciado para seis meses, demora dois anos. Quanto o é para dois anos, demoram cinco. No meio do caminho, tem empreiteira que quebra; tem interferência dos órgãos de fiscalização, tem de tudo. Menos entregar as casas a quem sonha com elas e as espera às vezes a vida inteira. Quando são feitos sorteios, os ganhadores ficam angustiados, porque a demora é tanta que muitos se desesperam.
UMA DOENÇA INCURÁVEL!
E há os outros, muitos também miseráveis, mas eventualmente malandros, que querem ganhar algum dinheiro, aproveitando-se da inércia do poder público, que invadem prédios ou casas ainda não concluídas, para tentarem tomá-las. Nessa semana, em Porto Velho no bairro Socialista, se assistiu novamente cenas tristes, com a PM, por ordem judicial, tendo que retirar dezenas de pessoas que tomaram casas longe de serem concluídas, no projeto Minha Casa, Minha Vida, aquele mesmo que se arrasta há longo tempo e não termina nunca. O caso do Residencial Leste é sintomático. A nova previsão de entrega, agora, é para mais seis meses. Quase duas mil casas estão praticamente prontas. Mas sempre tem um “praticamente”. No Brasil, para alguns afortunados, as coisas andam rapidamente. Para a grande maioria sofredora, pobre e miserável, toda a força da lei é usada, não para dar-lhes o que merecem, mas para eles saberem que, nesse país, a injustiça social não tem cura.
REPUBLICANOS NA CÂMARA MUNICIPAL
Mudou a composição da Câmara Municipal de Vereadores. Nesta terça, assumiu o até agora suplente de vereador Waldemar Albuquerque Neto, entrando na vaga do pastor Edésio Fernandes, que lamentavelmente morreu, acometido pelo mortal corona vírus. Edésio era um dos mais atuantes e destacados vereadores, com um grande trabalho realizado em vários bairros da cidade. Era também um dos líderes da Igreja Universal, enlutada desde a perda dele. O novo vereador é do mesmo partido, o Republicanos e chega à Câmara com a missão de dar continuidade ao trabalho comunitário realizado por Edésio. O partido (ex PRB), aliás, anda com muitos planos para a próxima eleição municipal. Caso o prefeito Hildon Chaves decida pela reeleição, o Republicanos vai apoiá-lo. Caso não seja, o partido pode até lançar candidatura própria. O presidente regional é o ex deputado federal Lindomar Garçon, bom de voto em Candeias e na Capital. Seria ele o nome?
PERGUNTINHA
Será que dessa vez conseguiremos diminuir os números do corona vírus, mesmo na flexibilização de reabertura das empresas ou, por falta de apoio de muitos rondonienses, teremos que voltar ao isolamento total?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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