domingo, 28 de junho de 2020

A ARTE DA PRUDÊNCIA


Não ser totalmente dos outros, e não ter alguém totalmente seu.

Nem o sangue, nem a amizade e nem mesmo o mais forte sendo de obrigação são suficientes; pois dar a alguém o afeto é muito diferente de dar-lhe a vontade. A união mais íntima admite exceção; nem por isso se ofendem as leis da cortesia. Um amigo guarda para si algum segredo e nem um filho revela tudo ao pai. De algumas coisas calamos com uns e falamos a outros e vice-versa, de modo que revelamos tudo e ocultamos tudo, mas para confidentes diferentes.


Fonte: Do Livro A Arte da Prudência – Baltasar Gracián / Editora Martim Claret.




Nenhum comentário:

Postar um comentário