terça-feira, 23 de junho de 2020

VÍDEO: MONTAGEM ARTESANAL DA PRIMEIRA DUCATI SUPERLEGGERA V4

Esportiva em fibra de carbono de R$ 700 mil começa a ser produzida em Bolonha, na Itália


A Ducati começou a produzir artesanalmente as 500 unidades vendidas sob encomenda da Superleggera V4, em fibra de carbono. E registrou o processo de montagem da primeira delas em vídeo capaz de deixar qualquer entusiasta suspirando. 
Novidade é que a Superleggera V4, avaliada em R$ 700 mil no país, é uma esportiva de fibra de carbono homologada para rodar em vias públicas. Diferentemente da iniciativa concorrente com a BMW HP4, também produzida no material mais leve e restrita a uso em circuitos fechados.
A Superleggera é um projeto que parte da Panigale V4 de série, mas não se pode dizer que ainda é a mesma moto após construí-la com novas especificações devido à mudança de material. Por isso, Panigale já não faz parte do nome. 
No passado, a Ducati produziu uma série numerada da 1299 Superleggera baseada na geração anterior do modelo, com motor V2. Nesta V4, o motor é uma versão daquele usado pela marca no Campeonato Mundial de Superbike. 
Para se enquadrar no regulamento do campeonato a capacidade cúbica é de 998cc, em vez dos 1.103cc da Panigale de produção em série. E pesa 2,8 kg a menos. Apesar de cumprir com as normas de emissões e ruído, alcança impressionantes 224 cv.
Os compradores também receberão um segundo sistema de escapamento Akrapovic, de titânio, como parte do kit Racing. Sem as restrições legais (abafadores e catalisadores), permite à Superleggera atingir 234 cv após uma nova calibração eletrônica selecionada no painel TFT, para funcionar com o sistema de exaustão de maior fluxo para pistas fechadas. 
Ponto chave na Superleggera é o uso de fibra de carbono em toda a estrutura, incluindo chassi, subchassi, braço oscilante da suspensão traseira e rodas. Estes componentes somam 6,7 kg de redução de peso. 
A carenagem cobrindo todo este belo trabalho artesanal é do mesmo material, com duas grandes asas de cada lado para acrescentar pressão aerodinâmica. Geram 50 kg de pressão contra o solo a 270 km/h, quando a Panigale de série com apenas uma aleta de cada lado produz 30 kg. 
Os benefícios do conceito introduzido pela Ducati na MotoGP em 2016 são reduzir a tendência a empinar a roda dianteira nas acelerações, tornando-as mais eficientes, e aumentar a estabilidade nas frenagens. O recurso aerodinâmico seguiu evoluindo nas últimas temporadas e foi seguido por todas as outras marcas no grid.  
Até as suspensões Öhlins e os freios Brembo são componentes exclusivos para a série numerada. As suspensões são mais leves do que as produzidas em linha pela fabricante sueca, e até uma mola de titânio foi usada no amortecedor traseiro. Já os freios têm pinças dianteiras Stylema R exclusivas, para mais consistência em treinos longos de track day. 
A redução de peso total da Superleggera é de 16 kg sobre uma Panigale, auxiliada pelo uso de metais nobres como titânio, magnésio e alumínio esculpido de blocos sólidos no caso de componentes que não são de carbono. Com o kit Racing instalado o peso diminui em outros 7 kg, para apenas 152 kg a seco (próximo de uma KTM 200 Duke), atingindo a impressionante relação de 1,54 cv/kg. 
Além do sistema de escapamento mais leve, o kit inclui tampa de embreagem aberta de fibra de carbono, tampa do tanque de abertura rápida, capa do braço oscilante de fibra de carbono com slider de titânio, componentes para remoção e cobertura do conjunto de iluminação, coberturas para remoção de suporte de placa, descanso lateral e espelhos retrovisores. 
Ao parar no box após o treino, o comprador da moto poderá usar cavaletes que fazem parte do kit e o sistema de telemetria Ducati Data Analyzer com GPS para visualizar a performance no autódromo usando um notebook.
Cada Ducati Superleggera V4 será entregue com uma miniatura detalhada em escala 1:10, numerada de acordo com a unidade da moto entregue. Outra exclusividade destes clientes é a opção de participar da “Superbike Experience” com o time Ducati Corse para acelerar em Mugello a Panigale V4 R do campeonato mundial. E apenas 30 vagas foram abertas para a “MotoGP Experience”, que permitirá a pilotagem do protótipo Desmosedici GP.





Fonte: Revista Duas Rodas.

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