Enquanto isso, Porto Velho por incrível que pareça também se prepara para as festas de Natal. Uma cidade totalmente sem vida e sem luz quer aparecer. A suja, fedida, escura, poeirenta e enlameada “capital dos estupros” quer dizer ao mundo que também comemora a vinda de Cristo. E no pior estilo, diga-se. Há três anos que esse arremedo de cidade, essa currutela fedida da Amazônia não comemora o seu Natal. Em vez de neve, alegria e charme teremos só lama, violência e muitos pinguços bêbados no meio das fedidas e emporcalhadas ruas. Mas 2019 é o último Natal antes das eleições do próximo ano. Por isso, a atual administração da cidade, “que não dorme no ponto”, quer impressionar beiradeiros e matutos com algumas lâmpadas velhas colocadas em alguns lugares. Espaço Alternativo e Avenida Jorge Teixeira (BR-319) foram os escolhidos.
Pior lugar para colocar aquelas luzinhas que piscam não há em Porto Velho. Bem no meio da referida Avenida há uma vala enorme, ainda aberta e cheia de água de esgotos podres, ratos e tapurus que exalam um fedor totalmente oposto ao que acontece na charmosa Paris ou na encantadora Viena. E se chover durante a noite de Natal, coisa que não é difícil, o vexame estará completo. É melhor nem ir ver aquela coisa brega e cafona. Além do mais, ali não existe decoração bonita e muito menos que tenha bom gosto. Apenas foram espalhadas de forma aleatória luzes coloridas sem nenhum significado. É uma presepada “sem-pé-nem-cabeça” que representa muito bem a triste e sinistra Porto Velho. Muito melhor do que esta cafonice, a decoração de pneus, aqueles “cocôs de monstro” do Mauro Nazif, fizeram mais sucesso. Difícil saber o que é pior.
O Espaço Alternativo, obra eleitoreira e superfaturada que levou um deputado federal para a cadeia, é um lugar lúgubre, patético e sem banheiros. É a rua que dá acesso ao acanhado aeroporto da cidade. Lá tem uma espécie de montanha russa do atraso, um trambolho inútil e sem sentido que só serviu até agora para eleger políticos ruins. Mas estive lá para ver a chegada de um tal Papai Noel e assistir a uma “cantata”. Mas de cara fui logo roubado. É que matutos e cantatas não combinam. Aos domingos e feriados, servem ali churrasco e outras gororobas para quem tem coragem de ir “se divertir”. Em vez de usar estas lâmpadas inúteis, deviam gastar dinheiro com lâmpadas de verdade para iluminar esta cidade que é escura feito breu. Eu, de novo, vou passar o Natal em Porto Velho. Em casa. Espero que a Energisa não deixe faltar energia. E as autoridades da capital, onde vão passar as festas natalinas? Na neve ou na lama mesmo?
Fonte: Professor Nazareno / Porto Velho-RO.
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