O evangelho da solenidade da Imaculada Conceição - a qual neste ano, é celebrada em lugar do segundo domingo do Advento - é o da anunciação do anjo a Maria. As promessas de Deus se cumprem graças ao sim dado pela Virgem. O anjo lhe aparece e lhe pede que se deixe engravidar pelo Espírito Santo. O primeiro cumprimento do anjo é de alegria, pois ela é cheia de graça. Diante do questionamento, o enviado a tranquiliza, dizendo que não se preocupe e deixe por conta do Espírito. O resultado do encontro do Espírito com Maria é a geração do Filho de Deus. Com seu sim, ela foi responsável por gerar o Deus encarnado.
O primeiro aspecto a ressaltar é que onjo aparece a Maria não no templo, centro religioso, mas no ambiente familiar, na casa, numa aldeia, na periferia da Palestina. O primeiro encontro com Deus encarnado acontece, portanto, no seio da família, onde as pessoas vivem e trabalham e onde partilham a alegria e os desafios. Deus se fez gente não para permanecer nos palácios e templos, mas para morar onde as pessoas se solidarizam e convivem no dia a dia. Ele fez morada entre nós.
Maria colabora na missão que lhe é proposta. Nela habitam duas pessoas da Santíssima Trindade: o Espírito e o Filho. Ela é o templo que acolhe a ambos. Naquele momento histórico, o centro é ocupado por uma mulher, justamente por alguém que, numa sociedade machista, é pouco valorizada. Se nos deixarmos possuir pelo Espírito a exemplo de Maria, estaremos sempre gerando o projeto-Jesus.
O anjo lhe diz: "O Senhor está contigo", demonstrando que ela não está esquecida nem abandonada, mas pode contar com a presença divina. Isso constitui motivo de alegria, esperança e otimismo. Nós também, igualmente, não vivemos sozinhos nem esquecidos no universo. Deus nos acompanha sempre; no íntimo de cada pessoa está a presença dele. Tudo muda quando nos sentimos acompanhados e abraçados por Deus.
Fonte: Pe. Nilo Luza, ssp - O DOMINGO/ Seminário Litúrgico-Catequético.
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