PROMESSAS - O número enorme de pessoas infectadas e mortas pelo COVID 19 em Guajará-Mirim é uma prova indelével da incompetência das autoridades estaduais e municipais em gerir o sistema de saúde pública. Já foram investidos milhões de reais numa estrutura física hospitalar no município sem que até o momento tenha sido concluída e colocada à disposição da população.
MENTIRA - Na campanha eleitoral a única promessa do coronel Marcos Rocha – já que não tinha nenhuma proposta de governo – era a amizade com o capitão Bolsonaro e que, segundo o coronel, seria o suficiente para resolver os gargalos administrativos rondonienses. Aliás, nos debates afirmava, - já falei com Bolsonaro sobre os problemas de Rondônia e ele garantiu resolvê-los. Ao que parece era mentira do coronel ou foi enganado pelo seu capitão. A verdade é que os problemas continuam sem solução por falta de ajuda federal.
RECURSOS - Ano passado, por exemplo, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas anunciaram pela mídia que estariam repassando dos seus respectivos orçamentos alguns milhões para que o Governo do Estado iniciasse a construção de um grande hospital na capital que substituiria o João Paulo II. Com o sistema de saúde de Porto Velho em colapso em razão do coronavírus, a promessa de um novo hospital revela a letargia que acometeu o governo do coronel. Embora as instituições tenham contribuído orçamentariamente para melhorar o sistema, o governo não fez a sua parte para ajudar as pessoas acometidas pela pandemia. As pessoas mortas viraram estatísticas dos órgãos governamentais.
NOTA - O Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público divulgaram uma nota em conjunto desmentindo uma suposta versão da Secretaria de Estado da Saúde de que teriam impedido a construção de um hospital de campanha na capital. Segundo a nota, em seis de abril a própria Sesau teria informado aos órgãos de controle que a unidade hospitalar era dispensável, naquela ocasião.
FISCALIZAÇÃO - Alguns governadores e prefeitos pelo país afora optaram em culpar os órgãos de controle por impedir que esses gestores não aproveitassem a decretação de calamidade para driblar a legislação e fazer compras com preços acima de mercado. Não fosse a atuação firme e célere destes órgãos, os malfeitos teriam sido ainda piores aos que estão sendo revelados agora com operações policiais em várias cidades. Aliás, muitas investigações estão em andamento, inclusive por aqui, que podem desmascarar a desfaçatez dos prefeitos e governadores envolvidos em eventuais tramoias. Rio de Janeiro, por exemplo, governado por um destes outsiders, eleito com um discurso evangélico e de virtuoso, as revelações dos malfeitos são devastadoras.
ATENÇÕES - Todas as atenções do mundo político e jurídico estarão voltadas ao Tribunal Superior Eleitoral que estará pautando as investigações sobre supostas irregularidades cometidas na campanha pela chapa do presidente eleito Jair Bolsonaro e General Mourão. Nos bastidores brasilienses são fortes as especulações de que fatos apurados na denúncia e subsídios com provas emprestadas de outras investigações - a exemplo do inquérito das Fake News -, reunirão um corolário de elementos capazes de julgar procedente as ações e cassar a chapa que catapultou Bolsonaro e Mourão a presidente e vice. É bom ficarmos atentos.
NEGAÇÃO - Ninguém pode deixar de avaliar que há uma crise política nacional agravada com as posições tresloucadas do presidente em meio a uma pandemia mundial que ceiva cada vez mais vidas, em particular no Brasil. Ao invés de ouvir os órgãos sanitários, os especialistas na área de infectologia como um líder que cuida do seu povo, Bolsonaro optou em negar o problema, minimizar as mortes, ignorar os protocolos sanitários e dar coices a quem recomenda o distanciamento social. Em razão desta postura insana, o presidente cavalga sobre pedregulho político e perde cada dia apoio popular.
ATALHO - Um atalho, via TSE, para resolver a crise política e sanitária que enfrentamos, pode ser a melhor forma de fazer o presidente cair do cavalo e perder os arreios da (des)condução do governo. De nada adiantará suas ameaças em convocar toda a cavalaria já que a infantaria não entrará numa fria para garantir um “boiadeiro” que dá sinais de que pode cair do cavalo, muito antes do que imaginávamos.
GOL DE PLACA - Enquanto os partidos políticos estão fora das ruas por total falta de representatividade em razão de um discurso em desuso, as torcidas organizadas dos maiores times de futebol do país tomaram as ruas para defender as bandeiras da democracia e da liberdade. São bandeiras historicamente caras aos povos e, não raros, desfraldadas ao custo de muito sangue derramado. Esta nova forma de protestar une uma das maiores paixões que é o futebol ao maior bem jurídico a ser defendido que é a liberdade. A rua é do povo e todo poder emana do povo, conforme nossa carta cidadã, tais manifestações são gols de placa que as torcidas brindam a todos brasileiros.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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