sexta-feira, 8 de maio de 2020

ISSO JÁ VIROU BULLYING!

Os eleitores que venceram o pleito presidencial de 2018 vêm sofrendo um bullying dos poderes de Estado e da grande imprensa. Está última, especialmente, não se conformou em momento algum com o resultado das urnas. Dezenas de milhões de brasileiros são acusados então, cotidianamente, pelos grandes meios de comunicação, de fanatismo e irresponsabilidade política. Em tais imputações, essa mídia tem parceria de ministros do STF e de parcela que já se revelou majoritária no Congresso Nacional. Num surto de asnice, qualificam como antidemocrática a manifestação agendada para o dia 15 de março (que já aconteceu) e outras que poderão até acontecer.

Têm saudade do ancien régime. Não querem que o povo vá à rua. Que aguente calado o bullying a que está submetida sua esperança de um país renovado e melhor.

Cabe bem a pergunta: a tão reverenciada liberdade de opinião não alcança o povo quando ele se manifesta ordenadamente, em espaço público?

Se o bullying midiático incomoda o cidadão, quer dizer-se do próprio presidente, atacado em três turnos, sete dias por semana, pelos protagonistas da cena política? Ora é a grande imprensa cuja tarefa, aroud the clock, consiste em atingir o governo com todas as suas forças. Ora são ministros do STF que, indignados com as prisões dos endinheirados corruptos e corruptores, réus confessos que causaram terríveis danos aos país e que ainda estão a devolver bilhões em dinheiro roubado, abrem-lhes as portas da liberdade e esbofeteiam a roubada nação. Ora, são os congressistas, a fazer pirraça e dar "lições" ao governo, derrubando seus vetos, deixando vencer medidas provisórias, deturpando projetos do Executivo para fazer com que seus efeitos sejam o oposto do pretendido pelo governo. Esses revides legislativos ocuparam muita da pauta do Congresso no ano de 2019! De um modo bem seletivo, essa engrenagem e o respectivo bullyuing vão direcionados, também, aos membros do governo que, por suas responsabilidades de gestão, expressam convicções com palavras e atos.

Porém, - Ah, porém! - diria Paulinho da Viola, existem as redes sociais. Graças a ela, democratizou-se o direito à informação e a liberdade de expressão se tornou efetiva para 127 milhões de brasileiros com acesso à internet. Foi assim que, dentre eles, milhões se reconheceram liberais e passaram, todos, a ter vida intelectual e política inteligente e independente. Foi assim, também, que a grande mídia, tornada militante, passou a afundar no descrédito.

Deliberadamente, confunde com "ataque ao Congresso e às instituições democráticas" a crítica aos congressistas. Deliberadamente, silencia diante de parlamentares corruptos, protetores de corruptos e vendilhões dos próprios votos. Deliberadamente contradiz seu próprio discurso de décadas contra emendas parlamentares e compra de apoio no parlamento. E se torna importante incentivadora da mobilização para novas manifestações da população que quer ver o Brasil melhorar.

Fonte: Percival Puggina / Arquiteto, empresário e escrirtor / Jornal Diário da Amazônia.


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