Uma
decisão anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, pode ser
extremamente desastrosa para a economia de Rondônia. Isso mesmo! Ao
apoiar a causa de Israel contra a posição dos palestinos e todos os
demais inimigos dos judeus do mundo árabe, como por exemplo, a
transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, o
Presidente mexe num abelheiro. Essa medida é contestada com veemência
pelos inimigos de Israel, mas ao que tudo indica, a decisão do novo
presidente brasileiro já estaria tomada. A aproximação do Brasil com
Israel e se distanciando dos árabes, seguindo a política dos Estados
Unidos, pode afetar Rondônia de que maneira? Nas nossas exportações de
carne. O governo brasileiro – e também o de Rondônia - já receberam
avisos prévios de representantes de pelo menos cinco países que não
aceitam as políticas pró Israel, de que interromperão a compra da nossa
carne, caso se concretizem os planos anunciados por nosso futuro
governante. A carne brasileira (com destaque para a nossa de Rondônia,
considerada uma das de melhor qualidade em todo o mundo), entrou em
países árabes depois de longas e cansativas negociações, inclusive por
motivos religiosos, já que os animais têm que ser abatidos num ritual
diferenciado, em que não sofram, uma das muitas exigências dos nossos
compradores. Egito, Arábia Saudita, Síria, Líbano e outros países que
negociam com o Brasil, podem simplesmente fechar suas portas às nossas
exportações. Para Rondônia, seria um confronto catastrófico, na medida
em que perderia grande fatia do mercado internacional que conquistou a
duras penas. Quase 5,5 por cento de todas as exportações de carnes do
país (e um percentual muito significativo do produto de Rondônia), é
exportado para esse rico mercado internacional.
A
primeira retaliação já veio essa semana, do Egito. O governo daquele
país cancelou, de forma unilateral, uma visita programada há muito tempo
pelo chanceler brasileiro, Aluysio Nunes Ferreira. E não agendou nova
data, o que não é comum nas relações entre dois países amigos. Na pauta
da visita de Aluysio Nunes, estava também importantes questões de
negócios, incluindo a da nossa carne. Por isso, o caso pode piorar muito
as relações do Brasil com os árabes. Jerusalém é ainda um território em
disputa entre Israel e a Autoridade Palestina. A ideia é que, se um dia
for criado um Estado palestino na região, inclusive com acordo já
definido pela ONU, a cidade histórica seria capital de ambos os países.
Os dois povos a reivindicam como território ancestral. Apenas os Estados
Unidos e a Guatemala têm embaixadas em Jerusalém. O Brasil, caso se
concretize o projeto de Bolsonaro, seria o terceiro país a tomar essa
decisão e o primeiro da América Latina. Rondônia, no meio deste
confronto ideológico mundial, pode sair no prejuízo. Torçamos para que
as coisas não cheguem a esse ponto!
PEDIDO A MARCOS ROCHA
Ainda
dentro do mesmo assunto: há informações de que um grupo de pecuaristas,
preocupado com a possibilidade de perder o rico mercado árabe para
nossa carne, estaria planejando uma reunião com o governador eleito,
Marcos Rocha, para tratar do assunto. Rocha tem grande proximidade com o
Presidente que assume em 1º de janeiro do ano que vem e poderia expor a
ele a complexa situação de Rondônia, ante a crise que pode se instalar.
Não há mais detalhes sobre o assunto. O que se sabe, contudo, é que,
embora não tenha falado publicamente sobre o assunto, o novo Governador
rondoniense fecha com seu Presidente também em relação às causas
internacionais. Israel passaria a ser um importante aliado do Brasil, em
detrimento do mercado árabe. Claro que é apenas ilação, porque o
Coronel do PSL vai ouvir muitos apelos dos empresários do agronegócio,
para que tente convencer Bolsonaro de que, nesse momento, é vital que o
mercado de vários países que hoje são nossos parceiros comerciais,
continuem comprando nossos produtos. A coluna tentou contato com o
Governador eleito, para que ele comentasse o assunto, mas não houve
retorno.
MAIS DE 2 TRILHÕES EM IMPOSTOS
Daria
para construir mais de 11 milhões e 100 mil apartamentos médios de dois
quartos. Daria para comprar perto de 50 milhões de carros populares.
Mais ou menos 25 bilhões de cestas básicas. Em onze meses, o brasileiro
já pagou 2 trilhões de reais. Veja só em números: 2.000.000.000.000 ou
seja, o número dois seguido de 12 zeros. Os valores foram atingidos em
2018, um mês antes do que o foi no ano passado. Então, pagamos ainda
mais tributos nesse ano do que em 2017. Onde foi investida toda essa
grana, se o déficit público é ainda superior a 100 milhões de reais?
Essa é a pergunta que não quer calar. O país piorou; a economia está em
decadência; temos ainda 13 milhões e meio de desempregados; milhares de
empresas fecharam suas portas. Mas a obesidade mórbida do Governo
continua degustando grande parte do nosso dinheiro, Os milhões de
brasileiros que trabalham duro, o fazem cinco meses por ano só para
pagar impostos, para sustentar uma máquina cada vez mais inchada e cada
vez mais ineficiente. Quando terminar o ano, a arrecadação de impostos
no país deve superar os 2 trilhões e 388 milhões de reais Os otários
continuam pagando os maiores impostos do mundo e recebendo em troca
alguns dos piores serviços do mundo.
IDEOLOGIA E APARELHAMENTO
Os
protestos se avolumaram em todo o país. Em Rondônia, o deputado federal
e senador eleito Marcos Rogério, do DEM, usou as redes sociais para
registrar veemente contestação contra o fato do exame do Enem, na prova
de domingo, ter utilizado uma questão que exigia dos estudantes
conhecimentos sobre o “dialeto secreto” de gays e travestis. O neo
senador, certamente, falou em nome da grande maioria dos rondonienses e
se uniu aos protestos feitos em todo o país, do domínio da ideologia em
uma prova oficial, que dá aos estudantes aprovados o acesso à
Universidade pública. “Isso é um desrespeito com nossos estudantes”,
afirmou Marcos Rogério, acrescentando que “uma
coisa é o respeito à diversidade. Outra, bem diferente, é exigir que os
nossos estudantes tenham conhecimento sobre o ‘dialeto secreto’
utilizado por gays e travestis, ainda mais numa prova tão importante
como o ENEM”. Outras questões, claramente ideológicas, também fizeram
parte da prova. O aparelhamento de várias instituições continua firme,
principalmente na área da educação.
PRISÕES E ESQUEMAS NA SEDAM
O
secretário Hamilton Santiago Pereira e Osvaldo Pitaluga, que foi
superintendente do Ibama e atualmente é o subsecretário da Sedam, foram
as principais autoridades presas na operação da Polícia Civil, chamada
de “Pau Oco”, que descobriu um esquema criminosa dentro da Secretaria do
Desenvolvimento Ambiental do Estado. A prisão de Pitaluga, no cargo
desde abril, afetou pessoalmente ao governador Daniel Pereira, pela
amizade que os une há anos. Ex petista e hoje no PSB, Pitaluga dominou a
área federal das questões ambientais no Estado durante os longos anos
em que o PT governou o país. Na sua passagem pelo Ibama, apesar de muito
criticado, ao menos publicamente, nunca apareceu envolvido em nenhuma
irregularidade. Agora na Sedam, foi apontado, junto com o secretário
Hamilton, como um dos membros do esquema, principalmente em relação à
retirada de madeira, com autorizações ilegais. No atual governo, há
fontes que comentam, não oficialmente, é claro, que o esquema já existia
na Sedam muito antes da posse de Pitaluga e que ele não estaria
envolvido em irregularidades. As investigações prosseguem...
A INVASÃO DE AMBULANTES
Continuam
as denúncias em relação ao estado do Espaço Alternativo, recém entregue
à comunidade, na região do aeroporto. Além do roubo da fiação, que
deixa parte da área no escuro, mesmo com a moderna iluminação instalada,
os vendedores ambulantes tomaram conta do local. Agora não são apenas
pequenos pontos de venda, mas existem até trailers que tomam metade da
avenida, atrapalhando os que querem caminhar e correr e ainda fazendo
“gatos” com a energia, o que também tem causado curtos circuitos,
representando dezenas de lâmpadas queimadas. Existem no local pelo menos
sete câmeras de vigilância, mas ao menos até agora, elas não serviram
para nada, já que ninguém foi preso, apesar dos constantes roubos de
fios e de lâmpadas LED. Ora, se as câmeras não são vistoriadas, à
procura de criminosos, para que elas servem? Para mostrar pessoas
fazendo seus exercícios? Não há vigilância de guardas, a PM só permanece
no local eventualmente e em determinados horários; não há fiscalização
dos órgãos municipais, acabando com a baderna de tantos ambulantes em
toda a extensão do Espaço. Desse jeito, mais uma vez Porto Velho vai ver
um dos seus mais belos locais de lazer, atirados ao lixo, à invasão de
vendedores de tudo e à escuridão. Lamentável!
TEMOS O MAIOR BUMBUM
Um
título que nos orgulha: no Brasil inteiro, ninguém tem o bumbum mais
bonito do que a rondoniense Ellen Santana, uma modelo e dançarina de 31
anos, que ganhou a disputa nacional nessa semana, derrotando várias
candidatas com a bunda grande. A grande final ocorreu em uma boate
paulista. O único problema é que, no final da festa, uma das candidatas,
gaúcha, que garantia ter o bumbum maior e mais bonito, não aceitou a
derrota e armou um barraco. Não só arrancou e roubou a faixa da
representante de Rondônia enquanto a vencedora comemorava o memorável
título, quase equivalente ao título nacional de futebol, mas ainda ficou
furiosa. Disse que o bumbum da rondoniense era “de plástico” e
contestou a decisão do júri. No final da festa, não poderia faltar uma
frase memorável da campeã: “fico muito feliz com a conquista e de
representar o Brasil no Miss Bumbum do mundo”. Será que, ao retornar ao
Estado, ela e seu enorme bumbum vão desfilar num carro dos bombeiros?
PERGUNTINHA
Você
concorda com a afirmação do presidente eleito Jair Bolsonaro de que há
um exagero de áreas de proteção em Rondônia, Acre e Amapá o, acha que o
fim delas pode representar grande aumento do desmatamento na região?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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