O Sebrae terá novo superintendente a partir de meados de janeiro do ano que vem. O escolhido provavelmente será eleito pela unanimidade dos 13 votos a que tem direito, na eleição que acontece na última semana deste mês de novembro. O nome dele é muito conhecido dos rondonienses, porque ele hoje e até o dia 1º de janeiro próximo, é o seu Governador. Trata-se de Daniel Pereira, eleito vice-governador de Confúcio e que está |à frente do Estado desde abril passado, quando o então comandante decidiu renunciar, para disputar uma vaga ao Senado, conquistando a cadeira que almejava, aliás. Daniel deve concorrer sozinho ao posto, já que o atual superintendente, Camata Júnior, que completa um mandato recheado de avanços nos seus três anos, teria aberto mão de tentar a reeleição, quando soube que Daniel Pereira seria seu concorrente. Camatinha, como é chamado, já tinha a maioria dos votos para a busca de mais um segundo mandato. Daniel, aliás, já estava sendo cotado há bastante tempo. O que ocorreu é, pelo meio do caminho, havia dúvidas de que se, na condição de Governador, ele poderia disputar o comando do maior órgão do país, em Rondônia, de apoio às pequenas empresas. Até que surgisse uma resposta oficial, o nome dele foi retirado, momentaneamente, dos possíveis candidatos. Agora que chegou a resposta, positiva em relação à permissão legal para que ele concorra ao posto, já que a posse será somente em janeiro, quando ele já não estará mais no Governo e será um cidadão comum, mudou a situação e os conselheiros, com direito a voto (são apenas 13) devem escolher o nome do futuro superintendente por unanimidade, segundo uma fonte muito bem informada do Sebrae.
Daniel Pereira é mesmo uma figura diferenciada no mundo da política rondoniense. Foi um deputado estadual com ação destacada; depois um líder do PSB sempre na linha de frente; foi um vice governador atuante, ao ponto de Confúcio Moura chamá-lo de “o vice dos sonhos de qualquer governador!” e um comandante do Estado transparente e leal. Nesta segunda, numa coletiva à imprensa com a presença também do governador eleito Marcos Rocha, Daniel novamente deu show de respeito ao povo de Rondônia, escancarando a situação do Estado publicamente e falando sobre todos os temas, inclusive um deles muito difícil para ele, a situação da Operação Pau Oco, que envolve amigos seus na Sedam. Foi sempre justo e correto. No encontro com Marcos Rocha e a imprensa, fez questão de nominar cada um dos governadores do Estado, de Jorge Teixeira a Confúcio, destacando em cada um algo importante que realizou. Nesses tempos de falta de respeito, de solidariedade e amizade, Daniel Pereira é uma espécie de ilha, mostrando como um político pode ser correto e decente. Vai ter sucesso no Sebrae, certamente. E tem ainda grande futuro na política.
PARCERIA POSITIVA
Na coletiva, na segunda pela manhã, no Palácio Rio Madeira/CPA, o atual governador e o eleito, ao lado do seu vice, José Jodan, formaram a mesa principal, num evento que foi bastante prestigiado pela imprensa. Daniel Pereira fez um resumo dos principais problemas do Estado que o próximo governante vai receber e enumerou os “incêndios” que teve que apagar, durante seu curto mandato. Vários deles peso pesados, como a dívida do Beron; a questão dos precatórios; a dívida da Caerd e os problemas que vão começar a surgir no Iperon. O governador eleito disse que tem certeza de que sua equipe de técnicos encontrará solução para todos os graves problemas que terá em sua administração. Marco Rocha e Daniel Pereira também responderam perguntas dos jornalistas. A coluna perguntou sobre os nomes dos futuros secretários, mas Rocha disse que está analisando nomes e qualificações e que ainda não tem seu time montado. Ficou clara a aproximação dos dois políticos, um mais experiente, outro recém chegado ao meio. A dupla está afinada na transição. Tomara que continue assim depois dela!
LEITOR ASSÍDUO
“O governador eleito não pode errar”. A frase, publicada nessa coluna no domingo, foi destacada pelo governador eleito Marcos Rocha, ao falar sobre suas ações no comando do Estado. No encontro da imprensa, no Palácio do Governo, ele agradeceu publicamente ao jornalista Sérgio Pires pelo comentário, destacando que a frase retrata uma realidade. Para o Coronel Rocha, todas as suas ações têm que ser muito bem pensadas, analisadas profundamente e tomadas no sentido de fazer sempre o melhor para o Estado, pela esperança de melhoria que ele representa aos rondonienses. Outro destaque do eleito na coletiva, foi de que sua equipe de transição é composta de muitos voluntários e que não há pagamento pelo trabalho. Deixou claro novamente que os membros da transição não serão secretários ou pelo menos não há qualquer compromisso em relação a isso. Ele não fala oficialmente, mas é claro que alguns dos nomes estarão sim, no seu futuro governo. Um que não estará, porque não quer, é o jovem e competente advogado Richard Campanari. Ele permanecerá como uma espécie de conselheiro, apoiando o novo Governo, mas mantendo-se no seu escritório de advocacia. Se quisesse, poderia até escolher algum posto. Não quer!
NOMES COTADOS PARA AS FINANÇAS
Nos bastidores, se soube que o governador Marcos Rocha anda de olho em pelo menos dois nomes para uma das principais secretarias, a de Finanças do Estado. Para que não haja assanhamentos e nem Fake News, é bom que se diga que os dois personagens não foram sequer sondados, mas sobre eles o novo governante já tem muitas informações. São servidores de carreira da área das finanças, muito respeitados em suas funções e que ocupam postos importantes na administração atual, apenas por seus valores pessoais, pois não são indicados políticos. O atual secretário, Franco Ono, perguntado sobre o assunto, disse que não sabe absolutamente nada sobre seu eventual sucessor. Ono fez dupla com um dos melhores secretários de finanças de Rondônia de todos os tempos, Wagner Garcia de Freitas, que deixou a Sefin para ser vice na chapa de Maurão de Carvalho, na disputa pelo Governo. Agora, o Coronel Rocha levanta informações sobre técnicos de qualidade, que possam comandar a Sefin do seu Governo. Já tem alguns nomes em observação, mas até agora não deu qualquer sinal de quem será o escolhido. Se um dos dois ou se outros, que estariam também sendo analisados.
CADÊ O CARA DOS 110 MIL VOTOS?
Ele foi um dos poucos que ganhou de Marcos Rocha, do PSL. Em Porto Velho, fez 23 mil votos a mais que o Governador eleito. Mas está fora do noticiário há várias semanas, certamente por enquanto e por decisão própria. Vinicius Miguel, o jovem candidato ao Governo, que sem dinheiro e sem estrutura, num partido nanico, fez 110 mil votos e, se houvesse mais alguns dias de campanha, há quem diga que ele iria bem mais longe, pode começar a se preparar para 2020. Os 70 mil votos que recebeu na capital rondoniense, o credenciam para pensar em disputar a Prefeitura da cidade, provavelmente contra, entre outros, Hildon Chaves, que irá à reeleição e Léo Moraes, o mais forte candidato por enquanto, por sua também altíssima votação em Porto Velho, de onde saiu eleito deputado federal. Vinicius é advogado e professor da Unir e chegou no mundo político desacreditado, como se fosse um menino (ele parece ser bem mais jovem do que é) que estaria brincando de querer ser Governador. Avaliação totalmente ilógica e absurda. Ele deu um show nos debates, mostrou posições firmes, preparo e conhecimento. Olho nele! Esse professor maduro, com jeito de jovem, está pronto para o futuro!
COBRANÇA DA TRANSPOSIÇÃO
Mais uma reunião com Jair Bolsonaro. O governador eleito de Rondônia embarcou ontem, no início da tarde, para Brasília. Foi encontrar-se novamente com o Presidente eleito. Marcos Rocha não especificou a pauta, mas há assuntos importantes que ele começa a tratar com o futuro Chefe da Nação e que são de grande interesse do nosso Estado. A questão da dívida do Beron é uma delas. A transposição dos servidores é outra. Aliás, sobre isso, o atual governador, Daniel Pereira, tomou ontem uma medida judicial importante. Ingressou com ação pedindo que a União devolva aos cofres de Rondônia, todos os pagamentos feitos pelo Estado aos servidores já transpostos e que ainda não estão na folha da União, sejam por que razões e os outros, que já deviam ter sido transpostos há longo tempo e que ainda não o foram, causando despesas que já não deveriam mais ser do Estado. O assunto foi tratado nesta segunda, quando encontraram-se o Governador e o eleito, no Palácio Rio Madeira/CPA e repetido por Daniel Pereira durante coletiva com a imprensa. Outras medidas judiciais de Rondônia contra a União não estão descartadas. Se não dá no diálogo, tem que dar pelos meios da Justiça. Daniel fez, Marcos Rocha concordou.
“A PRAÇA QUE VIROU "CURRUTELA"
A coluna pede licença ao jornalista e historiador Anysio Gorayeb e transcreve texto que ele publicou nas redes sociais. Assinamos embaixo: “Um verdadeiro desrespeito com a praça mais antiga da cidade, e pior ainda, é o desrespeito ao homenageado, o Dr. Jonathas Pedrosa, Governador do Estado do Amazonas, que sancionou a Lei numero 757, que criou o município de Porto Velho, em 1914. Essa praça no centro da cidade, na Avenida Sete de Setembro com a Rua Prudente de Moraes, há muitos anos deixou de ser uma praça para se tornar um camelódromo que mais parece uma corruptela (local de aglomeração de garimpeiros nas margens dos rios, feito de cabanas de lonas, amontoados de qualquer forma). Vamos todos juntos lutar pela volta da Praça Jonathas Pedrosa. Vamos cobrar das autoridades. Onde está o poder público municipal e o Ministério Público? Até quando vão permitir que acampem numa praça no centro da cidade e usem para tudo, até para suas necessidades? Será que não podem acomodar esses comerciantes em outro local? Uma vergonha. em Porto Velho pode TUDO...”.
PERGUNTINHA
O que você achou da entrevista do juiz Sérgio Moro à Rede Globo, principalmente quando ele relatou que tem sofrido muitas ameaças, nos últimos dias?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.
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