Levantamento nacional feito a partir de dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o número de inadimplentes no País cresceu 4,22% no mês de outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2017.
Em números absolutos, calcula-se que 62,89 milhões de brasileiros estejam com o CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito. Em outras palavras, eles estão negativados, com o nome sujo na praça.
De acordo com a pesquisa, o aumento da inadimplência foi puxado pelo Sudeste, cuja alta observada em outubro foi de 13,30%, além de ser a região do país com o maior número de negativados - 26,10 milhões, o que representa 39% da pop0ulação adulta do da localidade
Nas demais regiões, as altas foram menos intensas, com o Norte registrando 5,31%, a região Sul 4,11% o Nordeste 3,91%, e o Centro -Oeste 1,61%. Em números absolutos, o Nordeste aparece com 17,42 milhões de negativados, o Sul com 8,48 milhões, o Norte com 5,86 milhões, e o Centro-Oeste com 5,02 milhões.
Turma de 30 anos no sal
O indicador revela ainda que pouco mais da metade (52%) dos brasileiros que têm entre 30 e 39 anos estão negativados, o que equivale a 17,9 milhões de consumidores. Na sequência, estão os consumidores de 40 a 49 anos (14,2 milhões); de 50 a 64 (131, milhões); de 25 a 29 (7,7 milhões; de 65 a 84 (5,45 milhões); e dos 18 a 24 (4,3 milhões).
O SPC Brasil calculou também o aumento de pessoas endividadas em determinadas modalidades de serviço. De acordo com a entidade, o crescimento mais expressivo foi o das dividias bancárias, que incluem cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros, cuja alta foi de 7,74% Também houve alta em atraso de contas com empresas dos setor de comunicação (7,56%), enquanto as contas atrasadas de serviços básicos, como água e luz, sofreram aumento de 4,46%.
Na avaliação do SPC Brasil, a inadimplência do consumidor continua elevada mesmo com o fim da recessão, pois a recuperação econômica segue lenta e ainda não há impacto considerável no mercado de trabalho. A entidade afirma ainda que os consumidores que quiserem gastar com as festas de final de ano deve aproveitar os bônus, como o décimo terceiro salário, para renegociar suas dívidas em condições mais vantajosas.
O indicador de inadimplência do consumidor reúne todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e a CNDL têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da Federação.
Passo a passo, como recuperar o crédito
- A única forma realmente segura de limpar o nome é a quitação da dívida. Claro, a hipótese é que o devedor não tenha como pagar.
- Faça uma consulta no serviço de proteção ao crédito (SPC) se a a sua dívida for no comércio ou outros serviços, ou nas empresas de análise de crédito e risco se a dívida for com financeiras e bancos. Verifique a quem está devendo, o valor da dívida e há quanto tempo.
- Se você não tem condições de pagar o valor da dívida a vista, a solução é negociar. Procure o setor financeiro da empresa e coloque sua situação. Das duas uma: ou eles dividem a dívida em parcelas, ou abatem parte do valor total para você pagar a vista. Mostre que você está interessado em quitar a dívida e se preocupa com a situação. Quitá-la será bom para eles e para você.
- Limpando o nome: Após a negociação e o pagamento da dívida, mesmo que parcial, segundo o Código de Defesa do Consumidor o credor tem 5 dias úteis para retirar o seu nome da lista de devedores.
- Se o seu nome ficará limpo, fora do SPC e Serasa. Se o credor não cumprir, deve entrar com ação judicial exigindo a retirada e ainda processá-lo por danos morais.
- Outra forma de ter o seu nome limpo: Após 5 anos sem pagar a divida, com o nome sujo no SPC e outras de análise de crédito o risco, a dívida é prescrita. Até lá, porém o devedor não pode comprar a crédito.
- Nunca acredito em advogados ou despachantes que prometem limpar o nome sem pagar o débito. Eles podem até conseguir medida liminar na Justiça, mas em pouco tempo ela será cassada e a dívida voltará com toda força.
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