domingo, 25 de fevereiro de 2018

Opinião de Primeira - PEC CRIA POLÍCIA NACIONAL DE FRONTEIRAS, PARA COMBATER O TRÁFICO DE DROGAS E ARMAS

No contexto de toda a fragilidade e de políticas sem resultado positivo na área da segurança pública (que culminou com a decisão do governo Michel Temer em determinar a intervenção no setor, no Rio de Janeiro), surge agora uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que pode, caso seja mesmo concretizada, aí sim dar um passo seguro na direção de melhorias na segurança nacional. A PEC, idealizada pelo senador Wilder Morais, do PP de Goiás, cria a Polícia Nacional de Fronteiras, que teria apoio das polícias federal, rodoviária, ferroviária, civil, militar e até do Corpo de Bombeiros. A proposta tira da Polícia Federal a atribuição constitucional de “exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”. Ao mesmo tempo, atribui à nova força policial o exercício dessas funções e determina que a Polícia de Fronteiras trabalhe em colaboração com todas as outras polícias já existentes e com “a administração fazendária e as Forças Armadas”. O senador goiano afirma que “os crimes transfronteiriços estão “na raiz do caos que assola a segurança pública brasileira e demandam uma resposta forte”. Ele  diz que “o Brasil tem mais de 16 mil quilômetros de fronteiras terrestres e outros sete mil de costa marítima, extensão penosa de vigiar para impedir a entrada de drogas e armas”.  A posição de Morais vem ao encontro do que pensa o governador Confúcio Moura, Ele alega que não há esforço que resolva a questão da insegurança que o país vive hoje, sem que isso passe por uma dura vigilância de fronteiras. Em resumo, Confúcio lembrou que barcos atravessam nossos rios a toda hora, levando e trazendo drogas e armas. O mesmo ocorre nas fronteiras secas, com traficantes indo e vindo, sem serem combatidos. “Intervenção militar na segurança não vai resolver o problema, caso nossas fronteiras continuem abertas ao crime”, disse o Governador rondoniense.

É o que destaca o senador de Goiás, em sua proposta. Ele lembra também que o Brasil tem fronteiras com três dos maiores produtores de cocaína do mundo (Colômbia, Peru e Bolívia) e que a fronteira com o Paraguai é historicamente usada para contrabando de todo tipo. “Uma força policial especializada, recrutada entre cidadãos com vocação para viver e atuar na região de fronteiras, com treinamento específico e estruturada em carreira única, representará uma medida de fundamental importância para vencermos a guerra contra o tráfico de drogas e armas, além de contribuir para a preservação da soberania do território brasileiro e das nossas riquezas naturais”, justificou. Claro que muitas forças contrárias serão acionadas, até porque o próprio crime organizado tem representantes poderosos, que vão certamente lutar contra a proposta. Mas não há dúvida alguma de que a PEC criada por Wilder Morais é da maior importância para o país. Que vá adiante no Congresso. E que seja posta em prática o mais urgente possível!

MAURÃO E CONFÚCIO CONFIRMADOS
Se depender do resultado do primeiro encontro do MDB do ano eleitoral, realizado no final de semana em Vilhena, não há mais qualquer dúvida sobre duas questões vitais para o futuro próximo do partido, no Estado. Primeiro, não há mais qualquer questionamento sobre a candidatura de Maurão de Carvalho, ao Governo. Ele só não será o nome do partido ao Governo “se não quiser”, conforme sintetizou o secretário geral do partido, José Luiz Lenzi. A segunda dúvida também está resolvida. O governador Confúcio Moura reafirmou que não sai do partido e que disputará por ele a vaga ao Senado. Deixará o governo em 5 de abril, nas mãos de Daniel Pereira e será um dos nomes do MDB para as duas vagas. Para a outra, Valdir Raupp tenta a reeleição. Havia ainda, nos bastidores, muita conversa de que Confúcio poderia deixar o MDB, mesmo depois de todas as negativas públicas, para tentar eleger-se por outro partido. Ao menos pelo que disse pela enésima vez que não tem intenção de sair do MDB e que ele e Raupp vão buscar as duas vagas, fazendo um esforço para que um não engula o outro. Pelo menos no lado emedebista, as coisas estão começando a clarear, nas disputas majoritárias.

QUEM É MAIS DESONESTO?
O caminhão, carregado com 27 toneladas de carne do frigorífico Frigon, de Jaru, tombou numa rodovia do interior do Paraná, neste final de semana. Correria geral, fala-se que perto de duas mil pessoas apareceram do nada, como se desesperadas estivessem. Para salvar o caminhoneiro que ficou ferido e estava preso nas ferragens? Nada disso. A turba se dirigiu ao local do acidente para roubar a carga. Isso mesmo. Quase 27 mil quilos de carne de qualidade, produzida em Rondônia, foi roubada em poucos minutos. A Polícia Rodoviária, que priorizou salvar a vida do motorista, que foi internado com vários ferimentos, não conseguiu conter as dezenas de ladrões, que se apossaram da carne como ratazanas se esbaldando no lixo. E daí? Como explicar uma coisa dessas? Com aqueles discursos de que a culpa de tudo é dos políticos? Que o povo brasileiro não é desonesto e que não compactua com roubos e com a corrupção? Ora, deixemos de ser hipócritas. Nossos políticos não são alienígenas. Eles vêm de dentro do povo e refletem, em sua maioria, exatamente, quem o escolheu como representante. Temos que começar a mudar esses discursos distorcidos, até para enfrentarmos a realidade. Há, claro, muita gente honesta. Mas que há uma horda de gente que não preste, há sim! As cenas do ataque ao caminhão tombado na rodovia do interior do Paraná sintetizam essa realidade!

MARY DE ARIQUEMES
As histórias da política são interessantes. Mary Braganhol foi secretária de ação social e secretária de agricultura do então prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura. Quando Confúcio tornou-se governador, ela passou a ser um nome entre os primeiros a serem convidados para compor sua equipe. Primeiro, seria a secretária de agricultura do Estado, mas acabou ficando como adjunta do empresário de Vilhena, Evandro Padovani, que ocupa o cargo desde o início do primeira administração confunciana. Quando se começou a definir os nomes para a disputa da Prefeitura de Ariquemes, em 2016, Mary era um nome dos quentes dentro do agora MDB, para concorrer. Acabou novamente sendo preterida, já que o partido optou pelo delegado Thiago Flores, que ganhou a eleição e é o Prefeito atual. Aliás, ele já está com um pé fora do partido, já que depois de outubro, deve ingressar em outra sigla política. Agora, quando Padovani sai da Agricultura para disputar uma vaga à Câmara Federal, finalmente Mary  Braganhol assume o comando da área, embora por pouco tempo. Ela também é pré candidata, só que à Assembleia. Uma situação estranha, já que Padovani, candidato, teve que sair. E Mary, também candidata, vai ficar. Deu pra entender?

AVANÇOS NA INDÚSTRIA
Um retrato atualizado e completo das potencialidades do Estado, na questão do desenvolvimento industrial: será a apresentação desta inovação a principal agenda da Federação das Indústrias de Rondônia nesta semana, evento que acontecerá nesta quarta-feira, a partir das 8h da manhã, na sede da entidade. O presidente da entidade, Marcelo Thomé, vai resumir às autoridades e empresários convidados para o encontro, “uma radiografia mais apurada das potencialidades de atração e implantação de novas indústrias no nosso Estado”. A Fiero tem sido uma entidade vital para o crescimento do Estado. Nosso potencial de industrialização cresceu muito nos últimos anos, principalmente com a grande melhoria na questão energética, mas também em vários outros setores, incluindo avanços importantes nas áreas de tecnologia da informação e da comunicação. A iniciativa da Fiero, de olho no futuro próximo, precisa também, mais que nunca, da desburocratização das estruturas de governo, para facilitar a chegada e abertura de novas empresas. Principalmente em Porto Velho, há um emaranhado de leis e exigências que prejudicam sistematicamente o desenvolvimento industrial e empresarial como um todo. Também nisso o projeto da Fiero vai focar.

EMPRESÁRIO VILÃO
Falando em empresas: está bombando na internet, um texto do agora ex empresário Delir Joao Milanezzi, que vendeu a Pisoforte, que produzia quase 14 milhões de metros quadrados de piso e era responsável por 15 opor cento de todas as exortações brasileiras do setor. Nele, o Milanezzi diz que “a melhor venda que fizemos na Pisoforte, foi a da empresa”. Ironiza que “chega de sindicatos, de ações trabalhistas esdrúxulas; de fiscais do Ministério do Trabalho; da Fazenda Estadual, da Receita Federal: do CREA, do CRQ, do CRA; da FATMA, dos Bombeiros, da Prefeitura, do Capeta e etecetera e etecetera!”. Bate mais fundo, protestando pela forma como este país trata o empresariado: “agora é só ir na Caixa Federal, para ver quanto rendeu a aplicação, torcendo para que os juros aumentem e aproveitar o tempo para viaja”. E sublinha: “infelizmente, neste país, o empresário é tratado como safado ou sonegador. Dia desses, um empresário, Beto Colombo, me fez a seguinte observação: veja nas novelas: o empresário é sempre retratado como vilão”. No final, Delir Milanezzi lamenta: “qual o estímulo que alguém tem neste país?”. Ele acrescentou ainda que decidiu vender sua empresa em 2014, quando Dilma Rousseff e seu PT comandavam o país. Tem resumo melhor do que ocorre com o empresariado neste Brasil de malandragens e exploração em cima de quem realmente trabalha e produz?

IDOSO INDEFESO. E DAÍ?
Muita violência, muitos roubos, 26 presos na Lei Seca, briga de gangues: no lamentável final de semana de Porto Velho, que é muito semelhante ao que acontece em todas as capitais brasileiras, o caso mais lamentável, mais triste; o que mais angustiou a população, foi o covarde crime de um gay viciado, que matou a facadas um ancião, um trabalhador, um homem de 70 anos, que não tinha como se defender. Esse tipo de crime, que é comum no país; que mostra a crueldade e a falta de respeito dos bandidos pela vida alheia, deveria ser punido exemplarmente, com penas duríssimas, muito mais pesadas que as atuais e sem qualquer progressão ou benefício ao preso. Na vida real, contudo, o assassino vai acabar tendo todas as proteções legais, até porque se disse viciado, como se isso o autorizasse a assassinar, brutalmente, um pobre e indefeso ser humano. Vai ter o apoio de entidades de defesa dos direitos humanos; vai ser tratado com benevolência e todos os cuidados e, ainda, pode acabar ser internado numa instituição de recuperação de viciados porque, por nossas leis, é a sociedade que tem culpa por uma criminoso como esse ter cometido essa brutalidade. A intervenção que começou no Rio tem que ser muito mais profunda, para podermos salvar os brasileiros do bem dessa crueldade que o assola.

PERGUNTINHA
Você concorda ou não com o governador Confúcio Moura que diz que não adianta intervenção federal na segurança pública, se não houve controle do tráfico de drogas e armas em nossas fronteiras?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.


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