A confirmação veio do CEO Matthew Levatich durante apresentação de resultados financeiros do último quadrimestre de 2017. Diante da queda de 82% no lucro da Harley-Davidson comparado ao mesmo período do ano anterior, Levatich adiantou medidas que serão tomadas na tentativa de reverter o cenário: o lançamento da primeira moto elétrica em 18 meses e o fechamento de uma fábrica em Kansas City.
Quanto à primeira proposta, o início da linha elétrica já no próximo ano antecipa planos que a marca já havia anunciado anteriormente. O ponto de partida existente é o conceito LiveWire apresentado em 2014, uma roadster com design futurista para atrair um público mais jovem – portanto, a proposta não é equipar modelos clássicos com motor elétrico.
A LiveWire usava um propulsor elétrico que produzia 74 cv e 7,2 kgf.m, além de freios regenerativos que ajudavam a carregar as baterias, com tecnologia fornecida pela Mission Motors, uma startup de São Francisco que fechou as portas há dois anos. Portanto, a Harley já deve ter uma nova fornecedora ou está investindo para desenvolver a tecnologia internamente.
Entre as marcas de motos construídas a partir da tecnologia à combustão apenas KTM (com a enduro Freeride) e BMW (scooter C evolution) estão “tateando” o mercado para produtos elétricos. Já as grandes japonesas ensaiam há vários anos o início de produção de scooters elétricos apresentando conceitos em salões internacionais, o que deve se efetivar em breve. Fabricantes como Zero, Lightning e Energica foram criadas nos últimos 11 anos focando outro tipo de produto, motos de propulsão elétrica que pudessem substituir modelos à combustão, inclusive, de alta performance – caso da esportiva Zero que compete no TT da Ilha de Man e da Energica que fornecerá para uma categoria no Campeonato Mundial de Motovelocidade em 2019.
Fonte: Revista Duas Rodas - (Postado na cidade de São José do Rio Preto-SP).
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