segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Opinião de Primeira - ELEIÇÕES: OS PLANOS PARA 2018 AINDA ESTÃO LONGE DE SEREM DEFINITIVOS

A complexidade das “amarrações” para a eleição geral de 2018, ainda levará longos meses. Em Rondônia não será diferente. Mesmo os acordos previamente feitos poderão mudar (alguns deles vão mudar mesmo!) e outros ainda estão sendo costurados. Há pelo menos três pré candidatos definidos ao Governo:  Maurão de Carvalho, do PMDB, Acir Gurgacz, do PDT e  Ivo Cassol, do PP, que  também vai entrar na briga, ao invés de tentar a reeleição ao Senado. O PSDB até agora apresentou José Guedes como seu nome para a corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA, mas se ele irá até o fim na corrida interna entre os tucanos, não se sabe. Em termos eleitorais, o partido teria dois nomes de peso: Mariana Carvalho e Expedito Júnior. O problema é que nenhum deles quer concorrer à cadeira de Confúcio Moura.  No decorrer dos meses, outros nomes certamente surgirão. Dois deles, do Ministério Público e do Judiciário, estão se preparando para o embate, tão logo se aposentem das atuais funções: Héverton Aguiar e Gilberto Barros. Moreira Mendes está sendo indicado pelo Solidariedade. E quem seriam os vices,n as três chapas já postas? Cassol ainda não fechou as alianças. Maurão também dependeria de futuras negociações do seu partido. Só quem já pré definiu seu futuro parceiro de chapa foi Gurgacz. O nome escolhido foi o do atual vice de Confúcio, Daniel Pereira. O partido dele, o PSB, fechou com o empresário e senador. Claro que tudo pode mudar, se houver alianças ainda não definidas. O PDT sonha mesmo é ter um nome do PMDB como vice de Gurgacz, que apoiaria então Valdir Raupp e Confúcio Moura para as vagas ao Senado.

Nessa semana, o presidente regional do PMDB, Valdir Raupp, reafirmou que o candidato do partido é Maurão de Carvalho. É o que o comando peemedebista repetirá, nesse final de semana, quando realiza um grande encontro na Capital. Raupp afiançou que em março do ano que vem, será a confirmação da chapa do partido, encabeçada pelo atual presidente da Assembleia Legislativa. Gurgacz está em campanha há bastante tempo e tem tentando costurar várias alianças, buscando apoios inclusive de lideranças importantes do interior, como a do prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires. O problema dos candidatos já postos (e dos que ainda virão), chama-se Ivo Cassol. Se ele puder concorrer, caso supere seus problemas com a Justiça, será uma enorme pedra do caminho dos adversários. Nove em dez pesquisas no Estado, a maioria delas feitas por adversários do ex governador e atual senador do PP, o colocam em primeiro lugar em todo o Estado. É ainda muito cedo, mas que as coisas começam a esquentar também na política regional, começam sim! Estamos a um ano e dois meses do pleito. O tempo voa!

MAIS UM PRESÍDIO - Porto Velho vai receber mais um presídio, ainda este ano. A obra está em ritmo acelerado e com mais de 80 por cento de tudo concluído. Custo final de mais de 17 milhões, dinheiro vindo do Governo Federal.  Nunca, na história desse Estado (adaptando a frase famosa de um ex Presidente), um governo construiu tantos presídios, ampliou e melhorou os existentes. Nunca se investiu tanto neste quesito, sempre tão frágil na maioria dos estados brasileiros. Recentemente, aliás, já foi entregue o novo Presídio de Ariquemes. Por lá, a cadeia construída para  230 apenas, já tem o dobro de ocupantes. O novo Presídio de Porto Velho será enorme, com mais de 600 vagas. Ou seja, o Poder Público rondoniense está fazendo todo o possível para cumprir a sua parte. O problema é daí para a frente. No Presídio de Ariquemes, antes mesmo que o período de visitas começasse, recém inaugurado, já se registraram duas fugas e apreensões de mais de mil objetos perfurantes, além de celulares. E no novo Presídio, como será? As autoridades competentes (alô, alô Ministério Público), não precisam investigar a fundo, para saber o que está acontecendo?

OS 35 ANOS DA UNIR - A Universidade Federal de Rondônia completou 35 anos de existência. Orgulho do Estado, é uma das nossas instituições mais respeitadas, formando dezenas de profissionais nas mais diversas áreas, com seus 63 cursos. A Unir, mesmo incrustada na Amazônia, se tornou uma das mais importantes do país, pela qualidade do seu ensino, dos seus professores e dos profissionais que forma. Sua rica história, seus desafios, as dificuldades pelo caminho; sua presença no interior do Estado e seu futuro são alguns dos  temas do programa Direto ao Ponto deste sábado. O professor doutor Ary Ott, reitor da Universidade, é o entrevistado de Sérgio Pires. Você pode acompanhar a entrevista na TV aberta, pela Record News Rondônia, Canal 31, mas, ainda, pela SKY, no Canal 331 e na Claro TV, pelo Canal 441.1, a partir das 11h30 da manhã deste sábado. Já no Domingo, na íntegra, a entrevista estará no site Gente de Opinião, um dos mais importantes e com maior número de acessos no Estado.

LEMBRANDO JÂNIO QUADROS - As últimas décadas foram de constantes crises políticas no Brasil. Depois do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954 (completaram-se 63 anos) embora tenha havido progresso em muitas coisas, nas questões que envolvem a política muito pouco mudou. E o que mudou foi para pior. A crise atual é apenas mais uma sequência da renúncia de Jânio Quadros, ocorrida exatamente nesse 25 de agosto, há 56 anos. Seu vice, Jango Goulart, assumiu e levou o país para a esquerda. Foi derrubado pelo golpe militar de 1964. Vinte anos depois, com a abertura política, muitos dos líderes que hoje estão aí enrolados até o pescoço em um monte de denúncias, chegaram ao poder ou voltaram ao país, atrás dele. Lula estava começando a aparecer. A democracia se instalou, o Brasil foi à frente e teve muitas conquistas, mas na essência, estamos ainda vivendo como se fosse 1961. Tantas décadas perdidas depois, o espírito de Jânio Quadros ainda anda por aí, assustando a perdida classe política brasileira. Tão perdida quanto ele o foi. 

OS FINGER ESTÃO CHEGANDO - Mais ou menos 30 anos depois que o primeiro finger foi implantado num aeroporto brasileiro (aquelas pontes cobertas que levam os passageiros do terminal até a aeronave), a inovação pode chegar ao “Internacional” Jorge Teixeira, em Porto Velho. Também devemos receber em breve, os equipamentos necessários para a instalação de um posto alfandegário, o que, aí sim, daria condições para voos internacionais. E quem conseguiu a proeza, com muito esforço, foi o deputado federal Luiz Cláudio, que, aliás, tem sido um grande parceiro de Porto Velho e várias cidades do Estado. Uma emenda pessoal dele, na ordem de 4 milhões e 600 mil, será destinada a instalação de dois “finger” no aeroporto rondoniense e da estrutura para a futura alfândega. Faltará ainda instalar um sistema de som que preste no terminal e melhorar as condições do ar condicionado, porque em dias de mais calor, ele não tem utilidade. Por enquanto é só promessa, mas parece que, enfim, teremos um aeroporto de verdade.
TEMAS PÍFIOS - A encenação na Câmara de Porto Velho, que poderia pedir o afastamento do secretário de trânsito, Marden Negrão, não passou de um traque. Muita conversa jogada fora, tempo perdido sem que os interesses da comunidade fossem priorizados e, no final das contas, uma comissão de quatro membros, dos quais três são da base do prefeito Hildon Chaves, claro que decidiram mandar o pedido para o lixo. Agora, continua na pauta a denúncia contra a vereador Ada Boabaid, outro factoide que fará com que os vereadores da Capital percam o seu (e o nosso) precioso tempo. Enquanto isso, dezenas de obras estão paralisadas. Enquanto isso, a sujeira e o lixo tomam conta de várias áreas de Porto Velho. Enquanto isso, não se sabe nada sobre a nova Rodoviária; sobre áreas em que a iluminação pública está longe de chegar; dos  buracos abertos em ruas e avenidas e nunca fechados. O que nossos nobres edis poderiam fazer de melhor pela comunidade, fica para quando for possível. Parece que o essencial, para alguns deles, é viver de politicagem e debates de temas pífios. Ah, o eleitorado tem que melhor muito, em todos os níveis de sua escolha!
 INVASÃO VENEZUELANA - É bom que Rondônia também comece a se preparar para receber os refugiados venezuelanos. Cerca de 40 mil já entraram no Brasil, através da fronteira seca de Roraima, causando um impacto assustador em pequenas cidades daquele Estado. A tendência é que os fugitivos da ditadura de Nícolas Maduro possam se multiplicar por até dez vezes daqui para a frente. E em pouco tempo. E toda essa gente, praticamente sem nada, chegará em nosso país, precisando de tudo. Rondônia também estará na rota, até porque a pequena Roraima já está implodindo de problemas sociais, com tantos “visitantes” inesperados. Famílias inteiras estão chegando, muitos apenas com a roupa do corpo. Piracaima, uma pequena cidade de Roraima (só para se dar um pequeno exemplo), tende a duplicar sua população em poucos meses. Tinha apenas 12 mil habitantes. Agora, caminha célere para perto de 18 mil. E tem cada vez mais venezuelanos chegando. Vai piorar. E vai piorar muito para pobres os foragidos da ditadura!

PERGUNTINHA - Você tinha esperança que com operações como a Lava Jato, ao menos diminuiriam a corrupção ou já perdeu a esperança de que isso aconteça, ao menos nos próximos 20 anos?

Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.


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