A Suzuki GSX 750 se despediu oficialmente do mercado brasileiro desde o início de 2025, encerrando um importante capítulo na história das motocicletas de alto desempenho no país.
Suzuki GSX 750 ABS - Cor inspirada na equipe Suzuki da MotoGP - Divulgação
A notícia da saída de linha da naked japonesa já era esperada, especialmente após a chegada da nova GSX-8S. No Brasil, durante alguns meses os dois modelos compartilharam o portfólio da marca, tendo sua produção finalizada em 2024. Reconhecida por unir performance, robustez e confiabilidade, a GSX 750 conquistou uma legião de fãs ao longo de sua trajetória.
Suzuki GSX 750: A despedida de uma lenda que marcou gerações
Para os fãs de motores 4 cilindros e da engenharia japonesa, a Suzuki GSX 750 representa mais do que uma motocicleta. Ela simboliza uma geração de motos esportivas que nasceram das pistas e chegaram às ruas sem perder sua essência.
Desde sua origem ligada à famosa GSX-R 750 até os últimos modelos vendidos no Brasil, a naked tetracilíndrica sempre entregou o que prometia na pilotagem. O encerramento de sua produção e comercialização no Brasil não apaga seu legado.
GSX-S 750 ABS: o último modelo Suzuki GSX 750 no Brasil - Divulgação
Preço da última GSX-S 750
Em 2024 foram produzidos apenas 180 modelos da GSX-S 750A, durante o ano inteiro. Esses últimos exemplares da naked 4 cilindros já seriam modelo 2025. Segundo a Tabela Fipe, o preço médio atualizado seria R$ 51.201 (consulta junho/ 25).
Preço da última GSX-S 750 - Tabela Fipe
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Da GSX-R à GSX-S 750: a linhagem esportiva da Suzuki
A história da Suzuki GSX 750 tem raízes profundas, começando com a lendária GSX-R 750, lançada em 1985. Naquele ano, a Suzuki inovava ao oferecer uma motocicleta com características de pista, mas voltada para o consumidor final. O modelo foi um divisor de águas, trazendo um quadro de alumínio mais leve, motor quatro cilindros refrigerado a óleo e uma proposta que unia alta performance e custo competitivo.
GSX-R 750, lançada em 1985 - Divulgação
Com 106 cv de potência e apenas 179 kg a seco, a GSX-R 750 era uma verdadeira “Race Replica”, uma categoria praticamente inaugurada por ela. Seu sucesso nas pistas, incluindo vitórias nos campeonatos de superbike nos Estados Unidos e no Reino Unido, ajudou a consolidar a reputação da marca.
No Brasil, a popularização da GSX 750 aconteceu especialmente nos anos 1990, com destaque para o modelo SRAD de 1996, que utilizava o sistema de injeção direta de ar Suzuki Ram Air Direct. Esse recurso aprimorava o desempenho em altas velocidades, tornando o modelo um dos mais desejados pelos motociclistas apaixonados por esportividade.
GSX 750 modelo SRAD de 1996 - Divulgação
Evolução técnica e design
A Suzuki GSX 750 acompanhou os avanços da engenharia ao longo dos anos. A partir de 2000, a inclusão da injeção eletrônica marcou uma virada importante para manter o modelo competitivo em meio à crescente exigência por eficiência e controle. Em 2004, a redução de peso levou o modelo para os 163 kg, aproximando-o de motos da categoria 600 cc, mas sem abrir mão do desempenho superior.
Em 2011, uma nova reformulação trouxe melhorias em motor, ciclística e estética. A última geração da GSX-R 750 comercializada por aqui foi encerrada em 2016, dando lugar à GSX-S 750, versão naked derivada da esportiva. Essa transição refletia uma tendência global: motos mais versáteis, porém ainda esportivas.
GSX-R 750 de 2015 com as cores da MotoGP (também saudosa!)
GSX-S 750: a transição bem-sucedida da esportiva para a naked
A chegada da GSR 750 ao Brasil, em 2013, marcou o início de uma nova fase. Baseada no motor da GSX-R 750 Srad, a naked contava com 749 cm³, arrefecimento a líquido, quatro cilindros em linha e potência de 106 cv. Em 2018, o modelo evoluiu para a GSX-S 750, com design atualizado, novas tecnologias e motor mais potente, agora com 114 cv.
Essa versão logo se destacou como uma das nakeds mais completas do mercado, equilibrando desempenho esportivo com usabilidade urbana. Sua aceitação foi imediata: tornou-se a moto mais vendida da Suzuki no Brasil por vários anos consecutivos. O sucesso inspirou outros modelos, inclusive fora da própria marca, como a Haojue DR 160, que herdou linhas visuais da GSX-S.
O fim das vendas da Suzuki GSX 750 no Brasil
A partir de junho de 2024, a Suzuki GSX-8S começou a ser comercializada no Brasil, dividindo espaço temporariamente com a GSX-S 750A nas concessionárias. Com motorização bicilíndrica, proposta mais leve e moderna, a nova naked foi projetada para atender às novas demandas do mercado, incluindo redução de emissões e custos de manutenção mais baixos.
Em janeiro de 2025, a GSX 750 foi oficialmente retirada do catálogo da JTZ, representante oficial da Suzuki no país. Assim, a motocicleta que simbolizou potência, tradição e espírito de competição encerra sua trajetória em solo brasileiro.
Legado da Suzuki GSX 750 no Brasil
A Suzuki GSX 750 marcou sua presença com um equilíbrio raro entre desempenho, estilo e confiabilidade. Seja nas pistas, nas ruas ou nas estradas, a moto sempre entregou uma pilotagem empolgante, tornando-se uma escolha natural para quem buscava esportividade sem abrir mão da qualidade mecânica.
A saída da Suzuki GSX 750 do mercado nacional representa o encerramento de uma era para os fãs das tetracilíndricas japonesas. Sua trajetória, marcada por tecnologia, desempenho e design, deixa um legado difícil de ser superado. Mesmo fora de linha, a Suzuki GSX 750 continuará viva na lembrança — e na garagem — de muitos brasileiros.
Fonte: Tudo de Moto.com.br
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