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A quaresma, que hoje iniciamos, é o caminho de preparação para a celebração da Páscoa. É um tempo que faz forte apelo à conversão, ao abandonoi das atitudes egoístas e ao seguimento de Jesus, morto e ressuscitado, na prática do amor e no serviço aos irmãos e irmãs.
Nessa perspectiva, a Igreja propõe as três indicações tradicionais do caminho quaresmal; o jejum, a esmola e a oração. O jejum como sobriedade, a esmola como partilha e a oração como diálogo sincero com Deus. Não são três práticas para a autopromoção, como faziam os fariseus no tempo de Jesus, numa religião das aparências, mas três atitudes a serem vividas em segredo, como Ele nos ensina, para transformar a vida e restaurar o coração.
Tal conversão, necessariamente, deve nos levar a fazer o bem, de forma concreta. É com esse espírito que a Igreja realiza, durante o tempo quaeresmal, a Campanha da Fraternidade, que, neste Ano Jubilar, tem como tema "Fraternidade e ecologia integral" e como lema "Deus viu que tudo era muito bom!" (Gn 1,31).
A proposta é mostrar que a fé no Deus da Vida, que se revela em Jesus, deve levar-nos a cuidar não somente da vida dos irmãos e irmãs, especialmente dos mais necessitados, mas também de toda a criação. Aliás, esta campnaha põe em evidência que "não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental se não prestarmos atenção nas causas que têm a ver com a degração humana e social! (LS 48). Com essa visão integral da vida, somos chamados a trabalhar por um mundo melhor para todos, como verdadeiros peregrinos de esperança.
Fonte: Dom Valdir José Castro, ssp - Bispo Diocesano de Campo Limpo-SP
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