Se foi difícil, para os discípulos, reconhecer o Ressucitado, muito mais difícil pode ser pra nós -- que vivemos mais de dois mil anos depois e não temos a felicidade de vê-lo revelar-se a nós da mesma forma que fez naquela ocasião. Somente a fé na Escritura pode nos assegurar esse reconhecimento.
O Pai, ao ressuscitar seu Filho, Jesus, manteve-lhe as chagas para nos indicar que é o mesmo que foi crucificado, ferido e chagado ao longo da sua vida, até sua completa entrega por amor à humanidade. As mãos chagadas são sinal do seu amor pelos feridos em sua dignidade. Os pés calejados e feridos são sinal de sua andança em cumprimento à sua missão que o Pai lhe confiou. As chagas nas mãos e nos pés são as marcas do Mestre de Nazaré, que amou até o fim.
Ao pedir algo para comer, os discípulos dão-lhe o que têm: um pedaçõ de peixe assado. Peixe é comida do povo simples, dos que vivem da pesca nomar, nos rios ou nos lagos. Na Bíblia, a mesa é símbolo muito significativo. O local em que se partilha o alimento é lugar previlegiado onde Deus se faz presente.
Depois de tomar o alimento, o Resucitado ensina a relar a Escritura, para que não se perca a memória daquilo que ele mesmo revelou e realizou. O Evangelho conclui com esta afirmação: Vós sereis testemunhas de tudo isso! Portanto, convida-nos a assumir e curar as chagas do povo ferido em sua dignidade, assim como Jesus fez.
Cabe às testemunhas de Cristo, seus seguidores, cuidar e tratar das chagas impressas no rosto sofrido do povo angustiado, doente e abandonado. Ser testemunhas requer generosidade. Recorda-nos o papa Francisco: devemos nos desbruçar para tocar e curar as feridas dos outros (cf.FT70).
Fonte: Pe. Nilo Luza, ssp / O DOMINGO - Semanário Litúrgico-catequético
Um comentário:
Amém!!!
Assim seja!!!
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