quinta-feira, 25 de abril de 2024

RODAMOS NA ZONTES GK 350

Com motor de 40 cv e muitos recursos eletrônicos, a Zontes GK 350 tem forte apelo visual. Confira os preços dos outros modelos da linha 350


Em quase 30 anos trabalhando na área de motos, ainda tenho a mesma curiosidade do meu começo de carreira, quando vou aos lançamentos das motocicletas. Na semana passada fui convidado para ver de perto a nova linha 350 da Zontes e uma delas chamou muito a atenção: a GK 350.

Ela parece ter saído eu um badalado atelier de customização de motos. Se você olhar com cuidado, verá um monte de detalhes que geralmente só são vistos em modelos exclusivos – com peças feitas sob encomenda.

Equipada com motor de 350 cc com 40 cavalos de potência e 3,3 kgf.m de torque, essa Cafe Racer sugere uma pegada esportiva na pilotagem. Mas isso veremos mais a frente (no test ride) por enquanto quero descrever a moto.

 

Visual
Com o grafismo GK estampado na lateral sua pintura fosca ganha vida e ajuda a destacar os detalhes inéditos. Começando pelo farol que compõem uma estética retrô e moderna com iluminação full LED. Por falar em iluminação, os comandos dos punhos são retroiluminados, o que deve oferecer uma experiência de pilotagem noturna bem agradável.

Ao despertar a GK 350 no painel de TFT surge uma imagem que lembra o filme Transformers. Aliás o painel é um capitulo à parte, ele permite parear as informações com o celular (via app Carbit Ride), controlar a intensidade de luz, além de contar com vários modos de exibição desde o mais tradicional até o esportivo. Além dos avisos convencionais, o mostrador informa a pressão dos pneus, temperatura, alerta de manutenção entre outros.

A eletrônica está presente em vários detalhes da GK. Não existe chave de presença e sim uma pulseira com um pequeno radiotransmissor que libera a central para ligar a moto. Abrir o bocal do tanque ou tirar o banco, por exemplo, são feitos de forma eletrônica pressionando comandos nos punhos do guidão. 
Confesso que esse excesso de eletrônica chega a assustar, caso o radiotransmissor fique sem bateria, como ligo a moto? Simples, basta encostar o comando num ressalto abaixo do banco que destrava a moto e permite acionar o motor. Outro item que achei muito legal foi o carregador de bateria que permite controlar e manter a bateria sempre carregada.

O banco da GK 350 tem ótimo acabamento, recoberto por um tecido emborrachado, o que valoriza o visual da moto e sugere excelente qualidade e durabilidade. Ao assumir a posição de pilotagem o retrovisor fixado na ponta do guidão e os protetores dos manetes lembram que estamos numa moto diferente para a sua categoria.
As rodas são raiadas com aros anodizados. Uma das exclusividades nesta categoria é a fixação externa dos raios (na traseira) e centralizados na dianteira – possibilitando o uso pneus sem câmara. Solução típica das big trails mais caras e raridade nos modelos naked. Na dianteira as bengalas são invertidas e a pinça de freio (com fixação radial) ajudam a aumentar eficiência dos freios, além de transmitirem mais exclusividade ao modelo. Apenas a proteção do disco dianteiro que achei um pouco exagerada - único item que eu removeria caso a moto fosse minha.

Vingador espacial
Sai para o test ride nas estradas próximas de Jundiaí (SP) onde fica a sede da Suzuki e a reação dos outros motociclistas foi imediata. Além das cores da moto eu estava com meu capacete amarelo cintilante e viseira prateada que chama muita atenção. Confesso que foi divertido, parecia um vingador espacial...
Na estrada o motor mostrou que gosta de giro alto para manter a velocidade, mas chega facilmente aos 120 km/h e ainda tinha fôlego para acelerar mais, porém os radares acabaram com a minha empolgação. 

No trecho urbano usei bastante o câmbio de seis marchas – com trocas fáceis e manete leve (graças a embreagem assistida e deslizante). O motor era mais do que suficiente para superar as ladeiras e serpentear entre os carros na Avenida 9 de Julho. Chamou atenção o comportamento arisco do disco dianteiro (320 mm) que conseguia entancar com facilidade os 188 kg (em ordem de marcha) desta 350.

Com banco a 795 mm do solo a moto se mostrou fácil de montar e ajuda na hora de estacionar. Com o tanque de 16,5 litros teoricamente ela oferecerá uma boa autonomia. 
Com tantos fatores positivos, aposto que o modelo fará sucesso com o público que é ligado no visual e que gosta de eletrônica. O preço de R$ 32.600 (sem frete) ela chega com outras seis opções da linha Zontes 350 (veja box). Agora resta aguardar o momento de testar o novo modelo no dia a dia e esperar a resposta do público para um modelo tão revolucionário.  

Quanto custará os outros modelos da linha 350

Com seis modelos e duas versões, além da GK 350, a linha Zontes 350 oferece vários estilos de motos. As aventureiras da linha T 350 custam R$ 32.300, com roda de liga e R$ 33.800 com rodas raiadas (versão TX 350). O scooter E 350 é o mais caro, mostrado no Festival Interlagos, custará R$ 34.500. Já a naked R 350, é a mais barata custando R$ 28.880 enquanto as V 350 (muscle bike) custará R$ 31.870 e a S 350 (cruiser) tem preço definido de R$ 32.600. - veja as fotos em sequencia na galeria

 

Ficha técnica: Zontes GK 350
Motor: 348 cc, um cilindro, 4 válvulas, refrigeração líquida  
Diâmetro e curso: 84,5 x 62 mm
Taxa de compressão: 12,3:1
Potência máxima: 40 cv a 8.300 rpm
Torque máximo: 3,34 kgf.m a 7.300 rpm
Chassi: Tubular em aço 
Transmissão: 6 velocidades/Corrente
Suspensão dianteira: Garfo telescópico invertido 
Pneu dianteiro: 120/70 ZR17
Suspensão traseira: um amortecedor 
Pneu traseiro: 160/60 R17
Freio dianteiro: Disco 320 mm, pinça fixação radial
Freio traseiro: Disco de 265 mm de diâmetro 
Peso seco: 177 kg (188 kg em ordem de marcha) 
Altura do assento: 795 mm 
Distância entre eixos: 1.390 mm
Capacidade do tanque: 16,5 litros







                                          Fonte: Cícero Lima / Revista Duas Rodas


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