AMEAÇAS
O arcebispo da diocese de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, está sendo ameaçado por defender os direitos indígenas e denunciar o avanço da degradação ambiental, segundo matéria do site Uol. Dom Roque é presidente do Cimi (Conselho indigenista missionário) e é uma voz altiva contra a violência às comunidades originárias e dos biomas amazônicos. Desde que assumiu a arquidiocese da capital rondoniense, em setembro passado, acompanhado de lideranças dos povos Karipuna, esteve em várias embaixadas de países na capital federal quando denunciou invasões nos territórios indígenas em Rondônia por madeireiros e garimpeiros. As denúncias feitas lhe renderam ameaças, inclusive durante celebrações nas suas missas.
SOBREVIVÊNCIA
Eles (índios) têm o direito de usufruir dos seus territórios que, segundo Dom Roque, estão sendo dizimados pela exploração ilegal inclusive em terras já demarcadas. “Cada vez mais essa violência vai sendo retroalimentada pela ganância da economia da morte”, de acordo com as declarações dadas ao site. Rondônia é um estado que tem registrado aumento desenfreado na depredação ambiental e, na medida que a cultura da soja avança, as matas são as principais vítimas, principalmente em reservas e unidades de conservação. Para sua sobrevivência as etnias dos povos originários rondonienses contam com o apoio de ambientalistas e religiosos, visto que os órgãos estaduais de proteção fazem vista grossa aos invasores.
ANTECEDENTES
Rondônia possui em sua história antecedentes de violência contra religiosos quando ceifaram na década de oitenta a vida do padre Ezequiel Ramin, em Cacoal. Portanto, é preciso denunciar com veemência as ameaças sofridas por Dom Roque para inibir que um novo religioso tombe em solo rondoniense em razão do trabalho missionário. Trabalho esse que exige denunciar criminosos violentos com as comunidades originárias e meio ambiente.
VIOLÊNCIA
A guerra entre facções na capital tem preocupado a população com as festas de final de ano. Alguns territórios de Porto Velho são disputados por esses grupos criminosos de forma fratricida causando pânico na população que reside nas fronteiras dos bairros conflagrados sem que os órgãos de segurança consigam combater com eficiência essa guerra. Embora o governo tivesse trocado o secretário de segurança dias antes das eleições, não há por parte da pasta uma ação estratégica de combate às facções que tranquilize a população. Os números da violência só aumentam. Salve-se quem puder.
CARBONO
O Brasil estuda estabelecer requisitos internacionais para a certificação do hidrogênio, considerado a fonte futura de combustível. Uma comissão foi criada para definir quais os critérios serão adotados para que o insumo possa ser reconhecido de baixo carbono, uma vez que é a fonte de energia limpa que o mundo sinaliza em migrar para evitar os impactos climáticos com as atuais fontes usadas em carros, empresas, aviões, entre outros. Fontes essas que aumentam a temperatura do planeta por serem poluentes.
AMAZÔNIA
O país já possui um vasto programa de produção de energia renovável e Rondônia, com seu manancial ambiental, pode vir a se tornar um produtor de energia verde a partir do hidrogênio. É um nicho a ser explorado com a possibilidade de boa rentabilidade porque até 2050 o país se comprometeu na redução das emissões de gases de efeito estufa. A exploração de energia de baixo carbono é considerada um bom negócio para a região.
DESCARBONIZAÇÃO
O hidrogênio ajuda na descarbonização de setores em que a redução de emissão de gases de efeito estufa são mais intensos. Também é visto como a fonte energética que vai minimizar os impactos no ecossistema, uma vez que as energias fósseis são extremamente poluentes ao meio ambiente. Já existem estudos em andamento para exploração em larga escala visto que é encontrado com abundância na natureza. Ainda é uma fonte cara que necessita de altos investimentos em tecnologia para que seja transportado.
DESAFIOS
É preciso vencer os desafios para que a nova matriz seja explorada, mas o hidrogênio será a fonte a ser incorporada na matriz como a mais limpa ao lado da água, eólica e solar. Para o investidor rondoniense é uma alternativa energética que está em sintonia com a sustentabilidade e vai ser a principal discussão nos próximos quatro anos nos estados que compõem a Amazônia legal, a exemplo de Rondônia.
BARULHO
Nos meios políticos surgem versões de que nos próximos dias teremos algum barulho nos primeiros raios de sol da aurora. A coluna tentou em vão descobrir para antecipar onde esses raios vão dar luz nos meios políticos que andam à sombra da legalidade, embora os sons nas ruas sejam fáceis de ouvir.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.
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