Há cerca de um mês publicamos no Blog do Caminhoneiro um texto contando a história do caminhão Royal Eagle, que é um Scania 143 que foi transformado, nos anos 1990, em um belo motorhome. Apesar daquele caminhão ser único, existem outros três parecidos, que foram construídos sobre o chassi de modelos Scania 112H, fabricados nos anos 1980.
Um desses caminhões é o Scanflyer, um Scania 112 azul e prata, que conta com várias diferenças de um 112 normal. Não se engane pela plaqueta. O caminhão é mesmo um 112H, com a identificação no capô trocada em algum momento da sua vida.
Esse caminhão foi apresentado numa feira chamada de Essen Motor Show, em 1980, e foi a estrela daquele evento. Com cerca de 18 toneladas, o Scania 112H convertido em um motorhome era algo único, construído sobre um caminhão que também era novidade.
Um dos grandes destaques, como você já deve ter notado na imagem acima, é o sistema de abertura das portas do motorhome, que abrem para cima. São 12 metros de comprimento, 2,45 metros de largura e 3,85 de altura, que comportam uma família com requinte, para o estilo dos anos 1980.
Equipado com o motor de 11 litros, com 280 cavalos de potência, o motorhome tinha uma média de consumo de cerca de 4 km/l, podendo rodar a até 85 km/h. São pouco mais de 22 mil quilômetros rodados em quarenta anos, o que mostra que, apesar do estilo e conforto, o veículo não foi uma casa em tempo integral.
Por fora, além das portas, que abrem diferente do normal, o veículo recebeu um novo para-choque, uma carenagem que integra a cabine ao motorhome, e teto alto, além de escapamento vertical. Na traseira, uma garagem com espaço para um carro pequeno e baixo, como uma BMW conversível.
Por dentro, tudo é recoberto com couro branco, e o veículo tem espaços bem divididos, com o quarto principal na traseira, cozinha, mesa e sofá, e muitos armários. O veículo também tem uma banheiro completo, e a área envidraçada é imensa. Para manter o veículo agradável, mesmo em condições severas de clima, o motorhome tem um potente sistema de ar-condicionado.
Para dar conta do chuveiro, sanitário e cozinha, o veículo conta com um tanque de água potável de 1.000 litros e outro, de 2 mil litros, para a água residual.
Logo que foi fabricado, o caminhão foi usado por uma equipe de corridas, mas, como mostra o hodômetro, rodou muito pouco. Em 2017, foi colocado à venda por 85 mil Euros. Não existem registros posteriores, então não se consegue saber o paradeiro atual.
Fonte: Rafael Brusque - Blog do Caminhoneiro
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