quarta-feira, 11 de maio de 2022

ROBSON OLIVEIRA - Resenha Política

                                            LOROTA 

A treta que tentam criar em torno da opção do senador e candidato a candidato a governador Marcos Rogério (PL) pelo nome de Expedito Junior (PSD) para senador não passa de lorota. O senador e o ex-senador são aliados desde a última eleição quando iniciaram a dobradinha que culminou com a vitória de Marcos Rogério ao Senado Federal. Nada de novo sob o céu.  

DECEPÇÃO 

O papo de que os bolsonaristas estão irados com Marcos Rogério por barrar a pretensão do eleitor raiz que prefere uma chapa bolsonarista puro sangue com Jaime Bagattoli ungido ao Senado Federal não passa de empulhação. Não há nenhum registro na literatura política estadual com um capítulo de aliança entre o senador e o aspirante ao Senado.  

TRAIDOR 

Ao contrário do que falam, Jaime foi adversário de Rogério na eleição de 2018, quando disputou na chapa formada pelo atual governador Marcos Rocha. Se há alguém que traiu os bolsominions ao preterir o mega empresário de Vilhena é o governador Marcos Rocha. Quem não lembra da treta que se formou no segundo turno entre os dois, quando Bagattoli ensaiou um rompimento que não se confirmou depois que Rocha voou aos prantos a Vilhena para declarar amor incondicional ao aliado? Portanto, se há abjurante nesta camarilha não é o senador.  

EGÓLATRA 

Aliás, os analistas políticos deveriam avaliar melhor a postura adotada por Marcos Rogério em manter leal a pretensão de Expedito Junior desde que assumiu as funções senatoriais. Nos meios políticos Marcos Rogério sempre é acusado de não cumprir com a palavra dada aos aliados e seguir sempre a própria intuição conforme os interesses. Ao confirmar numa entrevista radiofônica de que vai formar chapa ao lado de Expedito Junior, Marcos Rogério está revelando uma reciprocidade de lealdade política que nunca adotou em toda a carreira. Uma raridade para uma criatura que tem um ego superlativo e que cultua a própria voz. A postura nova do senador ególatra merece reflexão em razão da mudança de conduta volúvel que sempre adotou uma vez que este cabeça chata conhece três fatos que desabonam a palavra dada pelo senador.  

ENTOURAGE 

Há uma máxima na política que diz: quem não tem partido não garante candidatura. É o caso do empresário Jaime Bagattoli que ingressou no PL como qualquer outro filiado sem a preocupação de ampliar uma base. Estruturar uma agremiação partidária em nível estadual exige do dirigente trabalho, convencimento e prestígio. Ao que parece Bagattoli não possui nenhuma destas características. Exige uma vaga de candidato ao Senado por achar que tem direito pelo fato de ser um bolsonarista raiz. Política não se faz atropelando ou fazendo chantagem: exige perseverança, grupo e lábia. Não existe mais candidatura nata mesmo na entourage do rebanho do Partido Liberal. O resto é lorota.  

PAGAMENTO 

No final de semana o governador Marcos Rocha (União Brasil) entregou ao prefeito Hildon Chaves (PSDB), num dia impróprio para eventos desta natureza, os primeiros cem milhões de reais prometidos ao município de Porto Velho após a adesão do prefeito à reeleição do governador. Independentemente de que a grana tenha sido usada para aliciar apoio, apesar de impróprio, mas é um recurso que vai ajudar na melhoria da infraestrutura da capital. Nenhum prefeito abriria mão de tantos milhões de caraminguás em tempos de crise. O governador cumpriu com a metade da promessa do pagamento e a população agradece, embora três anos depois de empossado no Executivo Estadual. Antes tarde do que nunca!  

ALINHAMENTO 

A mídia nacional anunciou que o PSDB de Rondônia é um dos regionais dos tucanos capitulado pela campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Presidido por Hildon Chaves, os tucanos entortam o bico para a candidatura de João Dória e se alinharam ao bolsonarismo. O futuro dirá se a revoada será bem assimilada.  

TITÃS 

A disputa mais acirrada que começa a se desenhar em Rondônia é a vaga ao Senado Federal. Expedito Junior (PSD), Jaqueline Cassol (PP), Mariana Carvalho (Patriotas) e um nome mais à esquerda vão disputar voto a voto até o final das eleições. Não há favorito e, no meio do caminho, há espaço para aparecer um candidato progressista por aí (Jesualdo ou Vinícius)  que consiga capitanear os trinta por cento dos votos tradicionalmente sufragados ao petismo em Rondônia já que os três principais concorrentes vão garimpar os votos dos bolsonaristas. Nesta briga de Titãs, este filme eu já vi... 

IPVA 

A proposta apresentada na Câmara Federal pelo deputado federal Léo Moraes (Podemos) para que seja isentada a taxa de licenciamento de veículos é da melhor qualidade uma vez que mitiga a carga tributária extorsiva contra o contribuinte. Para justificar a proposta o parlamentar sustenta que a emissão do documento passou a ser digital a partir do ano retrasado, não se justificando a cobrança de uma taxa que servia para cobrir os custos com a emissão por papel moeda. Não é a primeira vez que o deputado legisla nesta seara e foi o responsável por denunciar a majoração das taxas do IPVA que o Governo de Rondônia tentou engalobar o contribuinte alegando falsamente diminuição.  

SILÊNCIO 

Tem incomodado alguns atores políticos o silêncio a que estão submetidos os senadores Acir Gugarcz (PDT) e Confúcio Moura (MDB). Não dão um pio sobre o processo sucessório estadual e mantêm-se equidistantes das conversas sobre composições.  

PARÁBOLA 

Acir ainda sonha em poder disputar na hipótese de conseguir reverter a condição de inelegibilidade, uma vez que sofreu condenação penal. Confúcio avisou que não é candidato a governador e depois sumiu. Ambos, contudo, têm conversado nos bastidores para definir em conjunto o caminho a tomar. Ninguém duvide que no meio do caminho o “velhinho” revigore o apetite por mais uma eleição. Ele fala por parábolas. A adoção do silêncio faz parte da nova estratégia. Pode ser que seja apenas mais um dos prolegômenos, mas põe dúvidas nas cucas dos atuais pré-candidatos.  

TITANIC 

Desde aquela reunião festiva de março organizada pelo União Brasil para receber a adesão do prefeito da capital que os próceres do coronel Marcos Rocha não conseguem manter a onda positiva do já “ganhou”. De lá para cá os adversários ganharam musculatura e o favoritismo comemorado não passou de águas de março. Saúde, educação e segurança pública, três dos principais pilares das políticas governamentais, estão em crise. E vão piorar pelo que vem por aí.   

URNA 

É uma insanidade o debate pueril sobre a segurança das urnas eletrônicas depois de mais de duas décadas sendo utilizadas de forma exitosa nas eleições. A verdade é que esta discussão esconde o real interesse em tumultuar o processo eleitoral e garrotear a soberania do sufrágio. É um debate fictício com o objetivo de golpear a democracia. Este golpe não vingará nem a pau porque ninguém tem mais medo de bicho papão. 

                                           


Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO. 






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