Manter sua moto confiável e bonita, mesmo com a passagem do tempo e muitos quilômetros rodados, depende de cuidados simples.
Muitas vezes, olhamos uma moto antiga, daquelas bem velhinhas, e ficamos felizes por ela estar bonita, bem cuidada e confiável. Por outro lado, vemos motos novas quase destruídas, prontas para ir ao ferro velho e que não transmitem confiabilidade. Quando nos deparamos com motos assim, sempre surge a pergunta: Por quê? A resposta é simples, falta de cuidado com a manutenção.
Não há nada mais prejudicial para qualquer veículo – seja moto, carro ou caminhão – do que o descaso com a manutenção e a pilotagem agressiva. Não falamos em pilotar rápido ou de forma extrema, nos referimos ao “cupim de ferro”. Aquele tipo de piloto que só fica feliz ao esmerilhar a moto. Se você comprou sua primeira moto, está esperando a contemplação no consórcio ou já é um motociclista experiente, sempre é bom lembrar que o cuidado com a manutenção é a chave da “saúde” da sua moto, garantindo que ela esteja sempre nova, valorizada e pronta para ir com você a qualquer lugar.
Se você comprou uma moto nova, fique atento às indicações do Manual do Proprietário. Levar a moto para as revisões na quilometragem ou no prazo indicado pelo fabricante é fundamental para conservá-la em boas condições. A primeira revisão – feita geralmente aos 1.000 km – é importante para garantir vida longa à sua moto. Nas revisões seguintes, folga das válvulas, condições da linha de combustível, bombas e velas são conferidas e reguladas. Além disso, são feitas averiguações importantes em itens como suspensões, rodas, e freios. Ah, um lembrete! Se você deixar de fazer a revisão no prazo estipulado, sua moto perderá a garantia.
O lubrificante é muito importante para a durabilidade do motor. Ele tem a função de diminuir o atrito entre as partes móveis do motor como virabrequim, pistão, biela, rolamentos, entre outros. Por isso, sua troca deve ser feita em intervalos recomendados pelo fabricante. Mesmo assim, muitos esquecem de verificar o nível (e completar se necessário). O fabricante recomenda medir o nível de óleo toda vez que for rodar com a moto. Outro detalhe é não misturar dois tipos de lubrificantes (com marcas e especificações diferentes). Mais um aviso: nunca use óleo automotivo na moto!
A relação final (nome do conjunto corrente, coroa e pinhão) exige atenção. A corrente deve estar sempre regulada, não podendo estar muito esticada ou folgada, para evitar o risco de travamento da roda ou o rompimento dos elos. As informações com a regulagem indicada pelo fabricante estão em um adesivo fixado na balança, no cobre corrente e também no Manual do Proprietário. A verificação e lubrificação devem ser feitas a cada 1.000 km ou sempre que a moto rodar na chuva ou em estradas de terra. A falta de regulagem acelera o desgaste dos componentes o que diminui a vida útil do conjunto.
Sempre que rodar por lugares com muita poeira, lama ou água do mar é importante uma lavagem completa da moto para evitar a corrosão. O filtro de ar também deve ser limpo ou substituído quando a moto for usada constantemente em locais muito poluídos ou na terra. Quando possível, evite deixar a moto exposta aos raios solares que t iram o brilho da pintura e ressecam partes plásticas e o banco.Ao rodar em praias, caso passe na água salgada, lave a moto imediatamente com água e xampu neutro.
Rodar com a moto em rotação máxima, com o acelerador totalmente aberto, força o motor e diminui sua vida útil. Forçar o motor por longos períodos ocasiona desgaste de peças internas. Por isso, é preciso respeitar a limitação de giro, principalmente nas motos de baixa cilindrada. Acelerar bruscamente ou levar a rotação do motor até a faixa de corte compromete a durabilidade do motor e da relação. Não é preciso andar devagar, mas evitar “trancos” nas acelerações e trocas de marchas. Uma pilotagem suave, com fluidez, aproveitando o torque do motor, garante vida longa à sua moto.
É difícil conferir a qualidade do combustível que compramos, então, o que resta é procurar um posto de confiança. Postos com preços muito abaixo da média podem fornecer gasolina “batizada”. Esse tipo de combustível acelera o desgaste de peças internas, carboniza as válvulas e a câmara de combustão e aumenta o consumo. Sempre acompanhe o abastecimento da sua moto e peça ao frentista para abastecer até a marca limite, indicada no bocal, e assim, não correr o risco de derramar combustível no tanque. Caso isso aconteça, lave imediatamente com bastante água e sabão.
Fonte: Revista Duas Rodas.
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