Rodei com a Ninja ZX-4R, motor de 4 cilindros, em Interlagos e conto tudo para você
Sem dúvida a Ninja ZX-4R era um dos lançamentos mais esperados por aqui. Nunca tivemos em nosso mercado uma moto esportiva de 400cc com quatro cilindros, além disso, ainda conta com 80 cv, “quickshifter up and down”, freios de 600 cc, controle de tração, modos de pilotagem e muitos outros atributos.
Em apenas uma palavra, fiquei “doido” com a moto. A atual Ninja 400 de dois cilindros já é uma moto que caiu no gosto de muitos que queriam subir de categoria e também de consumidores de motos maiores, que viram na “ninjinha” um brinquedo ideal para uso em pista.
A ZX-4R acredito que vai focar bem nesse segundo público. Pilotos de motos maiores que querem andar de forma esportiva com um custo mais baixo, conseguindo uma maior evolução, e principalmente de uma forma ainda mais divertida e segura.
Peso & Potência
Ao primeiro contato o conjunto surpreendeu, mesmo pesando 198 kg (em ordem de marcha). Na prática temos aqui a mesma leveza em mudanças de trajetórias que sua “irmã” menor. Já altas velocidades é um modelo mais maduro estável e bem colada no chão.
Nas entradas de curva a ciclística está muito mais próxima de uma esportiva com 600 cc. Até mesmo o sistema de freio é muito potente – são dois discos de 290 mm com pinças de fixação radial. Poder de sobra nas frenagens. A suspensão dianteira é do tipo invertida da Showa FF-BP é bem esportiva, e ao mesmo tempo progressiva. Sendo segura até mesmo nas frenagens mais fortes dentro das curvas.
Ainda no pacote temos uma embreagem deslizante com excelente funcionamento, permitindo entrar nas curvas bem mais rápido, deitar muito facilmente mantendo as duas rodas estáveis e sem quicar mesmo nas reduções. É de se impressionar a velocidade de curva em geral desta moto.
Dados técnicos
Olhando apenas para ficha técnica esperava que o motor só teria uma boa reposta em altas rotações. Os números são 77 cv de potência máxima a 14.500 rpm (chegando a 80 cv com o sistema de indução direta de ar Ram Air) e um torque de 3,8 kgf.m a 13.000 giros. Porém já encontrei um funcionamento muito divertido com boas repostas logo a partir das 6.000 rpm. Em um uso mais normal não é preciso esticar demais as marchas para manter um bom deslocamento. O motor tem uma entrega de torque eficiente também em médias rotações.
Ele acorda!
Contudo é inegável que ao passar da linha dos 10.000 rpm o modelo vira uma outra moto, com muito mais elasticidade. O ronco do motor fica grosso e encorpado e faz com que a marca dos até 14.500 giros apareça rapidamente em seu painel digital de 4,3 polegadas em TFT. A pilotagem empolga ainda mais com trocas rápidas de marcha. O sistema quickshifter funcionou muito bem pode ser usado tanto para aumentar como para reduzir marchas sem o uso da embreagem – uma delícia.
Outro ponto que considero acertado pela marca é a escolha generosa de pneus. Na dianteira as medidas são 120/70ZR17, enquanto na traseira temos 160/60ZR17. Isso permite uma maior variedade de escolha de modelos, principalmente aqueles com propostas mais Racing e de compostos mais macios. Pessoal, para quem ainda está em dúvidas me conselho é: não demorem. Acredito que essa moto vai esgotar muito rápido. Inclusive uma delas já é minha!
Confira o teste no vídeo abaixo:
Fonte: Revista Duas Rodas
Um comentário:
Porque tem que empinar a moto, estilo motoqueiro ?
Postar um comentário