Texto Edgard Cotait Fotos Anderson Oliveira e Edgard
Já era noite e andávamos em meio às ruas de um cafezal bastante alto e fechado. Através dos esmaecidos fachos dos faróis das nossas motos que cortavam a escuridão, era possível enxergar que os limites acima das nossas cabeças estavam repletos de teias, formadas por um infinito número de aranhas negras e de tamanho considerável. Lá do alto, lançavam os fios das suas teias na esperança de que o vento os carregasse até aos pés de café das ruas vizinhas, compondo uma espécie de túnel por onde passávamos, para então, conseguirem formar suas armadilhas. Esta história aconteceu em Garça/SP, no ano de 1972, quando eu tinha 11 anos de idade, e tendo ao meu lado o meu irmão, Nassim Junior. Sinto que foi nessa época que percebi em mim um grande apreço em buscar novos horizontes. Aproveitávamos qualquer chance que nosso pai nos dava para podermos nos “aventurar” até a sede da fazenda vizinha, distante 10 quilômetros da nossa casa. Lá, aconteceria um evento de cinema, que seria projetado nas paredes das antigas tulhas de café. A distância pode não parecer tão grande, porém, levando-se em conta nossas idades, ficou um doce sabor de aventura em nossas memórias. Mas o que tem essa história a ver com os dias atuais? Muito simples: na época, usávamos duas motos Honda, na faixa das cinquentas cilindradas, e por várias semelhanças de cilindradas e de nosso peso, me remeteu às Hondas, duas Pop 100/110, que utilizamos para percorrer algumas rodovias do norte do Brasil. Esta trip foi feita com o amigo Anderson Oliveira, de Morungaba/SP, que juntamente comigo, Edgard Cotait, marcou alguns pontos no mapa como alvos a serem conquistados: a Transamazônica, em sua totalidade de terra; a lendária BR319 e a Transuruará, também conhecida como a “Estrada dos Madeireiros”. Buscando aventura, escolhemos ir no ápice do período das chuvas, cujas estradas ficam bastante danificadas e de difícil locomoção.
ENFIM, NA LIDA
Com pouco tempo disponível, resolvemos ir de camionete até Medicilândia, local onde termina o asfalto na Transamazônica, pois o que nos interessava eram os trechos off-road. Nos encontramos em Araraquara, onde carregamos as duas Pops. Focamos em tirar essa distância em dois dias, desde que não cometêssemos loucuras ou imprudências. Passamos por Altamira, visitando o local em que marcou a presença do Presidente Emílio Médici, onde fica o tronco da primeira Castanheira derrubada para a construção desta importante rodovia e também, onde foi levantado um monumento que ficou conhecido como “Pau do Presidente”. Após uma noite de sono em Pacajás, seguimos enfim, para Medicilândia, onde em meio a expectativas e temores, descarregamos as motos. Já na saída do hotel, sentimos nossas motos praticamente inguiáveis. Estavam bem pesadas e ainda estranhas à nossa pilotagem. Passavam uma sensação de desequilíbrio e desgoverno, sobrecarregando nossos braços, ombros e mãos. A adaptação porém, foi rápida e logo, mesmo com a imperfeição do terreno, nem nos lembrávamos mais do problema. Nosso primeiro dia foi curto, chegando até Uruará. Assim, tivemos um primeiro contato com as diversas condições que a estrada apresentava, mesclando terrenos com pó, lama, pedras, muitos buracos e bolsões que misturavam barro com lama, além de precárias pontes de madeira de uma mão só. Nos impressionou, o número de Honda Pop que circulam por aquela região do País. Assim mesmo, havia muita curiosidade com a nossa aventura para longe. Apenas uma discreta placa indica a entrada de Fordlândia, que fica a 50 quilômetros da Transamazônica. Ao chegar, ficamos surpresos com o tamanho deste distrito pertencente ao município de Aveiro, pois esperávamos apenas “ruínas” do que foi outrora um empreendimento agrícola. A Fordlândia foi um projeto agroindustrial que visava se tornar autossuficiente em borracha para os automóveis da sua própria empresa. Seu idealizador foi o homem mais rico do mundo na sua época, Henry Ford. Porém, dois fatores contribuíram para o fracasso contundente: terra infértil e os funcionários brasileiros, que começaram a se rebelar contra as regras impostas pelos americanos. Conseguimos acampar dentro de um dos galpões originais do projeto, onde até cozinhamos e jantamos à beira do Rio Tapajós. O menu foi uma sopa bem simples, contudo, inesquecível. No dia seguinte, conhecemos melhor o local, as instalações da época (algumas ainda são utilizadas normalmente, pela prefeitura local). Após o entroncamento com a BR163, a Cuiabá/Santarém, o trânsito, especialmente de carretas, aumentou significativamente. Ao chegarmos à Itaituba, na espera da balsa, fizemos muitos amigos. É a moto continuando a unir pessoas de diferentes regiões, mas sempre com o mesmo DNA. Abastecemos nossas motos e partimos para até onde a estrada nos permitiu chegar naquele dia. No caso do abastecimento, visando não ter que retirar a bagagem a cada abastecida, bolei um sistema em que eu levava um galão de 6 litros em cada alforge. Adaptamos um pino oco, e os ligamos aos dutos do carburador, onde a gasolina chegava por gravidade. Desta forma, os tanques eram abastecidos pela tampa do alforge, agora, sem a necessidade de remoção da bagagem. O tanque original da moto passou a ser o tanque reserva, de 4,1 litros. A moto do Anderson, injetada e com maior autonomia, continuou com os abastecimentos normais.
UMA AMAZÔNIA MAIS CONECTADA
Pode-se dividir a Transamazônica em duas partes bem distintas, sendo uma delas até Itaituba, com um expressivo tráfego. Após essa cidade, suas características mudam acentuadamente, diminuindo os veículos no trecho. Ainda assim, é preciso atenção redobrada com os famosos “D´vinteiros”, - camionetes que carregam pessoas e cargas de todos os tipos -, cujos motoristas andam em altas velocidades, muitas vezes, colocando sua segurança e também a de terceiros sob risco. Logo após, passamos por um colega parado por problemas na sua moto. Com um bom conhecimento de mecânica (e também um ótimo coração), paramos e, de imediato, o Anderson se dispôs a ajudá-lo, efetuando o conserto, e também cedendo-lhe algumas peças de reposição que carregávamos conosco. Optamos pelo uso de pneus off-road, mais apropriados ao que iríamos enfrentar, o que na prática, mostrou ser uma decisão bastante acertada, pois a Transamazônica conta com uma variada gama de pisos e grips, com muitas imperfeições, valas profundas que seguem o sentido dos trilhos dos carros, além das chamadas “costelas de vaca”, e locais muito esburacados, que desde o começo da aventura, exigiram bastante das nossas motos. O barro da região é bastante argiloso, muito liso e pegajoso. Entretanto, os para-lamas dianteiros e traseiros das nossas motos, por terem uma posição mais alta, não nos ofereceram problema ou embuchamento causado pelo excesso de barro. Após Itaituba, a Transamazônica é em grande parte acompanhada pelo Rio Tapajós. Sabíamos que não teríamos hotel no trecho e que teríamos que acampar antes de adentrarmos o Parque Nacional da Amazônia. Andamos por aproximadamente 55 quilômetros até chegarmos a uma venda à beira da rodovia. Paulão, seu proprietário, é uma pessoa muito simpática com todos que chegam por ali. Mas, pela precariedade do local, dormir em barraca ali não era indicado, pois pelas condições de limpeza, era provável a presença de animais peçonhentos. Resolvemos seguir e tentar permissão na base oficial de entrada do Parque, visto que não seria seguro percorrer aqueles 100 quilômetros de noite devido à atividade de animais selvagens. Mesmo já sendo noite, o Anderson percebeu a placa de uma pousada, onde após alguma procura mata adentro, finalmente nos instalamos e jantamos. Pela manhã, “comprei um terreno” (levei um tombo) num lugar plano, duro (e bem duro...), mas sem nada que indicasse estar tão liso quanto estava, pois tive dificuldade até para caminhar a pé. Na queda, quebrou o suporte da pedaleira dianteira e só consegui substitui-lo em Jacareacanga, última cidade paraense da Transamazônica. Chamamos aquele tipo de barro de “traiçoeiro”, vindo a encontrá-lo novamente em várias ocasiões mais à frente.
AMIGO GARIMPEIRO
O Parque Nacional da Amazônia é um dos lugares mais lindos que já passamos! É percorrido em meio à pequenos igarapés e matas fechadas e intactas, com um verde de encher os olhos a todo momento. Ao final, chegamos ao Restaurante e Pousada Amigo Garimpeiro. Este ponto é conhecido pelos viajantes da BR230 por ser um local de refúgio. Hoje, está ainda melhor do que quando passei por lá em 2007, pois conta também com uma pequena, mas importante, estrutura de apoio, pousada, mercadinho, borracharia e até mesmo combustível com bomba de gasolina a preços similares aos praticados nas cidades próximas. Nada a reclamar da qualidade. Ao entrarmos no restaurante, havia uma indiazinha carregando um sagui na cabeça. Porém, como a maioria dos indígenas, o seu comportamento era bastante arredio. Nossa opção pela Pop 100 se deu por fatores bem apropriados. Principalmente, por buscarmos uma aventura bem “raiz” e por tratar-se de uma moto nascida de um projeto robusto, versátil em vários terrenos, simplicidade de reparos mecânicos e com disponibilidade de peças mesmo em localidades de pequeno porte. Na Transamazônica, a média de diária em hotel está entre 40/60 reais por pessoa. A alimentação, 20/25 reais. Na maioria dos postos, os combustíveis estavam cerca de R$0,40 o litro, mais caro do que os praticados no Sudeste. É aconselhável portar uma quantia em dinheiro. Itens relevantes e obrigatórios na bagagem são os inseticidas para serem utilizados nos hotéis. Sem eles, as noites se tornam martírios. Impossível ter uma noite de sono reparadora. Na BR230, excetuando-se o trecho entre Jacareacanga e Apuí, as cidades independentemente do tamanho, costumam ser próximas, com ofertas de hotel e alimentação simples. Mas também, ainda há lugares bastante incertos, onde tivemos como única opção para dormir em uma cama de casal. Por aqui, a simplicidade ganha status de necessidade. Quanto à segurança, não nos sentimos ameaçados por nada, sejam pessoas ou animais selvagens. Os cuidados com as motos se resumiam, basicamente, a esticar as correntes e verificar o nível do óleo. Um dos fatores que mais nos surpreendeu foi perceber que a maioria dos lugares, que nem tinha telefonia fixa convencional, contava com serviços de internet, ainda que de forma precária e com o Whatsapp fazendo as vezes de telefone. Uns disseram que o sinal era por fibra óptica, outros, via satélite.
INESQUECÍVEL PÔR-DO-SOL NO RIO MADEIRA
Ao entrarmos no Amazonas, as estradas melhoraram expressivamente nos primeiros 60 quilômetros. Andamos boa parte desse dia com chuvas, que ajudavam a refrescar o calor da região. Dormimos numa pousada no Rio Sucunduri. Muita chuva naquela noite. Saímos de manhã, com a estrada lisa e em piores condições. Muitos imaginam aquela rodovia plana. Enganam-se, pois relevo da estrada é um sobe e desce constante, com traçado sinuoso em várias microrregiões. O trecho amazonense da Transamazônica é bem mais preservado, com cidades mais distantes entre si e, vez por outra, passando próximo à sedes de fazendas. Era cansativa demais a situação da rodovia antes do KM180, como é conhecido o pequeno distrito (bairro separado da cidade-sede, Município de Manicoré) de Santo Antônio do Matupi, local em que pernoitamos. Daqui em diante, até Humaitá, a estrada piorou expressivamente, sendo que os últimos 50kms foram um grande teste para as Pops. Passaram bem, graças a Deus (obrigado, Sr. Soichiro Honda...). Chegamos à Humaitá e aguardamos a balsa bebendo merecidos refrigerantes gelados. Enquanto isso, assistimos ao pôr-do-sol refletindo dourado nas águas do Rio Madeira. No dia seguinte, ao final da tarde, chegamos a cidade de Lábrea, local onde termina a rodovia BR230, a Transamazônica. Festejamos bastante este momento especial para todos nós, aventureiros. Procuramos uma casa de sucos para podermos experimentar as delícias das frutas regionais. Suco de cupuaçu... simplesmente perfeito! Degustamos tudo isso observando o imenso Rio Purus, um dos principais afluentes que formam a bacia do Rio Amazonas. Saímos de Lábrea logo pela manhã já enfrentando alguns trechos de estrada mal conservada, durante os 185 quilômetros até o entroncamento das BRs 230 e 319. De Pop, este trecho consumiu praticamente toda a parte da manhã. Atravessamos a Balsa do Rio Mucuim. Durante uma parada para descanso à beira da estrada, o Felipe, um morador local, estacionou ao nosso lado espontaneamente e nos ofereceu uma água deliciosamente gelada, para matarmos nossa sede e recarregarmos nossas mochilas camelback. Nossa despedida da Transamazônica foi um almoço legítimo: açaí com farinha, colhido e feito pela D. Lúcia, moradora da comunidade que fica às margens do Rio Ipexúna. D. Lúcia é uma mulher de poucas palavras, mas mesmo assim, muito agradável. Típica de uma palmeira Amazônica, o açaí é uma fruta de grande importância alimentar para os nossos irmãos nortistas. É consumida principalmente acompanhada de farinha de tapioca. Afiem bem a dentadura, pois essa farinha exige força...
BR319, A RODOVIA FANTASMA
Seguimos mais um pouco, até alcançarmos o mítico entroncamento da rodovia Transamazônica com a BR319, a Manaus/Porto Velho, também conhecida como a “Rodovia Fantasma”. Sem nenhuma dúvida, afirmo que estas estradas são as mais desejadas pelos amantes de aventura. O Anderson recolheu uma pá de terra dali, para guardar consigo para sempre, algo para mostrar para os netos. Particularmente, esse foi um dia repleto de bons sentimentos. A volta à “319” mexeu muito comigo. Poder ver novamente aquela placa desgastada me encheu de emoções e trouxe várias lembranças do longínquo ano de 2005, em que ali estive pela primeira vez. Naquela época, Realidade contava com apenas 5 ou 6 habitações, além de um barzinho/mercado extremamente precário. Hoje, tudo mudou, e esse lugar tem acesso à internet, posto de gasolina, oficinas mecânicas, farmácias, etc. Mostrei algumas poucas fotos para a dona do restaurante em que almoçamos. Surpresa, ela disse que o rapaz do mercadinho era seu primo. Me contou que o bisavô dela, que era dono do estabelecimento, havia falecido há cerca de dois meses. Pediu para que eu a enviasse as fotos. Seus olhos se encheram de lágrimas... Na comunidade do Igarapé Realidade, abastecemos com o combustível mais caro da viagem, o litro da gasolina passou dos sete reais. De volta à estrada, agora teríamos Manaus na proa, percorrendo a inóspita BR319, a rodovia que liga nosso país a Manaus. Assim como a Transamazônica, esta estrada também passou por mudanças expressivas da primeira vez em que estive por aqui. Além de encontrar vários pontos de apoio que simplesmente não existiam em 2005 e 2007, também percebemos uma razoável rede de internet nos pequenos bares e pousadas que ficam à beira do caminho, algo impensável no passado. Nessas duas rodovias, houve uma sensível mudança em relação à construção de novos trechos e adequação do leito carroçável. Chegamos a “Fazenda dos Catarinos”, pois queríamos entregar-lhes alguns vídeos da década de 80 em que a família aparecia sendo entrevistada. Um pouco mais à frente, chegamos ao que sobrou do único posto que servia esta rodovia, abandonado há várias décadas. Desde a BR230, a situação do carburador piorava a cada momento, porém, com a ajuda preciosa do Anderson, íamos reparando a moto e ela voltava a funcionar. Passamos por inúmeros bolsões de barro durante o percurso. Nestes, haviam canaletas bastante profundas e com muita água acumulada. A BR se tornava cada vez mais difícil, com muito barro. Tarefa árdua, mas era o nosso objetivo. Infelizmente, os problemas da minha moto estavam se agravando muito. Tentamos consertar por várias vezes, até parar de vez. Pedi ajuda a um grupo de jipeiros que passava por ali. Não vou nem tentar explicar a maneira como, de pronto, nos trataram. Reforço minha fé de que, independentemente do tipo de veículo que você usa, a estrada é mágica, muito mágica. Nossa esperança era conseguirmos reparar minha moto em Igapó-açú, uma pequena comunidade um pouco mais à frente. Porém, ao contrário do que a informação que nos passaram, lá não tinha oficina. Assim, o Anderson teve que pernoitar no local e nossos amigos jipeiros me levaram até Careiro Castanho, onde providenciaria o conserto. Fui invadido por um misto de frustração e preocupação com meu companheiro, que teria que atravessar o restante daquela rodovia sozinho e com problemas na embreagem da sua Pop 110. No dia seguinte, consertei minha moto e fui para um posto à beira da BR, com os olhos grudados na estrada, aguardando ansiosamente o Anderson. Próximo ao meio-dia, ele chegou, e comemoramos bastante. Seguimos para Manaus, onde pernoitamos e, no dia seguinte, compramos as passagens para Santarém/PA.
NA VELOCIDADE DO RIO
Agora estávamos descendo o imponente Rio Amazonas, o maior do mundo em volume de água. Saímos de Manaus com um bom atraso para chegar à Santarém na noite seguinte. A viagem de 740km de barco foi lenta, na velocidade do rio, seguindo seu curso da maneira como ele quer, firme, seguro e inegociável. Embarcados, vários sentimentos afloraram: lembranças, dores, ansiedade, saudades, incertezas, certezas, superação... entre outras tantas. Aqui, fizemos muitos novos amigos, cada um com sua história, sempre interessante. São personagens que acabam traduzindo um mundo bastante diferente. O Anderson, meu companheiro de viagem, é uma pessoa sensacional, amigo, parceiro e leal. Fico muito feliz em poder dividir estradas com ele. Como é lindo e único o encontro das águas dos rios Solimões e Negro. Muito precariamente, havia Internet no barco. Passamos por várias pequenas cidades, com um vibrante e barulhento comércio de produtos regionais presente em cada parada.
A ROTA DAS CASTANHEIRAS
De Santarém, seguimos pela PA370, a Transuruará, que nos levaria de volta a Transamazônica. Meu Deus! Que estrada linda! Margeada pela floresta amazônica, destacam-se castanheiras gigantescas (proibidas de serem derrubadas) por todo o percurso. Após a metade do trecho, as condições da estrada pioraram consideravelmente, com vários "piscinões" de lama, bem profundos. Nossas Honda Pop foram valentes demais! Algumas vezes, atravessamos com a água passando por cima do banco das nossas motos. De Uruará, retomamos a BR230 e chegamos, já de noite, ao início do asfalto, em Medicilândia. Como diz o ditado: “O universo conspira”. Encontramos nosso amigo e grande documentarista do mundo sobre duas rodas, Vantuir Boppre. No dia seguinte, retornamos para nossas famílias, agora com mais histórias, novas experiências de vida e, claro, planejando novas aventuras.
Agradeço primeiro a Deus, por mais essa oportunidade. Sou imensamente grato por não ter nascido com raízes no lugar dos pés. Agradeço à minha família, pelo apoio incondicional de sempre. E também ao meu amigo e valoroso parceiro de viagem, Anderson.
** depois de dois dias embarcados, voltei fã da música paraense (tecnobrega) que era tocada em volume máximo, na área de lazer do barco. Mas não conta pra ninguém, pois isso é um segredo nosso, combinado...
Fonte: Texto Edgard Cotait Fotos Anderson Oliveira e Edgard - Revista Duas Rodas.com.br
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