IPTU
O prefeito da capital Hildon Chaves agiu rápido e suspendeu a cobrança extorsiva do IPTU, após um reajuste desproporcional no cálculo. Foi um desgaste desnecessário porque os assessores na área das finanças levaram o prefeito ao erro e a repercussões políticas negativas.
BARBEIRADA
Um fato que revela toda falta de competência da assessoria do prefeito em relação ao episódio do IPTU é a justificativa dada de que o aumento ocorreu em razão das recomendações do Ministério Público/RO e do Tribunal de Contas do Estado que, em seguida, foi desmentido. Mesmo que todo recuo seja desgaste, mostrou que Hildon Chaves é sensível aos apelos da população e sabe corrigir eventuais equívocos. Uma barbeirada que mobilizou as redes sociais.
EXEMPLO
É um erro primário o prefeito Hildon Chaves insistir com o lenga lenga de que o IPTU da capital é o mais barato do país. O que está sendo contestado é o aumento aplicado no carnê dos munícipes provocando a indignação geral e sem estudos transparentes que justificassem a majoração dos índices. Ainda bem que o prefeito recuou da sandice, mostrando que tem espírito público e tino político. Da última vez que um governante rondoniense insistiu em fazer o mal de uma vez, no caso, Bianco ao demitir dez mil servidores, sem recuo, o final político foi melancólico. Um exemplo ruim que Hildon corrigiu antes que o estrago fosse maior.
FEDERAÇÃO
Partidos que diminuíram o número de parlamentares no Congresso Nacional começam a rearrumar internamente de olho nas eleições municipais de 2024. O PDT, por exemplo, conversa com o PSB visando a formação de uma Federação entre as duas legendas, o que as vincula para as eleições nos próximos quatro anos. As executivas farão a primeira reunião nesta quinta-feira ( 9), com a sinalização positiva dos dirigentes.
VACINAS
A queda nos índices de vacinação é um fenômeno mundial, não apenas em razão dos movimentos ideológicos antivacina e anticiência. Mas é também um problema de comunicação que os municípios, estados e a união negligenciaram. Investir em publicidade institucional para que as pessoas saibam da importância em vacinar, especialmente os filhos, é essencial para que possamos recuperar os índices satisfatórios de vacinação alcançados no país em anos passados. A volta do “Zé Gotinha”, por exemplo, é o retorno a uma campanha publicitária vitoriosa.
PESQUISA
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia apontou que a queda na cobertura vacinal do estado está intrinsicamente ligada à falta de ações publicitárias. Diante da baixa taxa de imunização contra a poliomielite registrada em Rondônia, os pesquisadores investigaram sites e redes sociais oficiais do estado e concluíram que o acesso à vacinação decorre da falta de informação sobre as campanhas de vacinação. O que ainda existe é muito pouco em relação às campanhas de desinformação promovidas pelos grupos extremados contrários às vacinas.
FAKE NEWS
O professor da Unir, Vinícius Miguel, coordenador do estudo, destaca que a maioria dos argumentos favoreceram a um contexto negativo por falta de informação que dificulta o acesso à vacinação. O estudo elencou inúmeros problemas, inclusive fáceis de solução, como informação sobre locais, horários e um calendário para o atendimento público. “Outro problema detectado é a falta de transparência pública sobre a questão, por pura negligência das autoridades em tratar a cobertura vacinal como prioridade”, explicou Vini.
VOLTA
Doenças que estavam completamente erradicadas no país estão voltando exatamente pela negligência das autoridades com a cobertura vacinal. Poliomielite e varíola foram erradicadas, mas voltaram com força pela baixa cobertura vacinal. Não é um problema simplesmente de planejamento, é também a falta de compromisso ao tratar a questão como prioridade nas ações das políticas públicas. A guerra contra as vacinas ocorrida nos últimos quatro anos causou um dano enorme à população, particularmente a infantil, o que era sensatamente esperado, porém os reflexos futuros são incalculáveis.
DESCRIMINALIZAÇÃO
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, saiu em defesa da descriminalização das drogas. Ele sustenta que é um problema que deve ser tratado como saúde pública e não penal. É um tema polêmico que exige cautelas porque tem um conteúdo político intrincado, além da complexidade dos estudos sobre o tema. Embora seja uma questão que merece estudos do ponto de vista terapêutico, o momento político não é conveniente para iniciar o debate uma vez que suscita discussões que extrapolam a racionalidade.
BELINGERÂNCIA
Ao que parece os petistas ainda não perceberam que o momento é de conflagração política e temas com apelos extremados conspiram contra o governo. Lula precisa de tempo para arrefecer os ânimos e tranquilidade para que as ações na área econômica surtam efeitos. Em tempos beligerantes, qualquer ruído na política provoca uma combustão. Temas como descriminalização das drogas neste momento é nitroglicerina pura.
CÉUS
Há no céus de Rondônia nuvens se formando. Resta saber o dia que a tempestade cai.
Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho - RO.
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