Nos anos 1970 a Honda produziu por apenas três anos uma CB 400 de 4 cilindros, que é xodó de apaixonado pela marca
Na década de 1970 a Honda CB 750 com seu motor de 4 cilindros era uma unanimidade como sonho de consumo. O motor multicilíndrico e seu ronco peculiar se tornaram tão desejados que a marca aplicou o mesmo conceito a diferentes faixas de cilindrada, primeiro na CB 500 de 1971 (depois atualizada como 550) e, quatro anos depois, estreou a menor 4 cilindros do mundo: CB 400 Four.
Muito diferente das irmãs 750 e 500, a 400 tinha personalidade própria. Era uma moto de pequeno porte fácil e prazerosa de ser pilotada, com design moderno e mais esportivo. Estreou a 6ª marcha na linha CB e vinha com guidão baixo, tanque de cor única com linhas retas, menos componentes cromados, o primeiro escapamento 4x1 da família CB e banco terminando ao estilo café racer.
Quando comparada à CB 500, a “Baby Four” tinha peso inferior em mais de 10 kg e a roda dianteira de menor diâmetro (18 polegadas em vez de 19) potencializava a agilidade nas mudanças de direção. “É uma moto versátil e fácil de pilotar, meu número!”, conta o proprietário Rodrigo “Magrão". “Comprei de um amigo e passei dois anos restaurando, tudo foi jateado e remontado com peças japonesas originais.”
A moto de Magrão é uma 1975 azul, único ano em que foi produzida com esta cor como opção à vermelha. Tinha exatos 408cc para exportação a mercados como o Brasil, embora no Japão o motor tivesse 398cc para se enquadrar na legislação local de habilitação para motos médias (não pode passar de 400cc). Na versão para o mercado global rende até 37 cv e era o modelo imediatamente superior à CB 360 de 2 cilindros.
A saída de linha da CB 400 Four apenas três anos depois da estreia e a peculiaridade do motor de 4 cilindros compacto a tornaram xodó de colecionadores como Magrão. “Aos 15 anos comprei uma minimoto Honda ST-70 em mau estado, desmontei e restaurei inteira. Peguei gosto pela marca, continuei comprando outros modelos e não parei mais.”
A 400 tem lugar especial na coleção ao lado das outras CBs de 4 cilindros e modelos Honda de diferentes cilindradas, totalizando mais de cem motos – algumas raras até no exterior e importadas por ele para integrar uma coleção que planeja abrir ao público no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP).
Fonte: Revista Duas Rodas.
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