"Anjo da guarda" eletrônico evita quedas em reta e curva, aceleração e frenagem
O primeiro freio ABS numa moto estreou no final dos anos 1980, na BMW K100, fornecido pela também alemã Bosch. Era um sistema antitravamento de roda avançado na época, mas ainda longe do patamar de evolução eletrônica atual.
Agora o controle de estabilidade MSC (Motorcycle Stability Control), que também é uma tecnologia da Bosch, é a base para várias funções eletrônicas que estrearam nas motos nos últimos anos. Para ter o controle de estabilidade a moto precisa do sistema ABS instalado nas duas rodas e da unidade de medição inercial IMU, que monitora aceleração e ângulos de inclinação.
O MSC analisa quase cem vezes por segundo os dados de aceleração, de ângulos de inclinação e de entrega de torque, e pode atuar em situações críticas de risco de queda em frenagem, aceleração, linha reta ou curva.
O controle de estabilidade atua com a função ABS para evitar o travamento da roda distribuindo a força de frenagem entre dianteira e traseira, também ajusta o torque entregue à roda traseira para impedir o deslizamento numa curva e até corrige o levantamento da moto se acontecer no meio da trajetória, assegurando o contorno do traçado até o fim.
Com o sistema MSC foram surgindo mais funcionalidades nos últimos anos, como o controle de tração em curvas; os controles de levantamento das rodas dianteira, na aceleração, e traseira, na frenagem; o Hill Hold, que ajuda na partida em subida sem deixar a moto voltar para trás; e a novidade mais recente nas tecnologias de assistência e segurança ao piloto, que é o controle de velocidade de cruzeiro adaptativo ACC.
O ACC já chegou a modelos como Ducati Multistrada V4, BMW R 1250 RT e KTM 1290 Super Adventure usando a tecnologia de radar, que monitora outros veículos à frente da moto e reduz a velocidade automaticamente em caso de aproximação frontal. Quando há o radar instalado na traseira o ACC alerta o piloto que não percebe um veículo no ponto cego do retrovisor, antes de uma mudança de faixa. É a função conhecida como Blind Spot Detection.
Na evolução dos sistemas eletrônicos de segurança nestas últimas décadas foram ficando cada vez mais úteis, refinados e sutis na atuação. Tão sutis que na maioria dos casos nem conseguimos perceber que o “anjo da guarda” eletrônico deu uma ajudinha. Assim a pilotagem pode ficar mais concentrada na pista, mais relaxada e prazerosa.
Fonte: Revista Duas Rodas.
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