Guerra põe em risco e em alerta não só a população civil dos envolvidos, mas a de toda a humanidade
Vladimir Putin, presidente da Rússia, deflagrou ataque contra a Ucrânia
A história nos ensina que a primeira vítima de uma guerra é a verdade. Os países envolvidos em um conflito divulgam narrativas antagônicas no afã de ganhar o apoio da opinião pública mundial e incentivar suas forças militares.
A recente invasão da Ucrânia pela Rússia não é uma exceção. O mundo acompanha estarrecido os acontecimentos que muitos acreditavam pertencer apenas ao passado. Ledo engano. Os noticiários recentes mostram que a força das armas ainda é um argumento poderoso, ainda que perigoso, uma vez que coloca frente a frente dois grupos de nações providas de arsenais atômicos. Isso põe em risco e em alerta não só a população civil dos envolvidos, mas a de toda a humanidade. Em uma guerra nuclear, o grande perdedor é a humanidade como um todo.
As potências ocidentais afirmam que a Ucrânia é um país independente, democrático, e que, por isso, tem o direito de decidir sobre o seu próprio destino. Se deseja se juntar a uma aliança ocidental, liderada pela Otan, tem o direito de fazê-lo. Outras ex-repúblicas satélites da antiga União Soviética já aderiram ao pacto sem que houvesse uma reação como a que sofre agora a Ucrânia, como os países bálticos. Bases da Otan foram instaladas no território dessas repúblicas sob a alegação de que elas se sentem mais protegidas do que chamam de ameaça de expansão da Rússia.
As represálias anunciadas, sob a liderança dos Estados Unidos, são desencadear uma série de medidas econômicas e financeiras que vão atingir a economia russa e levar a uma decisão diplomática e pôr fim ao conflito. A economia mundial já sentiu os efeitos da guerra, com as Bolsas do mundo fechando em baixa, o rublo sofrendo uma desvalorização histórica e os investimentos em compasso de espera. O barril de petróleo passou a barreira dos 100 dólares, o que vai afetar a economia de vários países, entre eles o Brasil.
Agora o outro lado.
Para os russos, a adesão da Ucrânia à Otan ameaça a segurança nacional. Apelos diplomáticos feitos pelo Kremlin não foram considerados, e as negociações pararam. A situação se agravou em meio a ataques de forças ucranianas contra o leste do país, e declarações do governo dão a entender que a Ucrânia poderia renunciar ao seu status de não nuclear. Por isso a invasão.
Há uma esperança no mundo de que sejam reabertas as ações diplomáticas entre os envolvidos e a situação seja resolvida sem que civis e militares percam a vida. É o bom senso. Se isso vai ou não acontecer, os próximos dias vão dizer.
Fonte: Heródoto Barbeiro é jornalista do R7, Record News e Nova Brasil FM.
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