O uso que você faz da moto define quais equipamentos de segurança são os mais indicados
Escolher os produtos corretos vai te deixar mais confortável e até facilitar a pilotagem em algumas situações. Então vamos mostrar como montar os conjuntos de capacete, jaqueta, calça, botas e luvas com as características certas para três ambientes: urbano, rodoviário e uso esportivo.
Começando pelo ambiente que é mais comum, onde quase todos os motociclistas circulam, que é dentro da cidade. Se esse tipo de uso predomina no seu caso, um ponto fundamental é a ventilação por causa das velocidades baixas e do tempo parado no trânsito.
Prefira capacetes com passagens de ar abaixo e acima da viseira que possam ser fechadas e abertas dependendo do clima. Viseira com abertura por estágios é outro recurso que facilita o controle numa parada de semáforo, por exemplo. E o forro removível é sempre aconselhável para ser lavado periodicamente, em especial nesse tipo de uso em que é normal suar mais e receber fumaça dos veículos à frente.
As jaquetas para uso urbano têm corte mais curto no quadril e são acompanhadas de luvas de comprimento menor. Aplicações de tela perfurada ou zíperes para controle de ventilação na jaqueta e na calça também ajudam bastante. Para ter mais versatilidade no uso você pode procurar peças com forro removível, que pode ser usado por dentro em dias de temperatura menor.
As botas podem ter cano mais curto se você preferir, mas o comprimento precisa ser suficiente para cobrir o tornozelo e proteger a canela. Proteções ou reforços que aumentem a rigidez devem ficar nas regiões do calcanhar, tornozelo e parte frontal. E uma aplicação de camada extra na frente aumenta o conforto dos dedos, a aderência ao pedal de câmbio e reduz o desgaste da bota. Botas sem língua e sem cadarço resistem melhor à entrada de água e evitam que o calçado fique preso à pedaleira ou corrente da moto.
Se você usa bastante a moto na estrada e em viagens mais longas, vale a pena considerar outro tipo de equipamento. A jaqueta é mais comprida na cintura e pescoço para diminuir a entrada de vento e chuva, luvas também têm mais comprimento para cobrir a abertura na manga da jaqueta.
Um conjunto impermeável com forro removível é o mais indicado para te ajudar a ajustar a temperatura e enfrentar uma situação de chuva, que são surpresas comuns numa viagem. Outro item que precisa se adaptar às diferentes situações de uma viagem é a viseira do capacete, que no uso rodoviário sempre deve ser cristal – fumê ou espelhada diminui a visibilidade à noite. Uma boa solução é a viseira interna fumê escamoteável, para evitar luminosidade em excesso só quando for necessário.
Viseiras com pelo menos 1,5 mm de espessura, e idealmente mais de 2 mm, são mais seguras para proteger os olhos do impacto de insetos ou pequenas pedras lançadas pelos pneus dos veículos à frente. O cano alto da bota também é importante para proteger a perna de impactos contra qualquer objeto em velocidades mais altas, além de diminuir bastante a passagem de vento e frio por dentro da calça.
Quem faz um uso rodoviário esportivo e gosta de velocidades mais altas precisa de atenção a alguns detalhes diferentes nos equipamentos. O ponto principal é procurar equipamentos que protejam mais de impactos e abrasão em caso de deslizamento pelo asfalto. O couro é um material mais resistente e pode ser o tecido das peças inteiras ou de aplicações em áreas críticas, que costumam ter mais contato numa queda. Luvas podem ter uma camada de tecido adicional na palma da mão e costuras duplas, mais resistentes. As proteções nas articulações também precisam ser mais resistentes, incluindo uma proteção rígida no punho.
Por fim, as botas para um uso esportivo devem ser mais rígidas, resistindo à dobra ou distensão do bico. Outro ponto importante é a proteção nas inclinações em curvas de alta velocidade, por isso deve ter raspadores nas pontas – que protegem, sem danificar o tecido do calçado.
Fonte: Revista Duas Rodas
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