quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

ROBSON OLIVERIA - Resenha Política

DEVASTAÇÃOEsta coluna já havia alertado que o setor agrícola, pecuário e madeireiro, de Rondônia, acabaria sofrendo boicote em seus produtos no mercado europeu caso não adotasse medidas de contenção à devastação ambiental. Lembro que na época um pecuarista abordou este cabeça chata para criticar o alerta dado na coluna. O boicote aos produtos oriundos da Amazônia é uma realidade e a tendência é que seja estendido por outros continentes.

COMMODITIESEmbora os preços das commodities sejam fixados pelas leis da oferta e da demanda no mercado internacional, há uma produção que a compõe em larga escala. As carnes argentina, uruguaia, australiana, americana e escocesa são também competitivas e tentam ocupar espaço comercial que os produtos brasileiros alcançaram.


NEGACIONISTASPorém, o uso indevido do solo amazônico com aumento do desmatamento para a exploração desses produtos fará com que os mercados consumidores busquem outras alternativas para forçar o Brasil a respeitar os tratados internacionais sobre as questões climáticas e preservação do Meio Ambiente. Não adiantará em nada nossos produtores ficarem revoltados porque vão ser compelidos a se enquadrar para voltarem a competir no mercado internacional. O eco dos gritos que escutamos é da defesa ambiental e não do histerismo negacionista do nosso agronegócio.


GARIMPAGEMA exploração aurífera no leito do Rio Madeira conseguiu deixar um enorme prejuízo ambiental para as futuras gerações, apesar dos especialistas na área alertarem para os danos ambientais, sociais e econômicos que o setor provoca, parte de nossas autoridades, por pura demagogia, estimulam os garimpeiros a continuarem explorando a atividade.


POLÍTICASOs registros majoritários desta atividade de garimpagem ilegal são devastadores para a sociedade, além do prejuízo com a sonegação que o setor costuma operar, a violência se instala. Nos últimos três anos, são crimes perpetrados com mais intensidade em razão do desmonte das políticas afirmativas que compatibilizavam o desenvolvimento com a preservação e por revogação de leis voltadas a normatizar o setor com racionalidade e tecnologia.


VACILOO governador Marcos Rocha demorou para exonerar um auxiliar de farda por denúncia supostamente de assédio sexual. São crimes que exigem soluções rápidas e precisas para a proteção da vítima, especialmente quando o suposto autor ocupa cargo de tamanha relevância e que comanda aqueles com a missão constitucional de manter a paz e o cumprimento da lei. Uma demora vacilante, mas antes tarde do que nunca. 


PAVÃOComo a coluna havia antecipado há duas semanas, o senador Marcos Rogério assumiu a direção regional do PL defenestrando do posto o ex-deputado federal Luiz Cláudio. Após a rasteira, o ex-deputado deixa o PL e vai aguardar passar as festas do final do ano para definir o caminho a seguir. À coluna Luiz Cláudio avisou que Marcos Rogério está fora dos seus planos para governador e que a postura arrogante do senador é hoje seu maior adversário.


REFLEXOApesar de Rondônia ser um estado agrícola e com uma predominância política mais conservadora e que votou maciçamente na última eleição nacional em Bolsonaro, as primeiras pesquisas de final de ano que a coluna conseguiu acesso indicam que os ventos começam a mudar com Lula ganhando terreno. Bolsonaro ainda é bem avaliado em Rondônia, mas não é mais a quase unanimidade das eleições de 2018. Pode ser reflexo da realidade nacional e, a continuar o vento soprando em favor do petista, o reflexo na eleição estadual é bem possível que levante a poeira e embace os candidatos a governador partidários do presidente. Os Marcos que se cuidem...


CAMPANHA Faltando menos de um ano para o primeiro turno das eleições, o governador Marcos Rocha tem anunciado a construção de unidades de saúde na capital e interior como forma de dar visibilidade a sua candidatura à reeleição. São obras fundamentais para a população. O maior desafio é concluir parte destas obras e colocá-las à disposição do cidadão antes do segundo turno, senão será um tiro no pé. Obras inacabadas são ótimos cabos-eleitorais para a oposição. Em Guajará, por exemplo, há um hospital construído e que não está funcionando conforme projetado.


SEM-VERGONHICEOs membros da bancada federal que votaram favoráveis à destinação de 5,7 bilhões  dos recursos públicos para serem torrados nas próprias campanhas eleitorais deveriam ser rejeitados nas urnas. É uma ignomínia a aprovação de um fundão bilionário enquanto brasileiros estão passando fome. Marcos Rogério (PL), Mariana Carvalho (PSDB), Jaqueline Cassol (PP) e a senadora sem votos Maria Eliza (MDB) deveriam ser banidos nas urnas pelo eleitor. Todos aprovaram esta sem-vergonhice bilionária e todos presidem as respectivas legendas e serão responsáveis pela distribuição da grana. Votaram contra: Coronel Chrisóstomo (PSL), Léo Moraes (PODEMOS), Expedito Neto (PSD), Mauro Nazif (PSB), Sílvia Cristina (PDT) e Acir Gurgacz (PDT).


ENERGISAPara minimizar os efeitos da carestia que assola os mais desfavorecidos, a Energisa entregou vinte e sete toneladas de alimentos nos últimos dias a pessoas em situação de vulnerabilidade, inclusive em comunidades indígenas. Lançou também o programa “Descarbonômetro”, destinado a monitorar a redução de gases de efeito estufa. A ferramenta permite acompanhar o resultado do maior programa de desligamento de termelétricas do país, em curso na Amazônia. São ações desta natureza que as maiores empresas sediadas no estado deveriam adotar porque unem a solidariedade com a preservação ambiental.


MARCOMais de cem mil famílias estão inscritas na tarifa social de energia. A quantidade é quase o triplo de quando a Energisa assumiu a concessão há três anos. Tais políticas adotadas pela empresa revelam que começa a mudar de atitude em relação aos rondonienses, uma vez que ao assumir o setor no estado foi alvo de muitas críticas pela forma avassaladora com que tratou os consumidores de Rondônia. É uma mudança substancial que melhora a imagem da empresa e prestigia o consumidor mais carente.



Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO.










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