Após várias assembleias virtuais realizadas ao longo de três dias, os trabalhadores da educação de Rondônia decidiram não retomar as aulas presenciais marcadas pelo Governo do Estado para o próximo dia 9. O movimento "Greve Sanitária" começa a partir da próxima segunda-feira (2).
Segundo informou o Sintero, a decisão é válida em todas as localidades onde houver convocação da categoria para voltar as atividades presenciais. A categoria defende a continuação da oferta do ensino remoto aos estudantes rondonienses.
A principal reivindicação é que as aulas presenciais retornem somente a partir do dia 15 de outubro, quando os trabalhadores em educação estiverem imunizados com a 2ª dose e/ou dose única das vacinas e com a preservação do prazo para garantir maior eficácia contra o vírus”.
Os profissionais reivindicam ainda adequações nas estruturas físicas das escolas, com cumprimento dos protocolos de biossegurança, orientados pelas autoridades sanitárias que atuam no combate à Covid- 19 e, que incluem manutenção dos ambientes ventilados, distanciamento social respeitando a distância mínima de 1,5 metros entre as mesas e cadeiras, limpeza constante de móveis e superfícies das escolas, entre outros. A decisão dos trabalhadores baseia-se também no número insuficiente de técnicos educacionais que garantam a higienização antes e após utilização dos banheiros e bebedouros, conforme orienta o MEC.
O Sintero informa que defende fiscalização nas instituições de ensino de todos os municípios, antes do retorno presencial, com manifestação dos órgãos competentes para que atestem se o ambiente educacional tem condições de receber toda a comunidade escolar sem oferecer riscos à saúde. “A mesma defesa é feita quanto ao transporte escolar, que deve ser vistoriado pelo Detran até o dia 15 de agosto. O Sintero solicita maior publicidade do Poder Público quanto ao resultado das inspeções, de forma que seja indicado se a frota dispõe dos equipamentos de segurança obrigatórios e sanitários no interior dos veículos.”
Durante as assembleias, os trabalhadore relataram que há uma alta expectativa e desejo pelo retorno presencial, “pois são inúmeros os desafios referentes ao ensino remoto devido à falta de estrutura que nunca foi oferecida pelo Poder Público, sem mencionar os prejuízos financeiros ocasionados pela necessidade de aquisição dos equipamentos tecnológicos e aumento das despesas domésticas como energia elétrica e internet, que continuam sendo custeados unilateralmente pela categoria. No entanto, os profissionais da Educação mantêm sua posição para que o retorno presencial seja efetivado com condições mínimas de segurança, o que implica a completa imunização e respeito aos protocolos sanitários nas escolas. “
Após deliberação aprovada em assembleias, o Sintero protocolou a notificação à Secretaria de Estado da Educação. E continua orientando aos trabalhadores/as em Educação a não atenderem às convocações para o planejamento do retorno presencial nas instituições pública de ensino, a partir da segunda-feira (2).
“Após enumerarmos todas as nossas reivindicações, os/as trabalhadores/as em educação de todas as Regionais deliberaram em favor da greve sanitária por considerar o momento inoportuno ao efetivo retorno das aulas presenciais. Percebemos durante as assembleias, que nossos companheiros e companheiras estão ansiosos para voltar aos seus postos de trabalho, até porque as condições dadas para atuarmos remotamente foram inexistentes. No entanto, reivindicamos requisitos básicos para preservação da saúde e bem estar a todos os membros da comunidade escolar”, disse Lionilda Simão, presidente do Sintero.
Fonte: Da Redação - Rondônia.agora.com
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