quinta-feira, 29 de julho de 2021

PROFESSOR NAZARENO - O Centrão é bolsonarista



O governo de Jair Bolsonaro praticamente já acabou. Estamos diante de um dos maiores estelionatos eleitorais do Brasil. O eleitor do Bolsonaro foi enganado, embora hoje disfarce a vergonha. O “Bozo” se elegeu em 2018 prometendo dentre outras coisas acabar com o Centrão, aquele grupo de deputados fisiologistas que só pensam em verbas e estão se lixando para o Brasil e para o eleitor. O presidente, seus filhos e muitos dos seus seguidores prometiam solenemente que o “toma lá, dá cá” seria coisa do passado. “A partir de agora, vamos mudar o jeito de se fazer política neste país”, diziam mentirosamente os candidatos bolsonaristas. “Se gritar pega Centrão (ladrão), não fica um, meu irmão” era a música que o general Augusto Heleno, aliado de primeira hora e integrante graúdo do governo Bolsonaro, gostava de cantar sorrindo há três anos.

Mas hoje, com medo de perder o apoio na Câmara dos Deputados, o governo de Jair Bolsonaro traiu mais essa promessa de campanha, enganou seus eleitores e não só vendeu a alma ao diabo como também entregou o “coração do poder” aos deputados do Centrão. A Casa Civil foi entregue “de mão beijada” ao PP, Partido Progressista. O deputado federal Ciro Nogueira do Piauí, que antes já havia chamado Bolsonaro de fascista, é agora o novo ministro da pasta. E o “Bozo” estava certo: o Centrão representa tudo de ruim que existe na política do Brasil. Desde a longínqua era de 1930, ainda com Getúlio Vargas, os políticos integrantes dessa ala corrupta e fisiologista, cuja ideologia maior sempre foi o dinheiro público, sempre mandaram nos destinos sociais e políticos do país. Em 1964 golpearam a democracia e continuaram mandando até nos militares.

O Centrão esteve também ao lado do PT e vários de seus integrantes foram ministros do Lula, da Dilma e depois do Michel Temer. Quem foi que em 2016, quando ficou de “saco cheio com a Dilma e com o PT”, deu um golpe na então presidenta? Da Ditadura Militar passando pela Nova República, pelo governo de Fernando Collor e também pelo governo neoliberal de FHC quem sempre deu as cartas foi o Centrão e seus integrantes. Apesar de tudo de ruim que ele representa, sempre esteve no centro do poder. Banqueiros, empresários, industriais, latifundiários, donos das redes de comunicação, agropecuaristas são os donos do Brasil. Ingenuamente, ou até mesmo de caso pensado, o “Bozo” durante sua campanha disse que ia quebrar essa hegemonia, mas hoje com os milicos e tudo teve de recuar e, para salvar os dedos, entregou os anéis.

A nossa política é dominada pela elite, que sempre a usa para manter seus privilégios. Marcos Rocha, governador de Rondônia, Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho, os deputados estaduais e federais, os senadores, os vereadores, o STF, todos eles com raríssimas exceções, representam essa casta endinheirada e tudo farão para deixar “os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos”. O agronegócio brasileiro, por exemplo, todo ano bate “recorde em cima de recorde” na produção de alimentos, mas a fome no país aumenta todo dia. Só em 2021 são mais de 19 milhões de famintos. O Centrão e seus políticos permitem que nossas escolas sejam de péssima qualidade, não investem nos serviços públicos básicos, nos esportes e até “doam” ossos para os mais pobres “comerem”. Com medo, o “Bozo” já disse que é do Centrão, emudeceu e se acovardou. E Lula só será o próximo presidente se esse Centrão permitir


Fonte: Professor Nazareno / Porto Velho-RO.




COMENTÁRIO DO BLOG:  Não tem jeito, "eles" são todos iguais. Não sobra ninguém. Lamentável.




Um comentário:

Anônimo disse...

E ainda teve descelebrados que acreditaram na nova política.kkk

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