terça-feira, 8 de dezembro de 2020

VÍDEO: POR QUE VOCÊ DEVE AJUSTAR A SUSPENSÃO DA SUA MOTO

 

Maioria dos modelos permite algum tipo de regulagem, que pode mudar (para melhor) o comportamento da moto



Ajuste de suspensão não serve só para pilotos em busca de mais performance e velocidade. A suspensão bem ajustada garante mais estabilidade, contato do pneu com o solo e prazer na pilotagem.

Afinal, por que precisamos ajustar a suspensão? Na maioria dos modelos, pelo menos o amortecedor traseiro pode ser ajustado na pré-carga da mola. As fabricantes costumam entregar as motos com uma regulagem intermediária, considerando um motociclista de mais ou menos 70 kg, mas a regulagem padrão pode não ser a melhor para você. 

Cada motociclista leva uma quantidade de carga na moto, que pode ser só o próprio peso, ou mais que dobrar com garupa e bagagem. Numa moto de 150 kg o piloto pode representar metade disso, e com garupa praticamente o mesmo peso da moto passa a estar em cima dela. Isso muda completamente o comportamento das suspensões.

O ajuste da pré-carga fica numa rosca na extremidade do amortecedor, que ao ser girada com uma chave específica do jogo de ferramentas da moto muda a compressão da mola. Em alguns modelos esse ajuste pode ter ajuda hidráulica para ser feito com a mão girando um registro, ou até ser elétrico, por botões e painel. 

Na posição 1 a mola está menos comprimida, e quanto mais peso for levar na moto, o ideal é comprimir mais a mola para que não haja oscilação excessiva nas variações do piso. Para chegar ao ajuste ideal, só mesmo avançando aos poucos na regulagem e saindo para testar como a moto se comporta. 

Em modelos a partir de 500cc vendidos no país, a regulagem de pré-carga da mola também pode ser encontrada no garfo dianteiro. Dependendo da suspensão, só é preciso apertar em sentido horário para comprimir a mola de um dos cilindros – quando o garfo é do tipo que tem funções separadas de cada lado. 

Se houver parafuso de pré-carga dos dois lados, como na Honda CB 500, por exemplo, é preciso repetir o mesmo número de voltas do outro lado para garantir um funcionamento equilibrado. O manual do proprietário deve indicar quantas voltas podem ser dadas entre os ajustes mínimo e máximo.  

O funcionamento da suspensão dianteira é crítico para a dirigibilidade da moto. Se estiver instável ou imprecisa na cópia do asfalto, ficará mais difícil seguir a trajetória desejada, ter uma boa sensibilidade do contato do pneu com o asfalto e frear com estabilidade.

Compressão e retorno

Suspensões mais sofisticadas permitem fazer os ajustes hidráulicos na compressão e no retorno, mudando a velocidade do fluxo do fluido dentro do garfo ou do amortecedor. São ajustes separados porque atuam em situações diferentes. 

Se você perceber que a suspensão está trabalhando demais em qualquer ondulação, muito “mole”, chegando ao final de curso com facilidade, é sintoma de que é preciso reduzir a velocidade da compressão. Também não pode “mergulhar” demais nas frenagens ou afundar demais nas acelerações, porque essa transferência de carga entre os eixos dificulta o controle da moto.

O excesso de rigidez, por outro lado, também traz desconforto, trepidação transmitida para as mãos e dificulta o controle da direção. Em uma sequência de ondulações, por exemplo, a suspensão pode não ter tempo de absorver o primeiro impacto e retornar para absorver o próximo.     

Por fim, a velocidade de retorno da suspensão à posição original depois da compressão é responsável por manter o pneu em contato com o asfalto. Se o retorno for lento, o pneu perde contato e tração. Mas se a suspensão se estender muito rápido depois de uma ondulação, pode empurrar o motociclista da posição de pilotagem e atrapalhar o controle da moto. 

Por isso é importante ir ajustando aos poucos, um ou dois cliques por vez, e testar no trajeto ou tipo de piso em que a moto é mais usada até chegar aos ajustes ideais. A regulagem de suspensão muda as reações da moto, e é importante que ela esteja personalizada para te proporcionar mais prazer e segurança.

Fonte: Revista Duas Rodas.




 

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