Ela é maquiadora profissional, professora de Muay Thay, criadora de conteúdo e, claro, motociclista – não necessariamente nessa ordem. Quem acompanha de perto a cena do motociclismo brasileiro, certamente já deve ter esbarrado – ainda que virtualmente – com essa moça de Arapongas radicada em Londrina, de olhos claros, cabelos loiros e sorriso amplo, afinal, Vanessa Faria conta com 143 mil seguidores só em seu Instagram.
Sua simpatia e seu jeito brincalhão, conferiram-lhe uma natural intimidade com as câmeras, o que fez com que suas participações em vídeos de canais de amigos lhe rendessem incentivos para que tivesse o seu próprio – e assim nasceu o “Vans 883”, canal no You Tube que criou a partir de seu apelido, onde ela fala de carros, motos, maquiagem, muay thay, lifestyle e, claro, de motociclismo feminino, onde já soma outros 61,3 mil seguidores.
Sempre que tem oportunidade, Vans não perde a ocasião para exercer um outro papel que se amarra: a de ativista. Não, não no sentido radical ou xiita da palavra, mas sim, buscando por meio do seu exemplo e de suas palavras, incentivar e empoderar aquelas que gostariam de pilotar, mas que sentem-se receosas ou até mesmo, intimidadas.
Fazendo parte dos movimentos #elaspilotam, Pilote Como Uma Garota, Aceleradas, elas pilotam, Com Elas de Moto, Vanessa Faria está sempre buscando transferir para outras mulheres não apenas o entusiasmo que sente quando anda de moto, mas também, mostrar a elas como o motociclismo pode ser a porta de entrada para um universo repleto de amizade, oportunidades, companheirismo, alto astral e até mesmo, de apoio.
“Tenho amigas – e eu sou uma delas – que o motociclismo nos ajudou em fases difíceis de nossas vidas”, revela.
Que responsa…
A paixão pelas duas rodas surgiu quando acompanhava os primos, pilotos de motocross, em suas corridas; os tios também tinham motos e ela cresceu mergulhada neste universo que a fez se apaixonar ao ponto de hoje, sua vida gravitar em torno da moto.
Recentemente foi convidada para assumir mais um papel: a de embaixadora da Pro Tork. E acha que ela se intimidou? “Sei da história deles e por ser a maior empresa de moto peças da América Latina e a maior produtora de capacetes do mundo, fiquei pensando: ‘caramba que responsa!’, mas creio que se me escolheram é porque gostam do meu jeito e do meu conteúdo e estou encarando de forma natural, sendo como sempre fui e curtindo o motociclismo”, garante.
Embora reconheça que o machismo ainda seja presente no meio, ela só pede uma coisa: respeito.
“Vejo atitudes tristes, machistas, sim. Ainda escuto frases que tentam nos por para baixo como ‘nossa, por ser mulher você é boa’, ou ‘cuidado que é mulher’, mas já estamos passando de moto com tudo por cima disso; não temos que competir com homens. Jamais, pelo contrário, muitos me ajudam. Eu vivo no meio de homens que me treinam e me respeitam muito; não se trata disso, mas exigimos nosso direito que é respeito”, finaliza.
Inserções em imagens
Um comentário:
Bacana sim...
Porém acho que devem manter a feminilidade...nao se vestir como os homens....de forma tão agressiva.
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