Modelo dobrável foi projetado para caber no porta-malas dos automóveis
O ano de 1973 foi marcado pelo início de uma recessão, causada pela Crise do Petróleo, que deixaria um legado positivo ao mundo. A racionalização dos veículos no tamanho, uso de matérias-primas e consumo de gasolina.
Foi a época em que os veículos baratos e econômicos da Honda, em duas e quatro rodas, ganharam o mundo. A ST 70 foi um belo exemplo dessa mudança de conceitos.
Fabricada no Japão a partir de 1969 e importada pelo Brasil durante a primeira metade dos anos 1970, era herdeira da minimoto Z50 Monkey originalmente projetada para crianças anos antes.
As diferenças fundamentais da ST 70 eram o chassi de aço estampado em vez de tubular, que já embutia o tanque de gasolina, rodas maiores de aro 10 polegadas em vez de 5, com pneus de perfil alto para uso misto e uma ergonomia projetada desde o princípio para um adulto.
Nem todos os países permitiam o emplacamento da ST 70 para rodar em vias públicas, mas o modelo era muito mais do que meio de transporte para curtas distâncias.
Seu caráter portátil, com os guidões dobráveis para baixo e a frente facilmente removível girando uma manivela para soltar a caixa de direção, permitia que pudesse ser transportada no porta-malas de um carro para acompanhar o dono em viagens de lazer.
Vinha equipada com um pequeno motor de 72cc posicionado na horizontal, câmbio rotativo de 3 marchas e embreagem automática, simples de conduzir como na Honda Biz atual.
A potência máxima de 5,2 cv a 8.000 rpm e o torque de até 0,5 kgf.m a 7.000 rpm bastavam para a diversão com seus módicos 65 kg. A ST também teve versões 50 e 90, e hoje é reproduzida por fabricantes na China ou mesmo restaurada para “swap” com motor 125cc e câmbio de 4 marchas da Biz.
A própria Honda reviveu o conceito das Z50 e ST 70 ao relançar minimotos urbanas para adultos nos últimos anos, como a Grom e a retrô Monkey 125.
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