É
um país rico, que poderia nadar em dinheiro, não fosse a corrupção
desenfreada e a burrice, incompetência e decisões ideológicas de muitas
das suas autoridades e governantes. Nossas riquezas esvaem-se entre
nossos dedos, sem que o povo brasileiro, verdadeiro proprietário delas,
tenha qualquer benefício. Desde Serra Pelada, um fenômeno do início dos
anos 80, no Pará, que em três anos retirou da terra mais de 45 toneladas
de ouro puro, com parte transformada em impostos, nada mais foi feito
para que toda a Nação fosse beneficiada por tantas riquezas que nos
levam, sem que tenhamos delas qualquer proveito. No rio Madeira,
centenas de garimpeiros trabalham, a maioria à noite, escondida, mas
muitos em plena luz do dia, com dragas e balsas, retirando uma média de
200 quilos de ouro por mês, faturando aos valores de hoje algo em torno
de 29 milhões de reais (ou perto de 353 milhões de reais/ano), sem que
um só centavo fique para os cofres do Estado e da União. Os boçais
preferem manter seus discursos e ficar com a destruição ambiental, do
que criar uma estrutura legal, controlada, com os sofres públicos sendo
preenchidos com milhões e milhões em impostos, que resolveriam
praticamente todos os nossos problemas. Agora, surge mais uma espécie de
“Serra Pelada” no Mato Grosso, a quase 900 quilômetros de Cuiabá, com
dezenas de garimpeiros (que logo serão centenas e até milhares)
acorrendo para lá, já que a descoberta é de pepitas enormes, com pureza
de quase 99 por cento. Muita gente vai ficar rica, mas quando for
embora, depois de tirar todo o ouro que puder, restará apenas destruição
e nada mais. Enquanto permanecerem as leis atuais, criadas a partir do
aparelhamento ideológico do Estado, os contrabandistas e aventureiros
ficarão ricos, enquanto nosso país e seu povo, donos de tudo, ficaremos
de bolsos vazios.
Há
um pequeno fio de esperança de que essa situação absurda e doentia
acabe, a partir do governo de Jair Bolsonaro. Quem sabe ele não
modificará essa besteira ideológica e passará a pensar no Brasil,
permitindo a garimpagem controlada pelo Estado, para proteção do meio
ambiente, com pagamento de impostos e, no caso dos índios, donos da
terra onde existe a maior mina de diamantes do país (na Reserva
Roosevelt, em Espigão do Oeste), com justo royalties, para permitir que
eles tenham uma vida digna? Há quem afirme que só o resultado da
exploração legalizada dos diamantes de Roosevelt, totalmente controlada,
com rígida fiscalização, com rigoroso comando estatal, Rondônia se
transformaria numa terra com um dos melhores IDH do Planeta. Mas para os
ideólogos, amigos de ONGs internacionais, que apenas defendem os
interesses dos seus países; para as Marinas da Silva e as instituições
aparelhadas, isso não é importante. Para eles, o que interessa é manter o
discurso preservacionista, enquanto os malandros levam tudo o que
temos, nos deixando sem nada. Que venha o novo Brasil, também nessa
questão vital para nossa economia e para nossas vidas!
GARIMPEIROS QUEREM LEGALIZAÇÃO
Por
uma questão de Justiça, há que se dizer que os garimpeiros rondonienses
querem trabalhar dentro da legalidade. Eles querem cumprir
rigorosamente uma legislação de proteção ambiental e pagamento correto
de todos os impostos, tributos e taxas. É bom que se diga – embora as
fontes que comentam o assunto não aceitam falar publicamente – que há
sim corrupção no meio. Há os que têm que pagar “por fora”, para poderem
continuar trabalhando. Aliás, seria muito bom que o novo governador
rondoniense, Marcos Rocha, determinasse uma investigação sobre o
assunto, já que ele garantiu que, em sua administração, haverá espaço
zero para a corrupção. Em vários pontos do rio Madeira, tendo que se
esconder principalmente durante o dia e correndo grandes riscos ao
trabalhar apenas à noite, um grande contingente de garimpeiros e seus
companheiros de busca do ouro, esperam ansiosamente a legalização da sua
atividade. Só em Porto Velho, se o dinheiro fosse investido aqui, pelo
menos metade dos 29 milhões mensais circularia em nossa região e nas
proximidades. Claro que mudar essa situação não é fácil e nem sem um
alto custo. Mas não está na hora de começar a pensar diferente do que
tem sido feito até agora?
NINGUÉM DO GOVERNO ANTERIOR
O
governador eleito, Marcos Rocha, não vai chamar, para sua futura
equipe, ninguém que tenha participado do governo anterior, de Confúcio
Moura. Talvez haja uma exceção: o ex secretário da Agricultura, Evandro
Padovani, que além de ter trocado o MDB pelo PSL, partido de Rocha,
ainda é indicado pelo candidato ao Senado e parceiro de primeira hora do
novo comandante do poder rondoniense, o empresário Jaime Bagattoli, de
Vilhena, também cidade de Padovani. Ouve-se nos bastidores que Bagattoli
poderá ter bastante influência no futuro Governo, não só pelos 212 mil
votos que fez na disputa ao Senado, quase tirando a cadeira de Confúcio
Moura, mas também porque foi o principal investidor financeiro na
campanha vencedora. Com sua votação imensa, Bagattoli se credencia a
novos voos. Há quem diga até que ele pode pensar na disputa pela
Prefeitura de Vilhena. Com relação à sua equipe, Rocha deve anunciar
ainda esta semana, se não houver mudança de planos, a equipe de
transição. E não fala nada sobre o futuro secretariado. A não ser que
qualquer nome do antigo governo está fora dos seus planos...
PM AGORA TEM A GRANA
Candidatos
aprovados no concurso da Polícia Militar do Estado, andam protestando e
cheios de críticas à forma como estão sendo tratados. Deveriam começar o
curso de treinamento de seis meses neste mês de novembro. Muitos vieram
do interior, mudaram-se para Porto Velho até com suas famílias, mas
quando foram se apresentar, souberam que não tinha dinheiro para o
curso, que devem cumprir antes de irem para as ruas, proteger a
população. Foi um Deus nos acuda! Na terça, a Assembleia Legislativa,
enfim, resolveu a questão, autorizando o Governo do Estado a fazer
remanejamento orçamentário para que os mais de 2 milhões e 500 mil reais
necessários para o curso de preparação, possam ser liberados. Um dos
líderes do movimento na ALE foi o deputado Maurão de Carvalho, que deu
duro para que a situação fosse resolvida. Destaque ainda para a atuação,
no episódio, do deputado Hermínio Coelho, que, mesmo não reeleito,
trabalhou muito para que a situação fosse resolvida. Agora, com a
situação financeira resolvida, a preparação dos novos PMs deve começar
em 10 de dezembro. Até meados de maio, eles estarão preparados e aptos
para darem início ao policiamento na Capital e interior.
RODOVIÁRIA: SEM PLANOS?
O
assunto foi raramente abordado durante a campanha eleitoral. O
governador eleito Marcos Rocha ainda não se pronunciou sobre o assunto,
depois da eleição que o colocou como o novo Governador de Rondônia. A
nova Rodoviária de Porto Velho, é daquelas obras entre as mais
prometidas há pelo menos duas décadas. Nunca saiu do papel. O último
grande projeto foi apresentado pelo ex governador e senador eleito
Confúcio Moura. Em forma de barco, o projeto da nova rodoviária é
espetacular. Mas, outra vez, não passou de desenho. Quando se descobriu
que a área onde se pretendia construir a rodoviária, houve não só um
aumento considerável no preço, já que era um terreno particular como uma
série de restrições legais, inclusive relacionadas com falta de
estacionamento, no local onde o novo prédio seria construído. A partir
daí, muita promessa, muita conversa fiada, muito papo jogado fora
e...nada! O Governo teria repassado a obra à Prefeitura; a Prefeitura
teria devolvido o pepino e, no final das contas, ninguém sabe o que vai
acontecer. Espera-se que em breve o futuro Governador trate desse
assunto e diga o que pretende fazer.
LAERTE QUER RODOVIAS RECUPERADAS
Reeleito
com mais de 16 mil votos, a quarta maior votação em todo o Estado, o
deputado tucano Laerte Gomes também está pensando na Presidência da
Assembleia Legislativa. Numa longa entrevista ao programa Papo de
Redação, dos Dinossauros (Rádio Parecis FM, de segunda a sexta, do meio
dia às duas da tarde), Laerte agradeceu sua expressiva votação, falou
sobre seus panos futuros e afirmou que, em seu segundo mandato, vai se
dedicar muito ao apoio à produção rural. Laerte também destacou a
péssima condição de muitas estradas estaduais, as RO, protestando contra
a falta de cuidado e preservação. “Desse jeito, vamos acabar tendo
alguma rodovia do nosso Estado que, mesmo com asfalto, acabe se tornando
intransitável”. Ele fez um apelo ao governador eleito Marcos Rocha (que
certamente o receberá através dessa coluna, da qual diz ser leitor e
para onde enviou mensagem, nessa quarta, destacando o que chamou de
“excelentes matérias publicadas”), para que dê atenção especial às
estradas do Estado e principalmente às ROs, que estão em estado
lamentável, segundo acentuou. Laerte Gomes também afirmou que há
necessidade premente da diminuição do tamanho do Estado e destacou sua
preocupação com as grandes dívidas de Rondônia para o ano que vem, como
as do Beron e a dos precatórios.
OS EFEITOS COLATERAIS DAS OBRA
Se
faz, é criticado. Se não faz, mais críticas. Não é fácil agradar a
população, não só em Porto Velho como na maioria das cidades
brasileiras. Mas aqui ainda é pior, porque há muito o que fazer e,
principalmente as grandes obras sempre trazem efeitos colaterais,
atrapalhando até o ir e vir das comunidades. É o que está acontecendo,
por exemplo, na maior obra de saneamento e infra estrutura que a zona
leste da Capital há recebeu, na avenida Mamoré. Interrompida há dois
meses, com uma vala de grande largura e profundidade, para acabar com as
alagações naquela região, o trabalho interrompeu por várias semanas o
tráfego por ali. Os moradores e usuários tiveram que fazer grandes
voltas para chegarem ao seu destino. O pau cantou em cima da Prefeitura,
porque estava fazendo a obra. Se não estivesse, o pau cantaria do mesmo
jeito. Finalmente, ao que tudo indica, ao menos parte da avenida será
reaberta. Quando tudo estiver pronto, certamente toda a população vai
esquecer o pouco tempo em que sofreu, porque obra enterrada não é
lembrada. Nem quando acabar a alagação no local. A vida é assim mesmo. E
ser administrador público não é nada mole!
PERGUNTINHA
Você
concorda com a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de unificar
os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, que têm tido posições
extremamente diferentes dentro do próprio Governo?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho -RO.
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