O mesmo texto é disseminado com diversas fotos, vídeos, doenças, pessoas
e em anos e datas diferentes
De tempos em tempos, surge
no WhatsApp uma mensagem a respeito de alguma pessoa – em muitas vezes,
crianças – que precisa de um tratamento caro para determinada doença ou
problema. A solução para "ajudar", segundo o conteúdo, é simples:
basta compartilhar com o máximo de amigos que puder, já que a empresa irá,
supostamente, doar R$ 1 para cada compartilhamento. Será que é verdade?
Não, é apenas mais um boato a circular pela internet. A
mensagem é a seguinte: "A cirurgia custa R$ 18.000,00. Deve ser feita o
quanto antes. Ela tem pouco tempo de vida. Não pode esperar pelo SUS. O
WhatsApp vai pagar R$ 1,00 cada vez que a MSG for repassada. Vamos salvar a
vida desta criança!".
Um ponto importante a ser observado para se ter certeza de que não passa de uma mensagem falsa está relacionado a uma das politicas de privacidade do WhatsApp, a criptografia de ponta a ponta. A medida de segurança serve para que as mensagens, fotos, vídeos, mensagens de voz, atualizações de status, documentos e ligações não possam ser acessadas por ninguém além de quem envia e quem recebe o conteúdo, nem mesmo o próprio WhatsApp.
"A criptografia de ponta a ponta do WhatsApp garante
que somente você e a pessoa com que você está se comunicando possam ler o que é
enviado. Ninguém mais terá acesso a elas –nem mesmo o WhatsApp. As suas
mensagens estão seguras com cadeados e somente você e a pessoa que as recebe
possuem as chaves especiais necessárias para destrancá-los e ler as mensagens.
E, para uma proteção ainda maior, cada mensagem que você envia tem um cadeado e
uma chave. Tudo isso acontece automaticamente: não é preciso ativar
configurações ou conversas secretas especiais para deixar suas mensagens
seguras. Importante: a criptografia de ponta a ponta está sempre ativada. Não
há nenhuma maneira de desativá-la", diz a mensagem publicada no site
oficial do aplicativo.
Sendo assim, não há maneira de a empresa saber quantas
vezes determinado texto foi enviado, o que impossibilita o WhatsApp de fazer
uma contagem da quantidade de compartilhamentos para doar o valor condizente
para o personagem da história.
Saber dessa politica da empresa já é o suficiente para
confirmar que é mentira, mas há outros indícios de que o conteúdo é falso.
Primeiro, a mensagem contém as principais características dos boatos da
internet: é alarmista, vaga, tem erros de português, não cita fontes confiáveis
e pede para que seja compartilhada muitas vezes.
Além disso, basta pesquisar pela mensagem no Google e
será possível encontrar exatamente o mesmo texto sendo compartilhado com
diversas fotos, vídeos, doenças, pessoas e em anos e datas diferentes.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia
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