Em um estado importante da Federação, muito ao norte, quase fronteira com a Bolívia, a situação dos presídios anda cada vez pior. Claro que não é só nessa pequena unidade da Federação que os presidiários mandam e desmandam nas cadeias. É assim em todo o País, onde o lava mãos das autoridades; a legislação abusiva e absurda, de proteção aos direitos dos detentos; o fecha olhos para o crescimento das organizações criminosas dentro das cadeias e o empurra-com-a-barriga-que-quem-sabe- as-coisas-se-resolvem-por-si-mesmas, estão levando o setor ao caos. Nessa história desse pequeno pedaço do Brasil, onde os presos fogem das cadeias com a maior facilidade (prova disso é que uma centena deles caiu fora das suas celas, em menos de dois meses), se alguma autoridade do setor ainda não sabia, que fique sabendo: as organizações criminosas já dominaram os principais presídios do Estado. Quem não faz parte delas, ao chegar na cadeia, já é avisado tem que pagar proteção. E ai de quem não pagar! Outra coisa: membro de facção tem que ser tratado com respeito, porque senão o agente que, por exemplo, quer cumprir a ordem de revista íntima ou alguma norma mais dura em relação aos presos, acaba sendo morto ou a família dele, (do agente) é perseguida. As cadeias são barris de pólvora e a qualquer momento pode acontecer algum confronto, como o que ocorreu nesse final de semana no Presídio de Segurança Máxima de Manaus, onde quadrilhas de facções diferentes guerrearam, acabando o confronto com pelo menos 57 presos mortos. Isso mesmo: mais de meia centena!
É de dentro das celas que os bandidos agem, organizando crimes, assaltos, assassinatos, roubos, chantagens. O fazem usando celulares que entram e saem das cadeias na maior moleza, apesar dos discursos fajutos de que as revistas são rigorosas e que os celulares não chegam aos presos. Os próprios responsáveis se desmentem, quando divulgam fotos de ações de surpresa que descobrem de tudo nas celas: de telefones a baterias; de materiais de guerra a eletrodomésticos. Isso acorre em todo o país e, obviamente, ocorre por aqui também. Uma pessoa que esteve presa por alguns dias contou a um amigo, dia desses, que se apavorou com o que soube sobre como age o crime organizado dentro das cadeias. Aliás, qualquer um que entre num presídio e fique nele por 24 horas, saberá direitinho o que está acontecendo. Parece que só quem não sabe são os que deveriam controlar todo o sistema. Ele está superlotado e cada vez pior. Não nos livramos dos bandidos quando eles vão para a prisão. Apenas os tornamos mais inteligentes para o crime, mas violentos, mais cruéis. E ainda temos que aguentar releases dos governos falando na “recuperação de reeducandos!”, como se o importante mesmo fossem os poucos que querem e merecem ser recuperados. Esse país, infelizmente, parece que não tem jeito mesmo!
UM PROJETO DE 300 MILHÕES DE REAIS
A terça-feira será dia de grande importância para os planos futuros (de agora até o final do ano), para o Governo rondoniense. É o dia em que será encaminhado para votação na Assembleia Legislativa o projeto que pretende remanejar 300 milhões de reais do orçamento, para que Marcos Rocha e sua equipe possam tocar seus planos em frente e reordenar as ações, tirando dinheiro de áreas não prioritárias e investindo em setores vitais, como a saúde, a educação e a segurança pública. O chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, participou nessa segunda do programa Papo de Redação (com os Dinossauros Everton Leoni, Domingues Júnior, Beni Andrade e Sérgio Pires, no ar de segunda a sexta do meio dia às 14 horas, na Parecis FM), quando deu detalhes do assunto. Disse ter certeza que os deputados rondonienses (à frente o presidente Laerte Gomes), serão sensíveis às necessidades maiores do Estado e avalizarão a proposta que vai viabilizar muitos investimentos para melhoria da qualidade de vida do rondoniense. Júnior também agradeceu aos parlamentares pela aprovação de onze projetos de interesse do Estado, na sessão itinerante realizada durante a Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná.
O RECADO FOI DADO
Não foi o maior evento de público dos últimos tempos, como comemoraram alguns dos partidários do Governo. Mas também não foi pífio, quando tentaram empurrar goela abaixo da população, com informações falsas e parciais, alguns veículos da grande mídia. Jair Bolsonaro saiu fortalecido pelo apoio das ruas, em quase 160 cidades brasileiras, nas 26 capitais e no Distrito Federal, com milhares de brasileiros indo às ruas, sem uma liderança específica, mas com apoio direcionado às reformas e ao Presidente, ele sim, o mote central das manifestações. A poderosa Globo, por exemplo, tentou o tempo todo diminuir o movimento, comparando-o inclusive com o realizado recentemente contra o corte nas verbas da educação, que na verdade não foi corte, mas apenas contingenciamento orçamentário. A tentativa era provar que os contra o Governo foram em muito maior número do que os a favor. Conseguiu esse intento em parte, mas fez questão de omitir que o movimento deste domingo era espontâneo e não envolvia professores que, em muitos casos, fizeram de tudo para que seus alunos, muitos sem saber exatamente o que faziam no movimento, dele participassem. Enfim, se não foi uma mobilização extraordinária, foi um bom recado: Bolsonaro esta forte e tem o apoio de boa parte dos brasileiros, para fazer suas reformas. Que o Congresso ouça o recado das ruas!
O APOIO DE RONDÔNIA
Em Rondônia, o movimento seguiu a tendência nacional. Na Capital e em Ji-Paraná houve as maiores movimentações. Em Porto Velho, o governador Marcos Rocha e a primeira dama Luana Rocha foram destaques na concentração, que teve a participação de bom público, chegando a impressionar no auge do mobilização, no entorno da passarela o Espaço Alternativo. O deputado federal Coronel Chrisóstomo, único parlamentar eleito para a Câmara pelo PSL, esteve presente. O deputado Lúcio Mosquini, do MDB e líder da bancada federal, igualmente participou do evento, em Porto Velho. Da Assembleia Legislativa, Eyder Brasil, o líder da bancada do PSL e único eleito pelo partido, também participou. Em várias cidades houve a presença de publico nas ruas, alguns em maior quantidade, outras em menor. O que se pode dizer, com segurança, é que os encontros de rua de apoio a Bolsonaro em nosso Estado, foram muito maiores que a mobilização de maio, liderada pela esquerda, contra os cortes (?) de verbas na educação. O Brasil saiu às ruas e Rondônia também. Espera-se que todos os alvos tenham sido atingidos, já que o recado dado foi claro.
DEPOIS DA GREVE O GRANDE SUCESSO!
No ano passado, durante a feira, houve a greve dos caminhoneiros. Foi trágico também para a Rondônia Rural Show, que teve resultados, em 2018, bem abaixo daqueles que eram esperados. A greve atingiu em cheio até a participação de muitos expositores, que nem sequer conseguiram chegar até o Parque de Exposições. Quem é do meio sabe do se está falando. Quando se anunciou que a feira poderia ter o dobro de visitantes a edição passada e faturar quase 30 por cento a mais, no volume de negócios, houve quem não acreditasse, até pelos números do ano passado. Só que o drama da parada dos caminhoneiros foi esquecida! Essa também é uma explicação sobre os motivos do megassucesso deste ano. Quando encerrou, no sábado, a oitava edição da Rondônia Rural Show e a primeira promovida pelo atual governo, apenas cinco meses e meio depois de assumir, apresentou números surpreendentes: mais de 120 mil visitantes, contra os 55 mil do ano passado; mais de 705 milhões em negócios, contra 550 milhões no ano passado. Todos os participantes do evento saíram extremamente satisfeitos, já pensando em se preparar para a nona edição, que acontecerá em maior de 2020. A Secretaria de Agricultura fez um trabalho elogiável e teve todo o apoio do Governo. Os bancos oficiais inundaram os negócios, com financiamentos facilitados. Agora, o Governo de Rondônia começa a estudar uma mudança importante: ou privatizar a feira, entregando-a à iniciativa privada ou fazer uma parceria público-privada, para engrandecer ainda mais a exposição, que sintetiza a grandeza do nosso agronegócio.
VOOS DA AMAZÔNIA EM ENCONTRO MUNDIAL
A aviação regional da Amazônia é destaque em evento internacional que está sendo realizado no México. O empresário rondoniense Gilberto Scheffer, está participando da Conferência Mundial de Empresas Aéreas, que se realiza em Cancún, um dos paraísos turísticos daquele país. Diretor da Rima, a mais importante empresa aérea da região e um dos mais profundos conhecedores do setor, em todo o país, Scheffer representa o transporte aéreo regional da Amazônia, área em que todo o Planeta está sempre com seus olhos voltados. A Rima tem sido pioneira e inovadora em várias áreas, incluindo o transporte aéreo de socorro médico, que, graças ao trabalho profissional de uma grande equipe, tem salvado inúmeras vidas. A estrutura do sistema aéreo regional, a situação dos aeroportos na Amazônia, incluindo as pistas localizadas em áreas indígenas; a necessidade da expansão desse tipo de voo na região e muitos outros temas, fazem parte, sempre, da mobilização da Rima e da sua equipe, para manterem-se atualizados e buscando cada vez mais novas opções e caminhos para crescer. O encontro de Cancún, que termina nesta quarta, reúne representantes das grandes companhias aéreas do mundo.
OS BEBÊS E A ENTREVISTA EXCLUSIVA
As coisas estão mudando mesmo, queira-se ou não! Imagine-se qualquer evento importante do país, seja qual for, em que os envolvidos ou os principais personagens não corressem para as câmeras e microfones da Rede Globo, para dar entrevistas . Se não o fizessem, se não aparecesse na Globo, é como se não existisse, como se não tivesse acontecido. A mais poderosa emissora do País, sob fogo cruzado, com perda de até 30 por cento de audiência, embora ainda líder folgada de audiência em todos os horários, não tem mais a força que tinha. No domingo à noite, por exemplo, enquanto o programa Fantástico mostrava uma reportagem sobre bebês, a Record, que se consolida na segunda posição nacional em audiência, fazia uma entrevista exclusiva com Jair Bolsonaro, comentando as manifestações de horas antes. O Presidente, aliás, tem ignorado a emissora que detesta desde que começou a campanha eleitoral, no ano passado e que, é claro, é detestado por ela. No atual governo, já foram cortados vários patrocínios de empresas públicas com a Globo, incluindo o milionário valor que era pago para transmitir as corridas de Fórmula 1. Que, aliás, sem pilotos brasileiros, tem uma audiência cada vez menor. Bolsonaro longe da poderosa Globo? São os novos tempos...
PERGUNTINHA
Você acha que a mobilização do domingo a favor de Bolsonaro e das reformas foi um sucesso acima do esperado ou acha que poderia ter tido mais gente nas ruas?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires / Porto Velho-RO.