Levantamento da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) revela que foram registrados 18.553 furtos e 17.167 furtos em 2018 de motocicletas, em São Paulo. Em média, no estado, 2.936 motos foram roubadas ou furtadas por mês, 98 por dia ou 4 por hora. Terça-feira é o dia de maior incidência de furtos e domingo de roubos. As motos são mais furtadas e roubadas à noite. Os dados analisados pela Fundação são de boletins de ocorrências policiais divulgados pelo Portal Transparência (SSP).
A variação em relação ao ano de 2017 mostra que houve uma queda de 5% nos furtos de motos e um aumento de 6% nos roubos. A capital e a região do Grande ABC lideram as estatísticas. No comparativo mês a mês de furtos, foi registrado decréscimo no primeiro semestre, já no período de agosto a dezembro, os números voltaram a crescer. A movimentação em relação aos roubos no mês a mês foi de altos e baixos. Entre janeiro e março esteve abaixo, subiu de abril a junho, caiu em julho e voltou a crescer em agosto.
O horário preferido pelos criminosos para roubar e para furtar, segundo a avaliação, é à noite. Sob uma outra perspectiva, pela manhã e tarde é quando ocorrem mais furtos do que roubos. Entre os dias da semana, terça-feira e quarta-feira há perigo maior de furtos. Já o roubo ocorre principalmente no fim de semana.
Pela ordem, os furtos ocorrem em São Paulo (37.19%), São Bernardo (2,84%), Ribeirão Preto (2,75%), Santo André (2,61%), Osasco (2,47%), Campinas (2,29%), Santos (2,14%), Diadema (2,00%), Limeira (1,47%), Mogi Guaçu (1,34%). No caso dos roubos, a sequência é a seguinte: São Paulo (43.66%), Diadema (4,73%), Garulhos (4,29%), São Bernardo (4,07%), Osasco (3,75%), Campinas (3,43%), Santo André (3,43%), Maua (2,10%) Carapicuiba (1,69%) e Itaquaquecetuba (1,58%).
Capital
As informações referentes às ocorrências na cidade de São Paulo demonstram que a zona sul é a região com maior concentração de roubos e furtos. Em ordem decrescente, os bairros com alta incidência de furtos é Santo Amaro (5,68%); Pinheiros (5.09%); Bela Vista (4.55%); Jardim Paulista (4.11%); Barra Funda (3.35%); Itai, Bibi (3.22%); Vila Mariana (2.93%); Lapa (2.81%); República (2.70%) e Campo Grande (2.03%).
Com relação aos roubos, a lista é encabeçada por Itaquera (3.60%) e depois é seguida por Iguatemi (3.54%); Sapopemba (3.18%); Cidade Ademar (2.78%); Jardim Ângela (2.78%); Capão Redondo (2.69%); Pedreira (2.39%); São Mateus (2.32%); Jabaquara (2.18%); Pirituba (2.14%).
A lista de locais é diferentes para cada tipo de crime. Os furtos são mais comuns no centro expandido e nos bairros “nobres”, enquanto que os roubos ocorrem, em sua maioria, nos bairros da periferia. Não há uma tese comprovada para explicar o fato. “A teoria é de que os furtos acontecem em locais de trabalho, faculdade, lazer e outros, pois é quando essas motos ficam na rua por longo período de tempo e, geralmente, em locais afastados, o que gera a oportunidade do furto”, diz o professor de economia Erivaldo Costa Vieira, Coordenador do NP, que realizou o estudo. Ele acredita que é quando há uma ação planejada e oportunista.
De acordo com o pesquisador, vale lembrar que, nesses bairros, a presença da polícia é ostensiva e mais frequente. “No caso do roubo, as ocorrências são no trajeto, as motos estão em deslocamento e são surpreendidas pela ação criminosa, geralmente à mão armada. Ação de alto risco e não planejada, ocorrência em bairros mais violentos”, afirma.
Fonte: FECAP - Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - (Motomovimento)
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