Acredito na igualdade de gênero defendida pela irmandade motard e, por esse motivo, sou contra os grupos motards exclusivos para mulheres.
Também me oponho a toda e qualquer conduta que desvirtue o verdadeiro respeito motard tal como a condução irresponsável, o exibicionismo, muitas vezes associado às mulheres, a não utilização do equipamento de proteção adequado, ou as manobras de venda camufladas através de fotografias, likes e afins.
No entanto, não confundam as coisas: existe uma grande diferença entre aquilo que são os grupos exclusivos para mulheres que muitas vezes vivem de auto-promoção e os grupos fundados por mulheres.
E é precisamente sobre os grupos fundados por mulheres que vos escrevo hoje, porque estas mulheres têm desempenhado um papel fundamental na disseminação desta nossa paixão pelas motas. Elas marcam a diferença e muitas vezes associam-se a causas nobres que merecem destaque na nossa sociedade.
Felizmente, nos dias de hoje, onde cada vez mais as pessoas estão centradas em si próprias e na sua auto-promoção, ainda existem grupos que manifestam a sua paixão pelas motas de forma genuína e promovem iniciativas, passeios mistos, convívios e ações sociais que refletem o verdadeiro espírito motard.
No entanto, não confundam as coisas: existe uma grande diferença entre aquilo que são os grupos exclusivos para mulheres que muitas vezes vivem de auto-promoção e os grupos fundados por mulheres.
E é precisamente sobre os grupos fundados por mulheres que vos escrevo hoje, porque estas mulheres têm desempenhado um papel fundamental na disseminação desta nossa paixão pelas motas. Elas marcam a diferença e muitas vezes associam-se a causas nobres que merecem destaque na nossa sociedade.
Felizmente, nos dias de hoje, onde cada vez mais as pessoas estão centradas em si próprias e na sua auto-promoção, ainda existem grupos que manifestam a sua paixão pelas motas de forma genuína e promovem iniciativas, passeios mistos, convívios e ações sociais que refletem o verdadeiro espírito motard.
Nasceu em 2015, foi criado por mulheres e hoje são um dos principais coletivos femininos que andam de mota em todo o mundo. Podemos encontrar este grupo em mais de 29 países tais como Estados Unidos da América, Brasil, China, em dezenas de países na Europa e também em Portugal: Porto, Lisboa, Cascais e Algarve.
O grupo afirma que tem como objetivo “conectar mulheres obcecadas por motos de todo o mundo que valorizam a comunidade e a individualidade” e privilegia, acima de tudo, a amizade. Essa é uma das principais razões pelas quais qualquer mulher pode fazer parte das “The Litas”, sem taxas, custos, anuidades, concursos... se querem fazer parte deste grupo apenas precisam de ter gosto pelas motas e vontade de criar novas amizades.
E a prova em como existe igualdade de géneros mesmo em grupos fundados por mulheres é o facto das “The Litas” fazerem passeios mistos regulares onde qualquer pessoa pode participar livremente.
“Backbone Babes” - Porto
Á primeira vista este poderia ser mais um grupo exclusivo de auto-promoção de mulheres. Mas não é.
Á primeira vista este poderia ser mais um grupo exclusivo de auto-promoção de mulheres. Mas não é.
As suas fundadoras, Ana Efe, Marina Oliveira e Patrícia Basílio são apaixonadas por motas e afirmam que o grupo é genuíno: “A nossa imagem não é uma estratégia de marketing, não interpretamos personagens, apresentamo-nos como somos: mulheres que têm uma vida normal, que andam de moto e gostam de partilhar a estrada juntas”.
O grupo organiza convívios e passeios mistos regulares onde qualquer pessoa pode participar, pois estas iniciativas são única e exclusivamente pelo prazer da partilha de experiências, de descoberta e de diversão com outros motociclistas, nunca com um fim lucrativo ou publicitário. Mas não só de passeios vive este grupo.
Recentemente as Backbone Babes organizaram o “Christmas Meeting” um evento aberto a todos os motociclistas de qualquer género e idade, e conseguiram arrecadar um generoso donativo para a Associação Vivanimal. Foi uma excelente iniciativa que mostra, uma vez mais, a componente solidária de alguns grupos.
Ninfas do Offroad – Nacional
Aqui a história é outra. Conduzir em offroad é completamente diferente de conduzir em estrada, e se em circunstâncias normais eu defendo que as mulheres não precisam de se apoiarem umas às outras porque já têm força suficiente, neste caso em concreto, elas precisam.
Aqui a história é outra. Conduzir em offroad é completamente diferente de conduzir em estrada, e se em circunstâncias normais eu defendo que as mulheres não precisam de se apoiarem umas às outras porque já têm força suficiente, neste caso em concreto, elas precisam.
A prática desta modalidade é extremamente dispendiosa, os apoios e os patrocínios são escassos e sem eles é quase impossível participar neste tipo de iniciativas. Infelizmente, as mulheres ainda são muito pouco notadas nesta categoria em Portugal. Para tentar diminuir esta discrepância e a eventual falta de possibilidades e apoios, surgiram as “Ninfas do OffRoad”, um grupo feminino de enduro que nasceu há cerca de 3 anos pelas mãos da Mónica Perpétua e que tem como objetivo reunir enduristas de norte a sul do país, federadas e não federadas.
O grupo conta atualmente com mais de 130 pilotos femininas que têm vindo a participar em Raid´s, Passeios, Provas Mistas e Provas Internacionais. As “Ninfas do Offroad” e em especial a sua fundadora, já permitiram que muitas mulheres pudessem participar em provas nacionais e internacionais que de outra forma não conseguiriam. Todos os apoios angariados servem única e exclusivamente para apoiar as pilotos, sejam elas federadas ou não e nunca existiram fins lucrativos ou publicitários que não tivessem este propósito.
Por tudo isto e muito mais, é de louvar que ainda existam pessoas que dedicam o seu tempo a promoverem a amizade e o convívio motard, em estrada ou fora dela, sem fins lucrativos, sem auto-promoção e sem “show offs”. Porque aquilo que une os verdadeiros motards, homens e mulheres, em estrada ou em offroad, são valores alinhados com um objetivo comum: paixão pelas motas.
Fonte: - Márcia Monteiro - www.andardemoto.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário