(mim? eu?; trago? trazido?; a nível de?…)
- Mim não faz, mas madame, sim.
- Madame? Que madame?
- Madame Mim, ora! Ela pode.
- É mesmo! E quanto ao trago?
- Bem, eu não trago, porque não bebo, nem fumo; faz mal à saúde.
- Que saúde? A pública?
- Sim, tanto quanto a privada, cujo nível, a propósito, está baixo; tem faltado água, de um jeito que nem São Francisco dá jeito. Nem o pipa do vovô, que não sobe mais… aquela serra.
- Serra? Que serra? O velho político velho?
- Não, esse já era. Na horta do fazendão a vez agora é do chuchu, de que se faz até picolé, por obra e arte do rei. (Será que é rei? Ou errei?)
- Voltemos à bebida e ao tabaco; se não se traga, não se consome, não se compra, não se vende. E os impostos? O governo precisa faturar.
- É mesmo, você tem razão; taxar é preciso, foi pra isso que o poste foi plantado lá pelo errei, ops, pelo rei; ainda que de economia ele, poste que é, nada entenda (até colou na prova, na onda do vai que cola, e acabou colando). E depois, meu caro (cada vez mais caro), são tantas eleições!
- Isso! Basta dizer que alguns tragos não fazem mal, nem a você, nem a mim, nem à Madame Mim, que, vale dizer, está deslumbrada com a nova cascata (im)plantada no quintal que ela tem como seu, enquanto espera sair do forno capital o novo avião surreal do casal. Pelo nível dessa gente que, sem pensar, traga tudo que a gente faz, sem tossir ou engasgar, o bem é relativo, assim como o mal e essa tirania em providencial traje de democracia.
- Esse é o nível, santo nível! Vai um trago aí?
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