Se não mudarmos conceitos e metodologias de ajudar, não teremos melhoria na fome
O mundo se transforma a cada dia. Novas tecnologias chegam e vão se incorporando à vida do homem na atualidade. Contudo, cada vez mais é possível verificar que a pobreza e a pobreza extrema permanecem enraizada na maioria dos países e não só naqueles que eram chamados de Terceiro Mundo. Ela é visível nas grandes capitais e centros urbanos.
Diferente daqueles países onde os baixos salários e a renda per capita é mínima ao extremo, nos países desenvolvidos tecnologicamente eles ocorrem por uso de drogas e entorpecentes e acabam por desestruturar famílias inteiras.
O chamado "enxugar gelo" que se faz e parece que nada muda é motivado mais em consequência de problemas pessoais e familiares do que assistenciais. Muitos poderão criticar este pensamento e ele não precisa ser comungado com todos, ao contrário, precisa ser entendido.
No Brasil, a maioria das cidades tem seus CRAS e programas assistenciais que cadastram famílias, acompanham entregas mensais e pontuais de cestas básicas e, mesmo assim, cada vez mais famílias entram nestes programas.
Auxílio Brasil ou Bolsa Família parecem programas que "doam" dinheiro para famílias endividadas e sem oportunidades de melhores salários, quando não, são a única fonte de renda de famílias inteiras. Muitas delas sobrevivendo com menos de um salário mínimo produzido por apenas um membro daquele núcleo familiar, quando têm.
AS rendas da maioria destas famílias vêm dos bicos e pequenas oportunidades de colocação que conseguem. Mas, sem um controle de gastos (quem a maioria dos trabalhadores não consegue) se endividam ainda mais. São contas em mercados (antigas cadernetas de anotação); lojas de departamento com várias prestações baratas e, em muitos casos, dívidas com os próprios familiares. Isso quando não são explorados pelos filhos ou netos que usam entorpecentes e vendem tudo das casas.
Além disso ainda existem pastorais católicas, igrejas evangélicas e grupos espíritas que se unem para fazer doações de cestas básicas aos carentes na maioria das cidades e, parece que problemas não tem fim. Governos e ONG's fazendo o máximo e o resultado não muda. Piora!
Deveriam, sim, estas Organizações Civis privadas e os órgãos públicos manterem cadastros das famílias e dos necessitados para evitar que uma receba duas, três ou mais doações enquanto outras ficam na esperança de algo na panela.
Mas, o ego, a vontade de aparecer e se beneficiar com um voto em período de eleição é maior do que criar um programa único e específico para que um carente receba mais e outro não tenha nada em seu prato. Não estão errados em ajudar, contribuir, mas precisa ser melhor avaliado.
Centrais das prefeituras têm um cadastro, igrejas (católicas ou evangélicas) outros; casas espíritas e vizinhos, outras listas e, no fim, o problema é o mesmo. Se não mudarmos conceitos e metodologias de ajudar, não teremos melhorias na fome no mundo.
Transformar sonho e oportunidades em ações concretas é questão de acreditar e trabalhar com determinação e coragem. Esse deve ser o compromisso com a humanidade!
Fonte: Gregório José - Jornalista, radialista e filósofo / Jornal Diário da Região.
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