sexta-feira, 8 de julho de 2022

ROBSON OLIVEIRA - Resenha Política

               LIMITES 

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ao proibir o pré-candidato a deputado federal Breno Mendes de usar indevidamente material de propaganda eleitoral antecipada em veículo, sinaliza que não vai permitir os abusos mesmo de forma dissimulada. Breno é um dos pré-candidatos que tem feito campanha ostensiva ao utilizar material gráfico fora do padrão, slogan que lembram a última candidatura e remetendo ao pleito que se aproxima, antes do período eleitoral permitido pela legislação. Nas mídias sociais há também extrapolação dos limites vedados.  

ABUSO 

O programa “Tchau Poeira” do governo do estado, que promete asfalto para os municípios, também está sendo utilizado em tese como propaganda eleitoral. Quem participa dos eventos das obras percebe nas falas alusão a uma continuidade das ações com o alinhamento político. Marcos Rocha até tenta disfarçar no discurso, mas vereadores e prefeitos foram escalados para afagar o ego governamental e sugerir a continuidade da parceria por mais tempo, ou seja, alusão a mais quatro anos.  

PROIBIÇÃO 

Desde sábado passado, fica proibido a participação dos candidatos em inaugurações e contratações de shows artísticos pagos com recursos públicos, bem como o comparecimento de qualquer candidato ou candidata a inauguração de obras. Daqui pra gente, por exemplo, a presença de Marcos Rocha no “Tchau Poeira”, fica vedada. A proibição se estende ao alcaide vassalo que tentar fazer proselitismo entre a obra e a eleição para privilegiar o governador, uma vez que alguns desses agentes públicos acham que podem tudo. E não podem.  

TRANSFERÊNCIA 

Até a posse dos eleitos as vedações valem para gestão de pessoal na esfera pública, transferência de recursos entre entes da federação e publicidade governamental. Esta última o Congresso Nacional chegou a flexibilizar driblando a legislação eleitoral, contudo o STF concedeu liminar suspendendo a manobra. 

DECISÃO 

Um dirigente do Diretório regional do MDB informou `a coluna que o partido define nos próximos dias o caminho a tomar sobre as eleições estaduais. Dividido entre as mais diversas candidaturas a governador lançadas, os emedebistas não deverão lançar um candidato próprio a governador, embora queiram participar efetivamente na composição da chapa majoritária que optar em apoiar. É uma legenda importante uma vez que é estruturada em todos os municípios e que mais governou Rondônia. Além da titularidade de uma vaga senatorial até os próximos quatro anos, exercida por Confúcio Moura.  

CRÍTICAS 

Há uma pressão externa para que o MDB reforce a coligação chapa branca de Marcos Rocha, capitaneada pelo deputado federal Lúcio Mosquini. Existe também um grupo expressivo que rejeita a adesão ao governador por diversas razões, especialmente depois que Marcos Rocha andou criticando duramente o governo emedebista que o antecedeu.  

PRESSÃO 

Dividido, caberá aos próceres históricos da legenda escolher a melhor alternativa para a agremiação partidária mais vitoriosa nas eleições de Rondônia. A pressão pela qual vem sendo alvo é uma força exercida em todas as direções que o MDB sabe tirar de letra sem que seja suficiente para acuar seus dirigentes. Aliás, em todas as crises, aos velhos militantes é que se busca socorro.  

NOMEAÇÕES 

Nos bastidores os governistas estão espalhando que emedebistas graúdos teriam condicionado adesão ao governo por nomeações de parentes e apaniguados. A coluna deu uma espiada no Diário Oficial do final de semana e não constatou a informação, mas o boato em si mexeu com os ânimos e o humor de alguns dirigentes. Cooptações nestas condições e neste momento são devastadoras para qualquer legenda que preza o verniz da seriedade.  

CONTRADITANDO 

O senador Marcos Rogério, pré-candidato a governador, tem contraditado ações governamentais nas áreas em que o governo é fragorosamente ruim. A última bordoada revela os dados estarrecedores da violência que aumentou consideravelmente. O cardápio de críticas deve acentuar na medida que as convenções ocorram.  

CONTRAPONTO 

Léo Moraes, candidato independente que tem apresentado propostas de ‘Rondônia pode Mais’, tem apontado os graves problemas da saúde e a falta de empenho para a entrega das unidades de Guajará-Mirim e Ariquemes. O deputado é um entusiasta da duplicação da BR 364, obra de responsabilidade federal, mas que exige das autoridades liderança para que seja priorizada. Outra proposta do pré-candidato que afeta os rondonienses é a solução definitiva da regularização das terras para que o produtor tenha acesso mais rápido a crédito. Algo que o atual governo foi inepto.  

CUTUCADAS 

Já o provável candidato dos partidos de esquerda, Vinicius Miguel, tem pontuado as críticas em temas mais gerais; embora se prepare para questionar as ações governamentais de forma incisiva após a definição das legendas que compõem o espectro dos partidos neolulistas sobre todas as candidaturas majoritárias uma vez que existem algumas desconfianças entre elas. Nas mídias sociais o professor cutuca as políticas afirmativas que o atual governo tanto despreza. Portanto, Marcos Rocha não vai ter vida facilitada por nenhum deles, o que é absolutamente normal visto que todos querem a mesma cadeira.  

ESPÓLIO
Ao que parece ninguém reconhecido nos meios políticos com representatividade aceita a inglória função para dirigir o PSDB que a deputada federal Mariana Carvalho, o vice-prefeito da capital Maurício Carvalho, o deputado estadual Laerte Gomes e o ex-senador Expedito Junior abandonaram. Por último, o prefeito da capital Hildon Chaves chegou a anunciar que assumiria o espólio, mas foi avisado de que era uma massa falida a ser administrado com credores exigindo quitação de débitos pretéritos.  
BOTINADA
Acrescente-se, também, que o Tribunal Regional Eleitoral reprovou, por unanimidade, a prestação de contas do partido e condenou o PSDB a devolver mais de 280 mil ao Fundo Partidário, referente as ilegalidades constatadas nas contas das eleições passadas. Razão pela qual Hildon Chaves desistiu de presidir a legenda e avisou que também vai bater a poeira das botas e dar tchau ao ninho. 

              ESTEPE

O PSDB, que outrora governa a capital e outros municípios, está reduzido a uma espécie de estepe das legendas mais robustas e vem sendo comandada por assesores dos políticos que mudaram de partido. Embora José Guedes resista para que o partido não vire uma espécie de suporte ao projeto de reeleição do governador, conforme querem os novos dirigentes, há um esvaziamento proposital para que o tucanato agonize até ceder as tentações governamentais. A direção nacional tem conhecimento dos problemas de Rondônia e pode ser a salvação do tucano raiz que sonha com uma candidatura própria para que o partido não se torne um mero estepe do bolsonarista Marcos Rocha. 

           


 Fonte: Jornalista Robson Oliveira / Porto Velho-RO. 






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